Rebeldes da Ucrânia se dizem prontos para cessar-fogo

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Os separatistas pró-Rússia declararam neste sábado estarem prontos para um cessar-fogo com o governo de Kiev na esteira das conquistas crescentes das forças ucranianas sobre as forças rebeldes. "Estamos prontos para um cessar-fogo para evitar a proliferação de um desastre humanitário em Donbass", afirmou em comunicado Alexander Zakharchenko, primeiro ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, referindo-se à área do leste da Ucrânia onde os combates estão acontecendo. Ele alertou que Donetsk, pólo industrial do país e centro da resistência rebelde, enfrenta escassez de comida, água e eletricidade, mas disse que os rebeldes estão prontos para defender a cidade de cerca de um milhão de pessoas. "No caso de uma ofensiva na cidade, o número de vítimas irá aumentar em magnitude. Não temos corredores humanitários. Não há suprimento de remédios… os estoques de alimentos estão quase acabando", disse. Autoridades ucranianas afirmaram estarem prontas para concordar com um cessar-fogo, mas com a condição de que os rebeldes entreguem suas armas. O escritório do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, não estava disponível de imediato para comentar a declaração de Zakharchenko. Mais cedo, Kiev declarou ter contido uma tentativa russa de enviar tropas para a Ucrânia disfarçadas de forças pacificadoras com o objetivo de provocar um conflito militar de larga escala, afirmação que Moscou repudiou como "conto de fada". A Ucrânia já fez várias declarações semelhantes sobre a agressão russa durante os meses de conflitos com os separatistas, que diz serem apoiados por Moscou, em sua fronteira leste com a Rússia, nenhuma das quais pode ser verificada de forma independente. Os ucranianos afirmam estar fechando o cerco gradativamente em torno dos rebeldes, que foram forçados a voltar a seus redutos em Donetsk e Luhansk na fronteira. (Por Pavel Polityuk em Kiev)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.