Tarcísio de Freitas, do Republicanos, é eleito governador de SP; veja números

Ex-ministro superou Fernando Haddad (PT) e vai comandar o governo estadual pelos próximos quatro anos. Veja como ficou a votação em SP

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Foto do author Adriana Ferraz
Atualização:

Tarcísio de Freitas, do Republicanos, foi eleito neste domingo, 30, governador do São Paulo no segundo turno das eleições 2022. A vitória foi confirmada às 19h23. Com 100% das urnas apuradas, o ex-ministro, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu 13.480.190 de votos, o que representa 55,27% dos votos válidos.

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Veja o resultado completo do segundo turno das eleições 2022: apuração por Estado, cidade e zona eleitoral

Fernando Haddad, do PT, obteve 10.908.972 de votos, o que corresponde a 44,73% dos votos válidos. A diferença entre os candidatos ao governo de SP foi de 2.571.218 votos.

Votação em SP: total, brancos, nulos e abstenções

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 13.480.190 votos (55,27%).
  • Fernando Haddad (PT): 10.908.972 votos (44,73%)
  • Brancos: 1.102.462 (4,04%)
  • Nulos: 1.849.223 (6,76%)
  • Abstenções: 7.300.030 (21,07%)

No primeiro turno, realizado em 2 de outubro, Tarcísio recebeu 42,32% dos votos válidos e terminou à frente de Haddad, que alcançou 26,79%. Eles superaram Rodrigo Garcia, do PSDB, com 18,43%, Vinicius Poit, do Novo, com 1,67% e Elvis Cezar, do PDT, com 1,21%, que acabaram de fora do segundo turno da disputa.

Quem é Tarcísio de Freitas

Nascido no Rio e sem ligação direta com São Paulo até setembro do ano passado, quando informou ter se mudado para São José dos Campos, no interior do Estado, Tarcísio tem pela frente o desafio de criar um grupo político próprio, com quadros de sua confiança, após 28 anos de consecutivas administrações do PSDB. Será o primeiro teste prático do técnico que virou político para dar continuidade ao projeto bolsonarista.

Mas, além de seu partido, que orbita na área de influência da Igreja Universal, e do PL, de Bolsonaro, o futuro governador terá uma série de outros aliados a atender. Ao receber o apoio dos tucanos no segundo turno, União Brasil e PP também se uniram à lista de siglas que esperam manter suas respectivas “ilhas” numa futura máquina.

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Durante a transição, a gestão Rodrigo Garcia estima deixar em caixa cerca de R$ 30 bilhões ao ex-ministro, o que equivaleria a seis folhas de pagamento. Um recorde, segundo os tucanos, que destacam a austeridade fiscal como um legado do partido em São Paulo. Habituado a números, Tarcísio ainda pode ter a sorte de administrar o Estado com um orçamento superior a R$ 317 bilhões no próximo ano, de acordo com projeção da Lei Orçamentária Anual (LOA) em debate na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Apesar da vitória para o governo, Tarcísio não fez uma bancada ampla de deputados estaduais. Foram eleitos 8 candidatos do Republicanos, mas o futuro governador conta com o apoio dos aliados de Bolsonaro para aprovar projetos na Alesp. Somente o PL elegeu 19 parlamentares, mesmo número, no entanto, que os eleitos pela federação PT e PCdoB.

Primeiro escalão do governo de SP

O ex-ministro promete montar um gabinete com vozes moderadas, sem a preocupação de “destucanizar” o governo. Mas também já deixou claro que pastas tidas por ele como sensíveis ficarão em sua cota pessoal. Deve ser o caso das secretarias de Transporte e Logísticas e Habitação, hoje nas mãos do União Brasil e PSDB.

Alguns nomes já são praticamente certos no primeiro escalão, a começar pelo coordenador da campanha e ex-vice-governador Guilherme Afif, do PSD. O médico Eleuses Paivas, que ajudou no programa de saúde, é cotado para assumir a pasta. Rafael Benini, que já atuou na Agência de Transporte do Estado de São Paulo e no Ministério da Infraestrutura, é outro nome que já circula como potencial escolhido.

Após declarar “apoio incondicional” e receber Tarcísio e o presidente Jair Bolsonaro com tapete vermelho no Palácio dos Bandeirantes, Garcia também manter influência, assim como o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). A transição deve ser conduzida pelo atual secretário de governo, Marcos Penido, a partir da segunda semana de novembro.

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