Após intensa repercussão, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo Paes Barreto, desistiu da ideia de criar uma ‘calçada da fama’ do Judiciário. Barreto diz que a iniciativa foi uma sugestão que recebeu no início de seu mandato e que havia achado ‘interessante’. “A ideia foi afastada pois já temos nossa galeria de ex-presidentes”, afirmou, em nota.
A decisão de Barreto foi divulgada após a repercussão de trecho de uma entrevista sua à TV Jornal. Ele anunciou que estava em fase de ‘implantação’ a calçada da fama do Judiciário, inspirada na icônica calçada de Holywood, que homenageia estrelas do cinema, e na do Maracanã, um tributo aos maiorais do futebol.
Segundo o desembargador, ‘a reportagem foi gravada há muitos dias’. “Agir com transparência e boa fé fazem sempre parte de minha atuação como pessoa e gestor”, afirma.
A Corte estadual alega que ‘não houve, nem há’, em tramitação, ‘projeto oficial para a colocação de peças ou homenagens de qualquer natureza nas calçadas que circundam os imóveis do Tribunal’ em Pernambuco.
Em trecho do vídeo que circulou nas redes, Barreto fala da calçada da fama quando mencionava ideias para ‘tornar o Judiciário mais transparente e bonito, menos ofensivo’. Segundo o desembargador, a Justiça não se resume à ‘cadeia, prisão e pena’. Nesse contexto, ele falou sobre os jardins e a iluminação da Corte estadual.
Barreto disse que a intenção era que todos os 17 ex-presidentes vivos da Corte ‘carimbassem’ as mãos, segundo ele, ‘instrumento de trabalho’ dos magistrados. Indicou que a iniciativa seria uma atração para turistas, ‘uma coisa bonita’.
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