O Estadão publicou a última entrevista concedida pelo diplomata Sérgio Vieira de Mello (1948-2003). Um dia após a publicação, o brasileiro, que trabalhava como representante oficial do secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque, morreu no atentado terrorista da Al-Qaeda contra o QG da ONU em Bagdá, em 19 de agosto de 2003.
A Jamil Chade, o diplomata, que se notabilizou por sua atuação em áreas de conflito, falou sobre como a guerra estava humilhando os iraquianos e como se fazia necessário que as forças de ocupação, lideradas pelos Estados Unidos, deixassem claro sua intenção de sair do país. Disse também não acreditar no risco de a ONU se tornar um alvo: “A ONU ainda é muito respeitada pela população local. Os iraquianos, ao contrário do que sentem pelas forças de ocupação, olham para a ONU como uma organização independente e amiga. Por isso, acho que confiam no nosso trabalho e sabem que estamos aqui para ajudá-los”.
Os EUA concluíram sua retirada do Iraque em dezembro de 2011. Os números estimados da guerra apontam para 4.431 americanos, 179 britânicos e 120 mil civis iraquianos mortos.
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