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A Black Friday, que este ano será em 27 de novembro, é o momento para quem deseja aproveitar as ofertas e turbinar o próprio computador. E quem está com planos nesse sentido não pode se esquecer de escolher o mouse e o teclado adequados para o dia a dia.
Chamados de “periféricos” do computador, eles são responsáveis por executar tarefas e responder a comandos. Mas se engana quem pensa que eles são todos iguais: existem modelos diferentes para todos os gostos e bolsos.
Quesitos como durabilidade, ergonomia, velocidade e precisão de acionamento explicam a disparidade de preços entre esses dispositivos, segundo a professora da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie Pollyana Notargiacomo. A escolha irá depender da finalidade do usuário. Em um ano em que mais do que nunca, passamos muito tempo clicando e digitando, essa escolha se tornou especialmente importante.
Depende do uso que o usuário fizer. Geralmente, uma pessoa que transporta o notebook de um lado para o outro, por exemplo, pode optar por um mouse sem fio, que funciona via sistema wireless e é mais prático de carregar. Porém, a sua precisão é um pouco menor.
Por outro lado, um gamer pode preferir um mouse com fio, que possui uma taxa de resposta maia alta, o que é essencial para quem quer usar o computador para jogar.
Para Pollyana, o consumidor deve pensar nos atributos de ergonomia antes de escolher o mouse, já que esse periférico é utilizado praticamente o tempo inteiro. O uso inadequado do periférico pode comprometer os músculos, nervos e tendões dos membros superiores, causando a síndrome de Lesão por Esforço Repetitivo, também conhecida como LER.
O ideal é que o mouse não seja nem tão grande e nem tão pequeno, e que se encaixe no tamanho da mão do usuário. “A maioria dos fabricantes estão preocupados com a questão da ergonomia e já fabricam mouses especializados”, diz.
Os mouses sem fio podem ser usados com pilha ou com bateria. Em relação aos modelos com pilha, a durabilidade irá depender do tipo de uso. Ou seja, para quem trabalha com textos, por exemplo, a probabilidade é de que a pilha seja mais durável do que em relação a quem utiliza o mouse para editar imagens ou para jogar, por conta da necessidade de movimentação.
Já os mouses que possuem uma bateria interna podem ser carregados na tomada ou no próprio computador. O usuário pode acompanhar a porcentagem de bateria no dispositivo em que ele estiver configurado.
Caso o usuário opte por um mouse com fio, é importante checar a quantidade de entradas presentes na máquina, já que ele consumirá uma porta o tempo inteiro.
Para Pollyana, também é necessário levar em consideração o tipo de máquina: alguns computadores Mac, da Apple, não possuem entrada USB, o que pode atrapalhar os planos de quem comprar um mouse com fio com esse tipo de porta.
Outro aspecto é verificar a quantidade de botões. Para quem quer navegar na internet, é muito importante ter um mouse com dois botões e um botão de rolagem no meio, facilitando a leitura de páginas.
Já para um gamer, que pode precisar de vários botões em um mesmo dispositivo, também é interessante pensar na personalização. Nesse caso, os botões podem ser personalizados com diferentes tipos de retroiluminação, em função decorativa, mas também com funcionalidades, transformando-os em controles potentes de jogatina.
O modelo com fio costuma ser mais utilizado por usuários convencionais de desktop.
Já o modelo sem fio é muito usado por quem utiliza dispositivos móveis, como smartphones e tablets, e querem ter a possibilidade de digitar com mais conforto. Também é uma opção interessante para quem alterna entre diversos computadores (um pessoal e um da empresa, por exemplo) ou para quem compra um kit junto com o mouse.
Segundo Pollyana, os modelos mais caros têm um formato em V, ou seja, possuem a parte do meio mais curvilínea para que a mão fique em uma posição ergométrica, e o cotovelo um pouco mais aberto.
Para quem usa notebook, a professora também recomenda o uso de bandejas de apoio, que são úteis não só para evitar o aquecimento do dispositivo, mas também para deixá-lo um pouco mais alto, o que melhora a ergonomia do pulso, da mão e até dos olhos.
Os mais conhecidos são os teclados comuns, que vêm com as letras do alfabeto, número e caracteres especiais.
Já o teclado multimídia traz outros elementos, como a possibilidade de mexer nas configurações de brilho, volume e a combinação de teclas personalizadas, que permitem a abertura mais rápida e eficiente de determinados programas. Um exemplo bastante comum é a de teclas de reprodução, pausa e avançar para frente, para quem ouve música ou trabalha com transcrições.
Por outro lado, um teclado gamer apresenta diferenças mais específicas, como a questão da precisão e da agilidade, atributos essenciais para esse tipo de usuário. Assim como o mouse, esse tipo de teclado permite a configuração da retroiluminação, facilitando a leitura e a identificação das teclas.
Depende do tipo de usuário, mas o uso do teclado ABNT2 – que segue os padrões exigidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – é mais recomendado por ser mais prático. “Ele já vem com caracteres em português, como o cê cedilha”, explica Pollyana. Além disso, ambos os teclados possuem outras diferenças entre si, como a posição e a formação dos acentos. Vale a pena ficar de olho para não comprar, sem querer, um teclado ABNT, do primeiro padrão – é raro que eles ainda existam, mas pode acontecer. Nesse caso, a posição das teclas é diferente.
O padrão mais comum para teclados, seja nacional ou internacional, é o QWERTY, cuja origem é explicada pelas suas seis primeiras teclas. É um padrão que vem desde os tempos das máquinas de escrever.
Mas também é possível encontrar modelos como o DVORAK, desenvolvido por August Dvorak na década de 1930, em que a linha do meio é considerada como a principal do teclado, trazendo letras mais usadas para cada idioma. Supostamente, é um formato mais anatômico, mas ao mesmo tempo também pode ser difícil de acostumar para quem já digitou demais no QWERTY.
Editor executivo multimídia Fabio Sales / Editora de infografia multimídia Regina Elisabeth Silva / Editores assistentes multimídia Adriano Araujo, Carlos Marin, Glauco Lara e William Mariotto / Edição de texto Bruno Capelas / Reportagem Luciana Lino, especial para o Estado / Designers Multimídia Danilo Freire, Dennis Fidalgo, Vitor Fontes e Lucas Almeida