Com a escolha do tucano Aloysio Nunes Ferreira para ocupar a vaga de José Serra no Ministério das Relações Exteriores, a vaga de senador por São Paulo será ocupada pelo ex-deputado peemedebista Airton Sandoval, 73. Último remanescente do “quercismo” no Estado, ele está aposentado e vive hoje em Franca, no interior paulista.
Seu último cargo público foi chefe de gabinete do ex-prefeito da cidade, Alexandre Ferreira (PSDB), que encerrou o mandato em dezembro do ano passado. “Ninguém ainda me procurou para tratar do assunto, mas a expectativa em Franca em muito grande”, disse Sandoval ao Estado.
Peemedebista histórico, ele tornou-se suplente de Aloysio Nunes em 2010 após o ex-governador Orestes Quércia deixar a disputa pelo Senado para tratar de um câncer. Por um acordo costurado na época, o PSDB abdicou da suplência em indicou o aliado de Quércia para a vaga.
Em troca da escolha de Sandoval, que então comandava a máquina estadual do PMDB, os tucanos “herdaram” o tempo de TV do partido, que era de cinco minutos. “Depois de 2010 houve uma mudança grande no PMDB. Poucas pessoas ligadas ao Quércia ficaram no diretório. Eu fui uma delas”, conta o futuro senador.
Sandoval lembra, ainda, que atuava como “moderador” na disputa entre o então deputado Michel Temer e Orestes Quércia pelo comando do PMDB em São Paulo. Sobre sua atuação no Congresso, o substituto de Aloysio Nunes diz que pretende levantar as bandeira do parlamentarismo e do municipalismo, além de apoiar “integralmente” as reformas propostas pelo governo federal.
“As reformas são importantes. Em 1988, na Constituinte, faltou coragem para mudar a Previdência”. Com a mudança, o PMDB amplia sua força no Senado e chega a 22 senadores. Já o PSDB perde uma vaga e fica com 10 senadores.
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