Michael Seibel afirma que empreendedores precisam estar dispostos a trabalhar duro e ter paixão pelos clientes
O universo das startups foi o tema do painel “HackBrazil Keynote” com o diretor administrativo da Y Combinator, Michael Seibel, na 7ª Brazil Conference at Harvard & MIT, realizado em ambiente virtual, em 11 de abril, Com transmissão ao vivo pela internet, a programação pode ser acompanhada pelo portal do Estadão, parceiro na cobertura do evento, além dos canais da conferência no Youtube e Facebook, a qualquer tempo.
No painel, Siebel contou que se dedica a aconselhar aqueles que almejam um novo negócio na fase de concepção, do nascimento da ideia. Para ele, o papel das startups na sociedade vai muito além de simplesmente abrir uma empresa e obter sucesso. Desenvolver um novo negócio envolve a compreensão e sacrifícios por parte dos empreendedores com os objetivos e metas no horizonte, além de responsabilidade social envolvida no processo.
“O pensamento que eu quero deixar é que você consegue se apaixonar por seus clientes e seus problemas, se você trabalhar duro e não se importar em se sacrificar por esses usuários. Então você pode ter aquilo que requer para desenvolver uma grande empresa e ajudar muitas pessoas e eu espero que as pessoas que nos ouvem hoje se encaixem nessa categoria”, afirmou.
Michael Seibel - Muito bem então, é um prazer estar aqui. Vou falar para vocês, meu nome é Michael Seibel, sou diretor de Y Combinator e dedico muito tempo a aconselhar empresas em primeiro estágio. Eu acho que muito do que se fala sobre startups hoje, tem muito entusiasmo, o que eu acho que é muito bom, mas eu vou falar de uma coisa diferente, uma coisa que talvez seja mais honesto, mais sóbrio, que é falar das partes mais difíceis de ser bem-sucedido nesse tipo de mundo. Então, essas vão ser as principais lições que eu aprendi com startups nos últimos 15 anos. E talvez eu possa acrescentar algumas outras. Antes de eu começar, se vocês tiverem alguma pergunta ou comentário, por favor inclua no chat e um amigo meu vai me ajudar a responder isso em tempo real, então quero tornar isso, na medida do possível, interativo. Então, a primeira lição que eu aprendi, e talvez a mais importante, é que esse mundo não é para a maioria das pessoas. Você fazer uma startup de tecnologia, não é uma boa carreira. Fazer um startup de tecnologia tem um índice de falha ridiculamente alto, na ordem de 99,99% e além disso, nós precisamos ser honestos a respeito da quantidade de sacrifício que isso envolve para que você tenha sucesso neste mundo. Muitas pessoas me perguntam a respeito de “como é?”, ou seja, não é realista esperar que você não tenha que sacrificar o tempo com sua família, o seu tempo de vida, o tempo com as coisas amadas, pela empresa. Lemos muitos anúncios a respeito de empresas levantando dinheiro, mas, todo mundo com quem eu converso fala dos dias como: acordando de manhã e levando um soco, tentando não ser muito emocional a esse respeito e depois trabalhar e fazê-lo novamente e de novo, e de novo, e de novo por anos, muitas vezes décadas.
Então, e por último, à medida em que você acumula mais poder e dinheiro no mundo das startups a sua vida não fica mais fácil, pode ficar mais difícil à medida que sua empresa vai tendo sucesso, os desafios que você tem se tornam mais difíceis e às vezes menos compensadores porque envolvem recrutamento, coisas que antes não tinha. Então, esse mundo não é para a maioria das pessoas e realmente quero assinalar isso, então se você está nesse hype de startups, pensando que isso pode não ser para você, tudo bem! Tudo bem não ser um “fundador”, eu não sei porque os fundadores têm que ser as pessoas mais comuns do mundo, mas admiradas por um grande trabalho, uma das pessoas mais admiradas.
A outra lição que eu aprendi é que muitas vezes você não pode confiar nos seus pares para guiarem você se você quer a pessoa certa no mundo das startups. A maioria das pessoas não têm pares assim, então o seu conceito do que vem a ser esse mundo se baseia muitas vezes em informação que é questionável. E o contexto que se tem sobre o que se requer para obter sucesso, você tem que realmente tomar cuidado para não participar de pensamento de grupo pensando no que os seus pares pensam que é legal ou o que seus pares consideram uma boa ideia, por que isso confunde a maioria das pessoas, especialmente os jovens fundadores. Pense num grupo de pessoas inteligentes, e ser aceito por elas, o que muitas vezes nos ajuda a estar em melhores processos. É uma estratégia efetiva que você talvez use múltiplas vezes e muitas vezes podem se usar estratégias que não deem certo. Uma das coisas que nós falamos nas empresas, apenas 2% das empresas se tornam bem-sucedidas e grandes, então em um mundo onde estar na média ou mesmo estar acima da média, onde 99.99% falham, você tem que ser melhor do que isso. Você tem que ser extraordinário e eu acho que, o que é interessante é que as pessoas extraordinárias tendem a fazer coisas de maneira muito diferente do que as pessoas ao redor, do que seus pares. Então as pessoas extraordinárias sempre têm histórias a respeito de como os seus pares pensavam que não seriam bem-sucedidos, os pares não pensavam porque eles faziam coisas do jeito como faziam, os pares nunca entendiam que sua ideia era boa. Então, nesse mundo, quando você está tentando ser tão extraordinário, existe uma pergunta sobre se você é bravo o suficiente para fazer coisas com as quais os seus pares não concordem, porque o mais provável é que você vai precisar fazer essas coisas. 3, eu sempre procuro fazer uma analogia para as startups e, muitas pessoas tentam desenhar lições do mundo geral dos negócios, que eu acho que está bem, mas eu na verdade gosto de fazer analogias do mundo dos esportes por que eu acho que são mais precisas, mais acuradas. Não sei se por que é uma plateia brasileira, né? Então vou tentar fazer isso com o futebol: quantas crianças crescem no mundo, querendo ser um jogador profissional de futebol? Dezenas ou talvez centenas de milhões. Quantas são boas o suficiente para jogar em uma liga em qualquer nível? Quantas pessoas são boas o suficiente para serem recrutadas para algum tipo de equipe profissional? Quantas crianças são boas o suficiente para jogar em qualquer equipe profissional? Quantas crianças são boas para jogar numa liga, dos 5 mais no mundo? E quantas são boas o suficiente para, na verdade, jogar e não apenas ficar no banco? Então, em cada nível você vê como a maioria das pessoas falha, fracassa. Para mim, essa é uma analogia muito para as startups, para o mundo das startups. Quantas pessoas têm uma ideia interessante e nunca fazem nada com isso? Um grande grupo. Quantas pessoas começam a trabalhar em alguma coisa e nunca lançam? Quantas pessoas lançam algo, mas não…
Quantas pessoas têm um par de clientes, mas não ganham dinheiro? Em cada falha, em cada etapa tem tanto fracasso, então nunca diriam numa escola, nós nunca dizemos para as pessoas serem jogador de futebol porque não é realista, parece não ser um bom plano para a maioria das pessoas, então da mesma forma, nós não temos que chegar numa sala e dizer para todo mundo que eles têm que ser um fundador de uma empresa tecnológica.
A analogia do esporte é válida nesse sentido, ou seja, quanto você está disposto a sacrificar? Para ser tão bom quanto você precisa ser a fim de vencer? E nos esporte nós vemos pessoas mudarem toda sua vida, onde moram, o que comem, o que fazem no seu tempo, apenas para serem 1% melhores do que as pessoas ao redor, porque isso é o que requer, e interessantemente, no mundo das startups, as pessoas que são mais efetivas, todos os dias estão procurando esse 1%, essa maneira de aumentar sua eficiência em 1%, sua tomada de decisões, ser extraordinário. E têm muitas pessoas empolgadas, não têm tantas pessoas empolgadas com a vida assim, não têm tantas pessoas empolgadas com a vida de um atleta profissional, a maioria das pessoas querem as recompensas, mas não tantos querem fazer o trabalho duro então...
Número 4: Se é que as amizades contam, com frequência eu vejo as pessoas, realmente, não aproveitando o tempo que têm para fazerem amigos próximos. Possivelmente a faculdade é uma oportunidade que as pessoas têm, porque você nunca vai estar ao lado de tantas pessoas inteligentes como na faculdade, e muitas vezes eu não vejo pessoas desenvolvendo relações com seus pares, fazendo amizades, especialmente no mundo dos fundadores de startups, nós não vemos, eu vejo essa tendência em que as pessoas tentam evitar os seus pares porque pensam que não são legais e tentam fazer amizade com pessoas que são mais velhas e bem sucedidas, com frequência irritando essas pessoas, então o que eu vou dizer é que, é estritamente comum que as pessoas com quem você faz amizade são pessoas em que você possa confiar, quando tentando fazer o impossível.
Podem ser os amigos que você tem uma cerveja, tomam cerveja, e podem ser pessoas com quem, são cofundadoras, que se tornam seu, que podem se apresentar, pessoas que podem ser úteis, então não desperdice o tempo que você tem quando você está recebendo educação, e não prejudicar também a fazer amigos. Se torna mais fácil se fazer amigos à medida em que você… mais difícil fazer amigos à medida que você envelhece. Isso é uma coisa que eu acho que os jovens muitas vezes não entendem, especialmente aqueles que estão competindo para serem bem-sucedidos.
Muito bem, número 5: se eu fosse você, eu ignoraria muitas das tendências de que se fala na imprensa, eu vejo muitas pessoas que tanto querem vencer que não se importam em, no problema que têm que resolver, então eles vêm, vão ao Twitter, e as pessoas falando de trabalho remoto, e coisas assim. “Ah, é isso que eu vou fazer, vou fazer uma startup de trabalho remoto!”. Então o que basicamente se vê é um bando de gente falando sobre tendências que estão crescentes agora e usando isso para exigirem que voltem a trabalhar em oposição ao perguntarem-se, fazendo essa pergunta, que tipo de problema eu quero resolver, que tipo de tendências vamos ter ao longo dos próximos 10 anos. Uma das coisas que realmente parece pequena hoje, mas que pode se tornar grande amanhã. É interessante que, estamos falando IPO em coinbases e eles tinham dificuldade em levantar dinheiro, tivemos dificuldades em encontrar investidores. Quando a coinbase foi lançada, eles deram a cada usuário um bitcoin de graça. Então a criptografia ao longo dos últimos 5 anos tem sido grande coisa. Então você tem que se perguntar: você tem coragem o suficiente para escolher arcar com a coisa, 10 anos antes de fazer sucesso? Você tem coragem o suficiente para resolver um problema? Você tem coragem suficiente para criar uma tendência, ou você tem que só correr atrás da tendência que todo mundo está falando? Então, tome muito cuidado a respeito de tendências, tome muito cuidado a respeito de terceirizar o problema que você vai trabalhar, por talvez 30 anos, porque se sua startup é bem-sucedida, você talvez trabalhe nela por 30 anos.
Então esses são os meus 5 principais. Eu tenho algumas perguntas que eu vou abordar depois, vai ter vai ter dois itens bônus, que eu acho que é bom. Se eu acredito que a pandemia está mudando os perfis das empresas e os problemas que enfrentam? Bom, eu acho que vai se tornando um programa remoto, tornou-se mais fácil para as empresas internacionais participarem, eu acredito que a pandemia e a comunidade de investimento mudaram para investir em Zoom e ganharam dinheiro, tornaram o dinheiro mais acessível para as startups internacionais. Eu acho que essas são duas tendências positivas. Eu acredito que a maior parte das startups internacionais que nós fundamos ao longo dos anos tendem a ter uma visão mais altruísta de desenvolvimento da região. Eu acredito que muitas vezes as startups dos EUA, elas tomam os EUA como referencial, enquanto que muitos fundadores internacionais veem as suas startups como parte da missão de desenvolver o seu país ou região, e eu acho que isso são fundadores bons de se falar. Então, a próxima pergunta aqui é, então eu diria que a pergunta é se o Brasil deve investir em aceleradores em universidades públicas. Eu acho que, em geral, apoiar a tecnologia é importante. Eu acho que o Brasil é, digamos, uma usina e acho que precisa ter startups robustas. Acho que qualquer investimento efetivo nisso é importante. E eu argumentaria para todos vocês que, em geral, eu apoio mais investimento em startups de tecnologia, principalmente em países como o Brasil. Cada vez mais fundadores estão nos negócios de API. A próxima pergunta é “O que você pensa a respeito de brasileiros jovens querendo trabalhar em empresas fundadoras fora do Brasil? Jovens promissores.” Eu não sei por que isso seria um problema. Eu acho que nós temos que apoiar os empreendedores se eles estão tentando fazer do mundo um lugar melhor. Eu não acho que nós deveríamos tentar restringir que problemas eles resolvem ou aonde querem resolvê-los. Eu acredito que nós não deveríamos pensar a respeito disso como um problema de escassez, há muito dinheiro para investir em startups e, se forem pessoas talentosas, querendo fazer do mundo um lugar melhor, nós temos que investir nelas então nós não temos que pensar que investir em uma tira o dinheiro da outra e, no estágio, na escala do estágio inicial não é verdade, porque tem muito dinheiro para… muito bem.
Então, vamos então para os bônus e depois vou terminar com perguntas também. Então, o primeiro bônus que eu vou dar a vocês é que, especialmente se você é jovem, é muito fácil acreditar que o dinheiro vai resolver todos os problemas na sua vida, e eu quero ser o primeiro a dizer que isso não é verdade. O dinheiro certamente vai tornar sua vida mais fácil, mas uma das coisas que eu experimentei, tendo muitos amigos que ganharam muito dinheiro, incluindo a mim mesmo é que, de algumas maneiras o dinheiro pode tornar as coisas quebradas a seu respeito, mais quebradas, digamos assim. E que de algumas maneiras o dinheiro pode tornar-se, fazer de um mau hábito um vício. O dinheiro pode levar a um mal relacionamento com outro sexo, mal relacionamento com sua família, um mal relacionamento com os seus colegas, pode tornar piores, então enquanto você está lutando para progredir, certamente acho que sim. Também aconselho vocês a se fazerem a pergunta “como é que você transforma o dinheiro em satisfação de fato, e se essa conversão é eficiente?". Como você vai usar o progresso que você faz para tornar sua vida melhor? E você vai se surpreender com quantas pessoas tornam suas vidas piores com dinheiro. Vocês vão se surpreender com quantas pessoas não usam o dinheiro que ganham para tentar ajudar a próxima geração. Então, eu realmente gostaria que as pessoas optassem mais por satisfação, por entender mais como tornar a sua vida mais agradável do que apenas otimizar no sentido de ter um número, então, existem tantas pessoas ricas e não deveriam se lamentar por elas, não me entenda mal, tem tantas pessoas ricas que descreveriam a sua vida como triste. Não se torne uma delas. E a última coisa que eu deixo para vocês, o último bônus, digamos assim é que os fundadores, muitas vezes, não entendem o seu papel na nossa economia. É realmente fácil como um jovem fundador pensar em si como um jogador júnior numa empresa grande. Você tem que esperar por sua vez, e você tem que tratar todo mundo bem e assim por diante. Os fundadores, na verdade, inventam o mundo que vivemos e os investidores ajudam um pouco então, se existe uma coisa que você não acredita, que está certo no mundo, se existe um problema que você não acredita que esteja sendo resolvido então, se você é um empresário, se você é um fundador, você tem que tentar resolver. Esse é seu papel na sociedade, é assim que você se empolga com o desafio em que 99,99% das pessoas fracassam, então é sua responsabilidade ter, pegar esse esforço e aplicá-lo, e tornar o mundo um lugar melhor. Você não tem ninguém a quem culpar se o mundo não se tornar um lugar melhor, porque o seu papel na sociedade é fazer isso acontecer, não ficar reclamando do governo, não ficar reclamando das corporações, das grandes empresas, ou ficar reclamando. Você é, digamos, um executor então assuma a responsabilidade e torne o mundo um lugar melhor e talvez o seu esforço, mais os esforços dos outros combinados, na verdade, vão levar a isso. E, com isso, parece que eu tenho ainda um par de perguntas adicionais que eu vou responder.
“Uma das mudanças necessárias no Brasil é a legislação para que progrida as tecnologias das startups”, mas eu não acho que eu possa responder essa pergunta sobre legislação. Não é óbvio para mim que há algo errado com a legislação brasileira, que impede as pessoas de terem startups, eu tenho visto muitos fundadores brasileiros, então não. Do meu ponto de vista eu não vejo algo. Bom, então, eu acho que em geral, fintech, fintech pode ser um escritor bom para muitas novas startups e novas oportunidades, então quando estamos investindo num país com muita frequência, nós vemos o ecossistema do fintech, quão fácil é para as pessoas e se existem problemas. Nós estamos empolgados. Um dos melhores investimentos em YC foi basicamente resolver um problema. Então, para mim, eu gosto da empresa, eu adoro empresas de fintech, mas o que eu posso dizer é que a fintech pode não funcionar, quando está procurando explorar as pessoas, em vez de levantá-las, então, umas das coisas que eu penso que é capciosa é que temos uma grande indústria na América, que é uma indústria de empréstimos que oferece produtos financeiros que tendem a ter como parte do seu modelo de negócio, dizem que estão provendo serviços viáveis, que estão cobrando taxas razoáveis. Eu disse “talvez”, mas eles prejudicam vários clientes, então se você pensa em trabalhar em fintech, em tecnologia de finanças, tome muito cuidado. Entenda que seu trabalho é tornar não-consumidores em consumidores. É empoderar, levantar, em oposição a tirar vantagem das pessoas e com muita frequência, quando se trata de emprestar, é aí que você tem que tomar muito cuidado, emprestar é quase sempre onde está o poder, e dar crédito a alguém é uma coisa extremamente poderosa, mas fazendo da maneira errada pode ser muito prejudicial. Então existe uma indústria de crédito, de cartão de crédito nos EUA e eu argumentaria que existe um grande número de pessoas que, eles têm como reféns. Pagando, fazendo pagamentos mínimos todo mês e nunca saem da dívida e isso é parte do modelo de negócio deles. Então, o que eu espero que isso faça, é que isso encoraje as pessoas a encontrarem melhores maneiras de suplantar esses emprestadores que levam vantagem nas pessoas. Isso é uma outra coisa, nós terminamos um batch, um lote de YC recentemente e uma das coisas que eu percebi é que nós temos, estamos nesse mundo em que os investidores são os jogadores poderosos, eles parecem ser, eles estão se tornando cada vez mais centrais nesse mundo do empreendedorismo e os fundadores estão começando a pensar a respeito destes investidores como professores, e esses professores vão dizer o que fazer: vão dizer se você tem a resposta certa ou não. E o que é interessante é que se você trata o ser como um professor por muito tempo ele começa a agir como um professor, começa a pensar que de fato, sabe. Vai tratar você como idiota se você não ouvir, se você não seguir o que eles dizem e tem muitos jovens no mundo das startups que estão realmente pegando o caminho errado, porque eles estão tendo esse erro de pensamento, eles se veem como estudantes, eles veem o investidor como professor. O que eu tenho tentado conversar e convencer os fundadores de YC é que pode ser o contrário; em quase todos os casos, você tem que saber mais a respeito do seus clientes, você tem que saber mais a respeito dos seus problemas, do que a pessoa para quem você faz o pitching, em muitos casos os fundadores bem sucedidos foram capazes de levantar dinheiro de maneira bem-sucedida por que estão ensinado os investidores a respeito de um problema que eles conhecem, um cliente que eles conhecem direito, então muitos dos fundadores, são fundadores que não se importam com seus usuários, não se importam com aprender mais, não se importam com educar outras pessoas a respeito dos seus problemas, então eles veem levantar dinheiro como sucesso - e tudo que eles querem saber é a resposta certa para obter dinheiro. Nós os chamamos, nós pensamos que eles são, digamos que um problema num mundo que caso contrário, num sistema que caso contrário funcionaria direito, quando para se certificar de que você está agindo como um professor, você tem que, se certifique de que você tem o conhecimento sobre o seu cliente para que você possa ensinar o investidor. Eu vou dizer, um dos truques para entrar no YC é simples, é saber se você é bom em alguma coisa, aprendeu alguma coisa. Existem tantos, tantos tópicos, tantas pessoas no mundo, e não deveria ser difícil ensinar alguma coisa. No entanto, muitos fundadores não acham que têm alguma coisa para ensinar, então esse é um pensamento que eu quero deixar com vocês, então se você consegue se apaixonar por seus clientes e seus problemas, e você trabalhar duro, e se você não se importar em sacrificar por esses usuários, então você pode ter aquilo que requer para desenvolver uma grande empresa e ajudar muitas pessoas, e eu espero que as pessoas que nos ouvem hoje se encaixem nessa categoria. Então, muito obrigado.
Editor executivo multimídia Fabio Sales / Editora de infografia multimídia Regina Elisabeth Silva / Editor de Política Eduardo Kattah / Editores Assistentes Mariana Caetano e Vitor Marques / Editores assistentes multimídia Adriano Araujo e William Mariotto / Designer Multimídia Bruno Ponceano, Dennis Fidalgo, Lucas Almeida, Vitor Fontes e Maria Cláudia Correia / Edição de texto Fernanda Yoneya, Valmar Hupsel e Mariana Caetano