Em 28 de agosto de 1970 o jornal O Estado de S.Paulo se cobriu de luto. O filho caçula de Julio de Mesquita Filho, Luiz Carlos Mesquita, um dos diretores do Estadão, faleceu nessa data. Jornalista lembrado como carinho pelos seus contemporâneos, “Carlão” - como era conhecido na redação - era tido como um membro simpático, solidário e atencioso da equipe.
Apaixonado pelo noticiário, seguiu o caminho dos irmãos, Julio Mesquita Neto e Ruy Mesquita, começou a trabalhar no jornal aos 23 anos de idade. Primeiro ingressou na editoria de Esportes, depois passou por Internacional e por Política. Ao lado dos irmão mais velhos e do então secretário de redação, Cláudio Abramo, formava a cúpula da redação do Estadão. Na direção da Rádio Eldorado foi responsável pelos programas de notícias da emissora.
O grande pesar por sua morte e a importância de seu trabalho jornalístico deram o tom da matéria sobre falecimento no Estadão de 29 de agosto de 1970. “Se é grande o claro que com o seu desaparecimento se abre na sociedade, que o distinguia como um dos seus elementos mais geralmente estimados, imensa é a lacuna que desde já passamos, com a sua morte, a sentir nesta Casa, onde tão sinceras amizades ele soubera desde desde o início conquistar. Inteligente por excelência, de exemplar afabilidade, sempre alegre e mesmo brincalhão, de imensurável generosidade, conseguiu exercer, de maneira talvez por ele mesmo insuspeitada, notável influência no estilo de trabalho da redação deste jornal (...)”, dizia a notícia.
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