O Estadão muda o seu cabeçalho, no jornal impresso e nas mídias digitais, a partir deste dia 4 de janeiro no início das comemorações dos seus 150 anos de história. Além disso, o azul da marca terá a mesma tonalidade no papel, celular ou computador. As inovações deverão ser utilizadas ao longo de 2025.
As alterações estão alinhadas à marca criada especialmente para o aniversário pela agência Africa Creative, nova responsável pelas ações publicitárias do Estadão.
No digital e no impresso, o azul característico da marca ganha um tom mais vibrante e alinhado ao momento de transformação da empresa. “Nossa meta era atualizar o nosso azul”, explica Sérgio Gordilho, sócio e diretor de Arte da Africa.
- No site, a nova marca dos 150 anos aparece logo ao lado do nome do jornal. Ela é formada pelo famoso “cavalinho do Estadão”, como ficou popularmente conhecida a figura histórica do jornaleiro francês Bernard Gregoire, que cavalgava pela cidade para ampliar o alcance do jornal em 1876. O símbolo ganhou traços mais simples, o que traz ganhos de legibilidade nos meios digitais.
- Ao lado do “cavalinho”, outra novidade é o número 150, concebido com os caracteres originais de diferentes períodos históricos vividos pelo jornal.
- Os conteúdos especiais de 150 anos têm uma identificação no topo, chamativa e atraente, tanto nas subhomes quanto nos conteúdos jornalísticos.
O jornal impresso passou por inovações semelhantes. O nome “O Estado de S. Paulo” ganha o azul equivalente ao das mídias digitais e também da marca comemorativa.
- “A ideia era encontrar uma tonalidade do azul que refletisse nossos códigos em todos os pontos de contato, da opacidade do papel do jornal impresso ao brilho das telas das plataformas digitais. Após vários testes, chegamos ao azul ideal. É um tom de azul que imprime e reflete por igual em qualquer tela, em qualquer papel. Agora temos um mesmo azul para todo o Estadão”, explica Gordilho.
O novo azul passa a ser adotado também nos cabeçalhos das páginas internas, nas diferentes editorias, ilustrações, infográficos e peças identificadas com o azul do jornal. Logo abaixo do nome do periódico, surge a marca comemorativa dos 150 anos, centralizada na página.
Mudanças dialogam com nova marca comemorativa
As mudanças nos cabeçalhos e na cor dialogam com a marca dos 150 anos. Mas como atualizar um logo que traduz os valores e ideais do Estadão desde 1875? O desafio foi enfrentado pela agência de publicidade Africa Creative.
“Para olhar em direção ao futuro, é preciso resgatar o passado. São duas dimensões que estão conectadas”, afirma Márcio Santoro, CEO e cofundador da Africa. “O futuro do Estadão está diretamente ligado ao seu compromisso histórico com o jornalismo de credibilidade.”
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O orgulho do passado e o olhar no futuro estão expressos na apresentação gráfica do número 150, que compõe o símbolo do aniversário. O número incorpora elementos de cada período da história do jornal.
- O número 1 é o mesmo utilizado quando o jornal ainda se chamava Província de São Paulo, na sua “primeira infância”, desde 1875. Naquele momento, o jornal nasceu para defender os ideais republicanos e liberais.
- Em seguida, o número “5″ resgata o momento histórico em que o jornal passa a se chamar O Estado de S. Paulo, a partir de 1890. É a mesma tipologia. Este é o momento em que o jornal intensifica sua contribuição ao acelerado desenvolvimento econômico do estado de São Paulo.
- Já o número “0″ representa o momento atual do Estadão, que consolida os períodos anteriores e projeta novos desafios na era da comunicação digital.
“Nós procuramos representar as diferentes épocas pelas quais o jornal passou. É a história do Estadão que está ali”, explica Sérgio Gordilho, sócio e diretor de Arte da Africa.
Outro elemento importante é a figura do cavaleiro que distribuía os jornais quando ele ainda se chamava A Província de São Paulo. O imigrante francês Bernardo Gregoire ganhou notoriedade a partir de 1876 cavalgando pela cidade de São Paulo usando uma corneta para chamar a atenção da população.
Historiadores apontam que a iniciativa de Gregoire, com o apoio do jornal, foi uma inovação, modificando a distribuição dos jornais na cidade. A cena, captada a partir de quadros e fotos, se transformou em símbolo oficial do Estadão. Simbolicamente, Gregoire une, portanto, passado e futuro. O novo “cavalinho do Estadão” também começa a ser apresentado no dia 4 de janeiro de 2025.
“Poucas marcas têm uma representatividade tão real como essa. O cavaleiro usava uma corneta para chamar a atenção para as notícias. Isso é muito importante hoje. É um alerta para a necessidade do jornalismo sério e independente”, diz Gordilho.
A necessidade da disseminação da informação confiável caminha ao lado do foco do Estadão no mundo digital. A figura do cavaleiro ganha traços mais simples, que garantem maior legibilidade na internet. “Adotamos traços minimalistas, trazendo simplicidade e maior legibilidade nos meios digitais, inclusive em menores formatos”.
Gordilho considera que a atualização de marcas centenárias representa um movimento importante. “Poucas marcas são tão fortes a ponto de manter suas identidades e se adaptar aos novos contextos e novas exigências da sociedade”.
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