Num furo de reportagem publicado no Estadão em agosto de 2020, o repórter André Borges obteve acesso a um processo que, a pedido da Petrobras, corria em sigilo no Ibama. A empresa buscava um acordo com o órgão para iniciar a retirada de um imenso material depositado irregularmente na região da Bacia de Campos.
Milhares de maquinários e tubulações de suas plataformas de petróleo foram depositados numa área de cerca de 460 quilômetros quadrados no oceano, o equivalente ao tamanho da cidade de Florianópolis (SC). Segundo os relatórios, metade dessas peças não tinha mais aplicação.
Os documentos também mostram que o depósito dos equipamentos, feito sem licença ambiental, começou em 1991 e seguiu até março de 2016, quando o Ibama determinou que a prática fosse suspensa. O custo da retirada do material foi avaliado em R$ 1,5 bilhão, num processo com prazo estimado em mais de cinco anos.
A reportagem venceu o Prêmio IREE de Jornalismo, na categoria Economia e Negócios.
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