Um ‘erro de comunicação’, uma multidão nas ruas e o Muro de Berlim vai ao chão

Correspondente do ‘Estadão’, William Waack cobria fugas em massa e manifestações na Alemanha Oriental quando a História foi escrita

Por Equipe Acervo

Então correspondente internacional do Estadão, William Waack cobriu in loco a queda do Muro de Berlim, em 1989. Quarenta dias antes da data oficial, deflagrada por um “erro de comunicação” do então porta-voz da Alemanha Oriental (RDA), Günter Schabowski (1929-2015), Waack já estava na RDA cobrindo as manifestações e fugas em massa do regime comunista.

Multidão na frente do Portão de Brandemburgo; 'Ofereci carona para quem queria ir de um lado para o outro e, no caminho, entrevistava o pessoal', lembra Waack Foto: DPA Picture-Alliance via AFP-10/11/1989

Em 2019, nos 30 anos da queda do Muro, o jornalista relembrou a cobertura. “Usei um velho truque de repórter: como falo alemão e tinha morado na Alemanha, peguei um táxi e fui para a Alemanha Oriental buscar pessoas que queriam visitar alguém na Alemanha Ocidental. E oferecia carona para eles. No caminho eu vinha entrevistando o pessoal. Então, eu registrava a primeira emoção de um alemão-oriental ao passar pelo muro da morte.”

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