Nossos queridos leitores: personalidades no País colecionam recordações com o Estadão

Jornal, que completa 150 anos em 2025, faz parte da vida de autoridades, médicos, empresários, escritores, artistas, educadores, pesquisadores e jornalistas

Foto do author Samanta Nogueira
Atualização:

Em 150 anos de história, o Estadão sempre colocou o leitor como o centro do trabalho jornalístico. De 4 de janeiro de 1875, no impresso ainda com quatro páginas, até hoje, também na versão digital, o jornal prioriza temas de interesse nacional, que impactam a vida dos brasileiros e fortalecem a democracia do País.

Proclamação da República, abolição da escravatura, ditadura militar, grandes guerras mundiais, pandemias, escândalos de corrupção, Copas do Mundo e tantos outros grandes eventos do País e do mundo foram retratados pelo Estadão e estão na memória dos leitores que acompanham um dos veículos de comunicação mais antigos do Brasil.

Personalidades fazem homenagem ao 'Estadão', pelos 150 anos do jornal Foto: Infografia Estadão

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Na gama de leitores do jornal, estão empresários, médicos, políticos, artistas, escritores, educadores, engenheiros, atletas, advogados, pesquisadores e jornalistas, que colecionam recordações da leitura diária do Estadão, muitas vezes desde a infância.

Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano teve o primeiro contato com o jornal aos 13 anos. Em Franca, no interior de São Paulo, ganhou da mãe, Jacira, uma assinatura do Estadão. “Foi o primeiro jornal que eu tive acesso muito fácil. É uma história, é uma vida”, afirma.

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O jornal também acompanhou as diferentes etapas da vida dos leitores. Em cada uma, a descoberta de um novo assunto. “Santista na época do Pelé”, o presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, folheava as páginas do impresso para saber as novidades do futebol.

Depois, vieram as notícias sobre a maior tenista brasileira, Maria Esther Bueno, sobre a maior rivalidade do xadrez mundial, entre o americano Bobby Fischer e os russos, e sobre o automobilismo com Ayrton Senna. Com o tempo, Ometto chegou às reportagens de política.

“O Estadão faz parte da história do nosso País. Sempre foi e é uma segurança para nós, cidadãos brasileiros, pela seriedade com que traz a notícia”, diz.

CEO da Vale, Gustavo Pimenta também celebrou os 150 anos do Estadão. “Essa conquista reflete o firme compromisso do veículo com o jornalismo independente e a promoção da democracia”, comentou.

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“Celebremos juntos esse feito notável de um veículo que acompanhou sempre de forma ética e independente as profundas transformações ocorridas em nosso país ao longo do último século e meio, deixando uma contribuição essencial à formação do Brasil. Nós, da Vale, estamos comprometidos com o propósito de melhorar a vida e transformar o futuro, juntos. Isto não seria possível sem a imprensa livre, e o Estadão certamente ocupa lugar de destaque nesta missão”, completou.

Quem também aponta a importância histórica do jornal é João Roberto Marinho, presidente do Grupo Globo: “É uma alegria começar 2025 comemorando os 150 anos do Estadão. Tem muito a celebrar o país que, diante dos desafios que o mundo hoje nos traz, pode contar com um título potente de jornalismo profissional e independente, que soube se transformar sem perder os valores da sua criação”. Para o executivo, o Estadão é “um jornal que nasceu, se fortaleceu e se mantém relevante sem desviar os olhos do leitor, do futuro, da democracia e do Brasil”.

A cara de São Paulo

Carioca, a atriz Irene Ravache chegou a São Paulo em 1967 já com um conselho: “quer ler um bom jornal, leia O Estado de S. Paulo, o Estadão, como ele é chamado carinhosamente pelos paulistanos”. “Realmente era e é um jornal que mantém uma postura de levar uma informação precisa”, afirma a atriz. “Difícil alguém em São Paulo não ter o Estadão como seu jornal preferido, seu jornal do coração.”

Com o trabalho de um século e meio, o jornal participou e participa da construção do Estado de São Paulo e do País. Ainda chamado A Província de São Paulo, publicou em sua capa de 29 de setembro de 1880 um texto defendendo a criação de uma universidade na capital paulista. Tema que voltou ao periódico em várias outras ocasiões, até a fundação da Universidade de São Paulo (USP) em 1934.

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“O Estadão foi responsável pela formação da Universidade de São Paulo. É uma grande colaboração que O Estado de S. Paulo teve com o Brasil e com o Estado de São Paulo”, ressalta o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Pioneiro ao desenvolver formatos, como os suplementos Feminino e Literário; referência no enfrentamento à ditadura militar, ao publicar poemas e receitas no espaço de notícias censuradas; e lembrado sempre pelas grandes reportagens de assuntos nacionais e internacionais, o Estadão também é citado hoje como uma fonte essencial para o combate à desinformação.

“O Estadão tem sido um veículo fundamental, dos mais importantes. Por ter acompanhado momentos importantes da história do Brasil e ter retratado em suas páginas os principais episódios da nossa história passada e recente. Tem sido um veículo fundamental para combater a desinformação, representar a imprensa livre, uma imprensa isenta, profissional e que conhece o caminho correto, preocupada com o futuro, com o nosso País”, diz o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

“São 150 anos, são 15 décadas de um jornal que informou, batalhou e, inclusive, sofreu por ser democrático. Enfrentou tudo, enfrentou ditaduras e está aí até hoje firme, forte e moderno, porque está sempre mudando”, afirma o escritor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras Ignácio de Loyola Brandão.

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