9 de Julho: o que foi a Revolução Constitucionalista de 1932

Levante paulista contra o governo de Getúlio Vargas foi o maior conflito militar brasileiro no século 20

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Estadão - 11/7/1932 Foto: Acervo Estadão

Data cívica mais importante do Estado de São Paulo, 9 de julho celebra a memória da Revolução Constitucionalista de 1932, um levante armado dos paulistas contra o governo de Getúlio Vargas (1930-1945). Motivada pelos desfechos da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à Presidência e significou perda de poder e autonomia política para a elite de São Paulo, o levante Constitucionalista fez os paulistas pegarem em armas para defender a criação de uma nova Assembleia Constituinte, novas eleições e o fim do governo provisório.

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M.M.D.C. - A morte de cinco pessoas em 23 de maio durante uma manifestação contra os interventores se transformou no estopim da revolução. Quatro deles entrariam para a História como um dos símbolos do movimento com as letras iniciais de seus nomes: Miragaia, Martins, Drausio e Camargo. O movimento constitucionalista deveria ser iniciado no dia 14 de julho, a data da Revolução Francesa, mas foi antecipado para o dia 9, por causa do risco de traição entre os conspiradores.

Naquele 9 de julho, as forças paulistas lideradas pelo General Isidoro Dias Lopes tomaram o estado e iniciaram a marcha para o Rio de Janeiro. Acreditava-se que Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul ajudariam enviando forças para retirar Getúlio Vargas do poder. Não aconteceu. Houve movimentos isolados no Rio Grande e no Mato Grosso facilmente destruídos. Em pouco tempo São Paulo, que planejava uma ofensiva rápida contra a capital, se viu cercado por numerosas tropas federais.

Armistício e rendição - Inferior em número e em recursos bélicos, os paulistas capitularam em 2 de outubro de 1932, após 84 dias de combates Calcula-se que cerca de mil vidas foram perdidas na batalha.

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Embora vencido militarmente, o levante paulista aumentou a pressão sobre o governo Vargas e importantes demandas do movimento foram concretizadas. Em 1933, Getúlio Vargas nomeou um paulista, Armando de Sales Oliveira, interventor de São Paulo. Em 1934 uma nova Constituição foi promulgada.

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O jornal na Revolução - Um vasto conjunto documental sobre o conflito compõe a coleção do Acervo Estadão. Fotografias, charges, cartazes, imagens em rotogravuras e uma vasta cobertura jornalística da época - O Estadão não só cobriu, mas participou ativamente do levante - fazem parte desse material. Uma parte deste conteúdo está aqui selecionado. Entre elas, dez capaz com os primeiros dias da revolução e outras sobre o momento da rendição, em outubro. Numa delas, é possível ler o descontentamento do General Isidoro Dias Lopes com a capitulação decidida por outros líderes do movimento.

Clique nos links indicados nas páginas do jornal da época e navegue por edições inteiras que narram o dia a dia da revolução que marcou a história de São Paulo e do País.

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REVOLUÇÃO DE 32 NAS CAPAS DO JORNAL

> Estadão - 12/7/1932

Estadão - 12/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 13/7/1932

Estadão 13/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 14/7/1932

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Estadão - 14/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 15/7/1932

Estadão - 15/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 16/7/1932

Estadão - 16/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 17/7/1932

Estadão - 17/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 18/7/1932

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Estadão - 18/7/1932 Foto: Acervo/Estadão

> Estadão - 19/7/1932

Estadão - 19/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 20/7/1932

Estadão - 20/7/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 10/8/1932

Estadão - 10/8/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 30/9/1932

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Estadão - 30/9/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 1/10/1932

Estadão - 1/10/1932 Foto: Acervo Estadão

> Estadão - 2/10/1932

Estadão - 2/10/1932 Foto: Acervo Estadão
Estadão - 2/10/1932 Foto: Acervo Estadão
Capa do Suplemento Rotogravura de 25/8/1932 comos retratos dos estudantesMário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio de Camargo Andrade,os primeiros a morrer pela causa constitucionalista. Foto: Acervo Estadão

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