Número de evangélicos cresce 61% no Brasil, diz IBGE

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

O número de evangélicos no Brasil cresceu cerca de 61,5 por cento em dez anos, com 16 milhões de novos fiéis, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira com base no Censo 2010 do IBGE, que também apontou continuidade na queda de católicos no país. "Temos notado um declínio acentuado da população católica no Brasil, e essa é uma tendência observada nos Censos de 1991, 2000 e 2010", afirmou o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Cláudio Dutra. "No crescimento da população evangélica como um todo, os pentecostais puxam o crescimento", acrescentou. Segundo a pesquisa, entre 2000 e 2010, o total de evangélicos no Brasil subiu de 26,2 milhões para 42,3 milhões em 2010. A proporção dos evangélicos em relação à população do país avançou de 15,5 por cento para 22,2 por cento. Em 1991, eles representavam apenas 9 por cento da população. Pelos critérios da pesquisa, os evangélicos reúnem religiosos de missão, pentecostal e outras correntes não determinadas. A pesquisa mostrou ainda que, de 2000 a 2010, a população brasileira subiu de mais de 169 milhões de habitantes para aproximadamente 190,7 milhões de pessoas. O número de católicos, no entanto, encolheu nesses 10 anos de 73,6 por cento dos brasileiros para 64,6 por cento. No Censo de 1991, os católicos chegaram a representar 83 por cento da população. Em números absolutos, a queda no número de católicos foi pequena (1,7 milhão), mas como houve um aumento populacional, a proporção de católicos encolheu no Brasil em 10 anos. Os católicos caíram de 124,9 milhões, em 2000, para 123,2 milhões em 2010. A religião evangélica tem mais penetração entre os jovens da população, de acordo com o IBGE. "A proporção de católicos é maior entre as pessoas com mais de 40 anos, decorrente de gerações que se formaram em períodos de hegemonia católica", afirmou o IBGE. "Ao inverso, evangélicos têm maior proporção entre crianças e adolescentes", acrescentou o estudo. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.