Em 150 anos de história, o Estadão sempre colocou o leitor como o centro do trabalho jornalístico. De 4 de janeiro de 1875, no impresso ainda com quatro páginas, até hoje, também na versão digital, o jornal prioriza temas de interesse nacional, que impactam a vida dos brasileiros e fortalecem a democracia do País.
Proclamação da República, abolição da escravatura, ditadura militar, grandes guerras mundiais, pandemias, escândalos de corrupção, Copas do Mundo e tantos outros grandes eventos do País e do mundo foram retratados pelo Estadão e estão na memória dos leitores que acompanham um dos veículos de comunicação mais antigos do Brasil.
Na gama de leitores do jornal, estão empresários, médicos, políticos, artistas, escritores, educadores, engenheiros, atletas, advogados, pesquisadores e jornalistas, que colecionam recordações da leitura diária do Estadão, muitas vezes desde a infância.
Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano teve o primeiro contato com o jornal aos 13 anos. Em Franca, no interior de São Paulo, ganhou da mãe, Jacira, uma assinatura do Estadão. “Foi o primeiro jornal que eu tive acesso muito fácil. É uma história, é uma vida”, afirma.
O jornal também acompanhou as diferentes etapas da vida dos leitores. Em cada uma, a descoberta de um novo assunto. “Santista na época do Pelé”, o presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, folheava as páginas do impresso para saber as novidades do futebol.
Depois, vieram as notícias sobre a maior tenista brasileira, Maria Esther Bueno, sobre a maior rivalidade do xadrez mundial, entre o americano Bobby Fischer e os russos, e sobre o automobilismo com Ayrton Senna. Com o tempo, Ometto chegou às reportagens de política.
“O Estadão faz parte da história do nosso País. Sempre foi e é uma segurança para nós, cidadãos brasileiros, pela seriedade com que traz a notícia”, diz.
CEO da Vale, Gustavo Pimenta também celebrou os 150 anos do Estadão. “Essa conquista reflete o firme compromisso do veículo com o jornalismo independente e a promoção da democracia”, comentou.
“Celebremos juntos esse feito notável de um veículo que acompanhou sempre de forma ética e independente as profundas transformações ocorridas em nosso país ao longo do último século e meio, deixando uma contribuição essencial à formação do Brasil. Nós, da Vale, estamos comprometidos com o propósito de melhorar a vida e transformar o futuro, juntos. Isto não seria possível sem a imprensa livre, e o Estadão certamente ocupa lugar de destaque nesta missão”, completou.
Quem também aponta a importância histórica do jornal é João Roberto Marinho, presidente do Grupo Globo: “É uma alegria começar 2025 comemorando os 150 anos do Estadão. Tem muito a celebrar o país que, diante dos desafios que o mundo hoje nos traz, pode contar com um título potente de jornalismo profissional e independente, que soube se transformar sem perder os valores da sua criação”. Para o executivo, o Estadão é “um jornal que nasceu, se fortaleceu e se mantém relevante sem desviar os olhos do leitor, do futuro, da democracia e do Brasil”.
A cara de São Paulo
Carioca, a atriz Irene Ravache chegou a São Paulo em 1967 já com um conselho: “quer ler um bom jornal, leia O Estado de S. Paulo, o Estadão, como ele é chamado carinhosamente pelos paulistanos”. “Realmente era e é um jornal que mantém uma postura de levar uma informação precisa”, afirma a atriz. “Difícil alguém em São Paulo não ter o Estadão como seu jornal preferido, seu jornal do coração.”
Com o trabalho de um século e meio, o jornal participou e participa da construção do Estado de São Paulo e do País. Ainda chamado A Província de São Paulo, publicou em sua capa de 29 de setembro de 1880 um texto defendendo a criação de uma universidade na capital paulista. Tema que voltou ao periódico em várias outras ocasiões, até a fundação da Universidade de São Paulo (USP) em 1934.
“O Estadão foi responsável pela formação da Universidade de São Paulo. É uma grande colaboração que O Estado de S. Paulo teve com o Brasil e com o Estado de São Paulo”, ressalta o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Pioneiro ao desenvolver formatos, como os suplementos Feminino e Literário; referência no enfrentamento à ditadura militar, ao publicar poemas e receitas no espaço de notícias censuradas; e lembrado sempre pelas grandes reportagens de assuntos nacionais e internacionais, o Estadão também é citado hoje como uma fonte essencial para o combate à desinformação.
“O Estadão tem sido um veículo fundamental, dos mais importantes. Por ter acompanhado momentos importantes da história do Brasil e ter retratado em suas páginas os principais episódios da nossa história passada e recente. Tem sido um veículo fundamental para combater a desinformação, representar a imprensa livre, uma imprensa isenta, profissional e que conhece o caminho correto, preocupada com o futuro, com o nosso País”, diz o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“São 150 anos, são 15 décadas de um jornal que informou, batalhou e, inclusive, sofreu por ser democrático. Enfrentou tudo, enfrentou ditaduras e está aí até hoje firme, forte e moderno, porque está sempre mudando”, afirma o escritor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras Ignácio de Loyola Brandão.
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