Presidenciável do Avante, deputado federal tem o mesmo patamar de intenção de voto que a senadora Simone Tebet puxado pela popularidade das redes
O nome dele começou a chamar atenção em dezembro de 2021, quando uma pesquisa eleitoral para presidente da República mostrou o deputado federal com o mesmo índice de intenção de votos que o então governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Ambos marcavam 2%. Na sequência, outros levantamentos de diferentes institutos seguiram apontando o político mineiro com mais popularidade na comparação com outros nomes conhecidos do cenário nacional, como o da senadora Simone Tebet (MDB).
Advogado, Janones ganhou destaque durante a greve dos caminhoneiros de 2018. Na época, ele ganhou milhares de seguidores ao criticar o então presidente Michel Temer (MDB) e apoiar a categoria por meio de vários vídeos que viralizaram na web. Um deles já ultrapassou 15 milhões de visualizações.
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Fenômeno nas redes sociais, o deputado ainda está longe do número de seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas é o presidenciável com o maior crescimento proporcional de usuários que o acompanham nas redes sociais desde 2019. O cálculo leva em conta Instagram, Twitter, Facebook e YouTube. Os dados foram levantados pela consultoria Bites a pedido do Estadão.
Eles mostram que Janones teve quase 1000% mais seguidores no período entre 2019 e o começo de maio. O mineiro saiu de cerca de 1 milhão para 11 milhões e meio de usuários em seus perfis, aumento de 983%. Bolsonaro, por sua vez, duplicou o número de seguidores (100%) no período; o ex-presidente Lula cresceu 162%. No início de maio, Bolsonaro somava 45,9 milhões e Lula 13,6 milhões.
Ainda em seu primeiro mandato, Janones classifica o sucesso como “zebra”, mas vai aos poucos tomando gosto pelo posto de presidenciável. Incentivado pelo empresário Paulo Marinho, que em 2018 ajudou ativamente na campanha de Bolsonaro, o parlamentar tem sido apresentado por ele a investidores paulistas de olho nas classes C, D e E. “É esse o nicho dele”, disse Marinho à Coluna do Estadão.
Entre as propostas de Janones, está o aumento de 50% no valor pago pelo programa Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família). Ele defende que o benefício passe de R$ 400 para R$ 600 mensais.
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