SUSPEITOS INTERROGADOS NO RIO
Rafael Alcadipani, professor em São Paulo que tem ligações tanto com a polícia como com manifestantes, disse que ouviu previsões de "guerra" na quinta-feira, mas espera que prevaleça um sentimento de cabeça mais fria.
"Não acho que será tão ruim assim", disse. "As pessoas estão nervosas, mas acho que mesmo os black blocks estão percebendo que as pessoas querem que a Copa aconteça."
Delegações estrangeiras que vão comparecer ao jogo de quinta-feira, no entanto, estão "muito preocupadas" e avaliando rotas alternativas para o estádio se houver incidentes de violência, disse um diplomata.
A polícia de outras cidades também está se preparando para problemas.
Dez pessoas investigadas por participação direta ou indireta em atos violentos durante protestos no Rio de Janeiro foram levadas pela polícia nesta quarta-feira para prestar depoimento na delegacia, mas não foram presas, informou a polícia.
Entre as pessoas levadas para prestar depoimento estava a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, investigada pela Polícia Civil por suposta compra irregular de fogos de artifício, segundo a polícia.
Os manifestantes dizem que o maior risco de violência não vem deles mas sim da polícia, que tem usado balas de borracha e bombas de gás para dispersar manifestações. Um site criado por grupos de direitos humanos para coletar evidências de violência policial estava sendo compartilhado por líderes de protestos na mídia social nesta quarta-feira.
(Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)
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