Eco-92, no Rio, marca ‘virada de chave’ na cobertura do clima pelo Estadão

Conferência do clima demandou agilidade na produção e transmissão de conteúdos e envolveu 54 jornalistas

PUBLICIDADE

Por Equipe Acervo

“Semente” do Protocolo de Kyoto, de 1997, que visava controlar as emissões de gás do efeito estufa, a Eco-92, realizada no Rio, redefiniu a posição do Brasil como ator global em matéria de sustentabilidade. Na época, a imagem internacional do País estava abalada pelo chocante assassinato do ativista ambiental Chico Mendes (1944-1988), ocorrido em 1988, e pelas recorrentes notícias sobre desmatamentos e queimadas na Amazônia.

Ativista segura cartaz com a frase 'O futuro está em suas mãos', em inglês, na abertura da Eco-92, no Rio Foto: WILSON PEDROSA

PUBLICIDADE

Cinquenta e quatro jornalistas do Estadão trabalharam na cobertura da conferência. A Agência Estado - empresa do Grupo Estado pioneira em notícias em tempo real, criada em 1970 - distribuía a cobertura via fax para jornais e agências de notícias nacionais e internacionais. Painéis eletrônicos em bancas de jornal, videotexto e Broadcast, informes via pagers, voicemail e pelo sistema BBS (Bulletin Board System) - que permitia a troca de mensagens e informações entre usuários - também estavam entre as novas tecnologias usadas para que a informação e apuração do Estadão chegassem primeiro aos leitores e clientes. A Rio-92 foi um marco do início desse tipo de rede para a captação, produção, comunicação interna da equipe e transmissão de conteúdos.

A Convenção de Mudanças Climáticas, ou Convenção do Clima, foi criada como um dos resultados diretos da reunião global realizada no Rio. Do encontro resultaram também documentos-referência, como a declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.