Em 19 de abril de 2020, em plena pandemia de covid-19, o então presidente Jair Bolsonaro descumpriu medidas de isolamento social ao discursar para multidão reunida na frente do QG do Exército, em Brasília. Os manifestantes pediam intervenção militar no Brasil, fechamento do Congresso Nacional e a volta do AI-5. A imagem, da repórter-fotográfica Gabriela Biló, recebeu menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog.
Na época, o Brasil contabilizava quase 2,5 mil mortes pelo coronavírus – o País ultrapassaria 700 mil mortes até o fim da pandemia. No período, o Estadão trouxe, em tempo real, notícias sobre as características da doença, os grupos de risco, as medidas de combate, cuidados contra o contágio, a corrida global para a criação de imunizantes e mais. Para enfrentar as fake news e a desinformação, o Estadão Verifica trazia atualizadas checagens sobre a doença.
O jornal também se uniu a outros veículos de imprensa para levar a público o real impacto do coronavírus e da vacinação no País, após o governo Bolsonaro tentar dificultar o acesso aos números da doença. O esforço de apuração era feito de forma colaborativa. Jornalistas coletavam e compilavam dados nas Secretarias Estaduais de Saúde para apresentar os números diários de contaminados e mortos por covid-19, além da quantidade de vacinados. No período, o jornal liberou o acesso para não assinantes às reportagens sobre o assunto.