Em 5 de abril de 2018, o então juiz Sérgio Moro decretou a prisão do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato. O petista foi para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, onde permaneceu reunido com lideranças do Partido dos Trabalhadores e militantes. Dois dias depois, deixou o local para se entregar à polícia.
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Até então, não se sabia o destino do ex-presidente: para o aeroporto e, de lá, para Curitiba, onde no fim cumpriria pena de 580 dias, ou para a sede da Polícia Federal, na Lapa, em São Paulo. O fotógrafo Felipe Rau, do Estadão, estava na PF da capital paulista e acompanhava pela TV o trajeto do comboio de Lula, até o ponto em que ficou claro que lá era o destino.
Sem saber em qual carro o ex-presidente estava, configurou a máquina com as especificações para esse tipo de situação, no modo manual. A cada veículo que passava, ele grudava a lente contra os vidros escuros e disparava o botão por poucos segundos. Logo viu que a tática havia dado certo: foi um dos únicos a conseguir a foto de Lula no carro antes de entrar na Polícia Federal, capa da edição impressa do Estadão do dia seguinte.