Com exclusividade, em abril de 2017, o Estadão revelou os nomes apontados nos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, colocando o alto escalão político do País sob investigação. A “lista de Fachin”, como ficou conhecida, tinha entre seus alvos oito ministros do governo Temer, 24 senadores, 39 deputados, três governadores e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), além dos então presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira.
A apuração de Breno Pires obteve acesso a 83 decisões e despachos do magistrado. As revelações do Estadão levaram Fachin a divulgar na íntegra as decisões, que foram baseadas nos depoimentos de 40 delatores.
A operação Lava Jato atingiu a elite política e econômica do País, levou à prisão ex-diretores da Petrobrás, empresários, governadores, ex-ministros, ex-presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado e os, na época, ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (em 2018) e Michel Temer (em 2019). Arbitrada pelo ex-juiz Sérgio Moro, a operação que começou em um posto de gasolina em Brasília, em 2014, perdeu força a partir de 2018, quando Moro aceitou convite para integrar o governo Bolsonaro. A partir daí, as condenações caíram uma a uma e, em 2024, dez anos depois da deflagração da primeira fase, a operação tem acordos de delação em ruínas - veja retrospectiva dos 10 anos.
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