Do início no kart até a tragédia na Itália: a vida de Senna foi contada nas páginas do Estadão

Piloto publicou texto exclusivo no jornal apenas 38 dias antes de sua morte em que mostrava preocupação com os riscos assumidos após mudanças feitas na temporada de 1994

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Por Redação

“A chama do meu sonho não se apaga”, disse Ayrton Senna (1960-1994) em entrevista exclusiva ao Estadão após seu tricampeonato, em 1991. A chama do piloto continua viva 30 anos após sua morte em Ímola, na Itália. Com três títulos mundiais (1988, 1990 e 1991), 41 vitórias e 65 poles, Senna consolidou o domínio do Brasil na Fórmula 1 no século passado, iniciado pelos títulos de Emerson Fittipaldi (1972 e 1974) e Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987).

Senna comemora vitória no GP Brasil, em Interlagos, em 1993; com três títulos mundiais, piloto consolidou o domínio do Brasil na Fórmula 1, iniciado por Fittipaldi e Piquet Foto: Edu Garcia/Estadão - 28/3/1993

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Os passos do futuro tricampeão e ídolo nacional foram acompanhados pelo Estadão desde o início, nas pistas de kart. Em 14 de fevereiro de 1976, abaixo dos problemas de Fittipaldi em Daytona, reportagem conta que o “paulista Ayrton Senna, da equipe Sulam, ocupará a pole position na prova final” do Campeonato Brasileiro de Kart. Ele venceria seu primeiro título brasileiro dois anos depois.

E assim foi até o fim: apenas 38 dias antes de sua morte, o piloto publicou texto exclusivo no jornal falando sobre as mudanças promovidas na Fórmula 1 na temporada de 1994. Senna escreveu que “o piloto voltará a fazer diferença, como nos velhos tempos. Sem o controle de tração, o comportamento do carro mudou, está mais arisco nas entradas e saídas de curvas. O piloto terá de se adaptar a essa condição, que inclusive envolve maiores riscos”.

Nos 30 anos de sua morte, completados em 1.º de maio do ano passado, o Estadão publicou depoimento do repórter Livio Oricchio sobre a dolorosa volta ao Brasil com o caixão a bordo do avião e o texto original do acidente fatal. Apesar de a Justiça apontar os culpados pela tragédia, ninguém foi preso.

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