Em 24 de agosto de 1956, a sucursal do Estadão no Rio foi invadida por policiais armados de metralhadoras que exigiam dos jornalistas a entrega de todos os exemplares da edição daquele dia. O motivo foi a publicação do artigo intitulado “Manifesto ao povo brasileiro”, de Carlos Lacerda (1914-1977). Nele, Lacerda chamava o então presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) de “exibicionista delirante”.
No dia seguinte, o jornal publicou o editorial “Violência inexplicável”, condenando a invasão da polícia à redação. “Atentados representam um insulto à democracia”, dizia o texto. Julio de Mesquita Filho (1892-1969), diretor do Estadão, denunciou a arbitrariedade à Associação Interamericana de Imprensa .”Tudo isto é da mais flagrante ilegalidade. Tudo isto é contra a Constituição”, protestou Mesquita.
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