No fim de 1998, veio à tona a primeira denúncia do que se tornaria o escândalo da “máfia dos fiscais” em São Paulo. Reportagens mostraram a atuação de servidores da Prefeitura, na época sob o governo Celso Pitta (1997-2001), extorquindo camelôs e outros comerciantes. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários no escândalo, detalhado, em março de 1999, pela ex-mulher de Pitta, Nicéia.
Em abril de 1999, com as denúncias em curso, o Estadão fez um raio X da Câmara Municipal, que na ocasião já tinha um vereador preso e ameaçado de cassação e outros investigados pela polícia e pelo Ministério Público. Seis jornalistas passaram um mês investigando o trabalho e a carreira dos 55 vereadores da capital paulista. Chegaram à conclusão de que apenas 15 mereciam ter sido eleitos. Em um caderno impresso de 16 páginas, eles mostraram o excesso de gastos da Câmara, com salários de até R$ 35 mil e nepotismo, e o trabalho (ou a falta dele) de cada parlamentar.
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