Em março de 2007, o País vivia as consequências de um apagão aéreo, com greve de controladores de voo e aeroportos abarrotados, quando Denise Abreu, então diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi flagrada pelo repórter-fotográfico Dida Sampaio fumando charuto durante uma festa de casamento na Bahia. A imagem, publicada na primeira página do Estadão em 1º de abril de 2007, repercutiu negativamente. “Fui exposta à nação como uma mulher insensível aos transtornos das famílias nos aeroportos”, disse Denise em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, instalada no Senado.
Em julho de 2007, quando o voo 3054 da TAM atravessou a pista do Aeroporto de Congonhas, matando 187 pessoas a bordo e 12 em terra, Denise foi a única integrante da Anac denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos responsáveis pelo desastre. Teria agido com “imprudência” ao determinar a liberação da pista sem a realização de grooving (ranhuras). Em agosto, ela pediu demissão da agência reguladora.
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