Gráfico com informações de 10 anos de arquivamento web da Biblioteca Britânica
PALO ALTO, Califórnia (EUA) - As apresentações da Assembleia Geral do Consórcio Internacional de Preservação da Internet (IIPC) mostram que dos arquivos web saem muitas informações além do próprio conteúdo preservado. É o caso apresentado por Niels Brügger, da Universidade de Aarhurs, da Dinamarca. Seu trabalho fez um raio x da web dinamarquesa. Analisando as url's arquivadas, Brügger conseguiu descobrir o aspecto geral da web através do tamanho, de onde estão localizados os sites criados, os principais links, se são redirecionados para links fora da Dinamarca ou não.
Também foi possível descobrir quantos domínios estão ativos, desapareceram ou ficaram inativos. O trabalho coordenado por Brügger também mapeou quantos sites são protegidos por senha, quais tipos de arquivo prevalecem, quais são os softwatres usados, quais as fontes e cores mais usadas e o lugar dos menus.
Esse tipo de diagnóstico ganha peso com o passar do tempo, ou seja, será possível saber como a web se movimenta e quais são e foram suas características.
Outro diagnóstico apresentado foi sobre a vida da internet do Reino Unido arquivada durante 10 anos, de 2004 a 2014. O resultado, apresentado por Andy Jackson, chefe do Arquivo Web da Biblioteca Nacional Britânica, mostrou uma grande incidência de sites inexistentes ou que tiveram o endereço mudado. Em 2013, por exemplo foram 20% e 30%, respectivamente.
A produção de informação a partir da web arquivada é um segundo passo na história do arquivamento web. Clement Oury, ex-chefe do Depósito Legal da Biblioteca Nacional da França concorda com a afirmação. Resta saber qual será o terceiro passo, “talvez seria o arquivamento dos dados pessoais”, prevê Oury.
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