Em 7 de novembro de 1917, os bolcheviques tomam São Petersburgo, na época Petrogrado, invadem o Palácio de Inverno e depõem o governo provisório de Alexander Kerenski (1881-1970). Marco maior da Revolução Russa, também conhecida como Revolução de Outubro, o evento moldou o século 20 e foi assim registrado na capa do Estadão: “Os maximalistas assumem o poder”. Os maximalistas, como os bolcheviques eram chamados pelos jornais na época, defendiam a aplicação integral do programa socialista. Criaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a URSS.
O Estadão acompanhou toda a epopeia russa: do início da guerra civil e o fuzilamento da família do czar Nicolau 2º, em 1918, à morte de Vladimir Lenin (1870-1924), seis anos depois, até o colapso do país, em 1991.
Nas páginas do jornal o leitor acompanhou como o regime comunista soviético foi uma experiência histórica de profundo impacto. Transformou a Rússia agrária em potência nuclear – ao custo de milhões de mortos, sob Josef Stalin (1878-1953). Na morte deste, o jornal registrou: “Stalin morreu; morreu um grande da história” que “nunca deixou de agir como o verdadeiro senhor de metade do mundo”.
Três anos depois, em julho de 1956, o Estadão publicou o extenso relatório apresentado por Nikita Khrushchev (1894-1971) no 20.º Congresso do Partido Comunista da União Soviética, detalhando os crimes do ex-governante russo.
Em 25 de agosto de 1991, a manchete decreta o fim de uma era: “Fim do PC acelera a dissolução da URSS”.
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