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Os Estados Unidos ainda estavam de luto pelas 230 mortos do voo 800 da TWA - o Boeing 747e explodiu na costa de Long Island, sem deixar sobreviventes. Sob o impacto do acidente, ainda sem conhecer as causas da tragédia e em meio à investigações que trabalhavam com a hipótese de o temor de um atentado terrorista inquietava a Nação. Apenas dez dias após o acidente, o temor se tornou real, quando em 27 de julho de 1996, durante os Jogos Olímpicos de Atlanta, uma bomba explodiu no Centennial Olympic Park, a poucos metros da vila olímpica. A explosão matou 2 pessoas e feriu 112 e trouxe de volta o sentimento de insegurança e vulnerabilidade aos corações americanos.
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Na edição de 28 de julho de 1996, o Estado abriu a cobertura do atentado com o título “ Terror chega a Atlanta”. O correspondente em Washington, Paulo Sotero, narrou como uma bomba caseira havia explodido no Parque Olímpico. O local era um dos símbolos da Olimpíada americana de 1996. Erguido em tempo recorde, em um terreno onde funcionava um estacionamento abandonado no centro de Atlanta, o lugar era o ponto de encontro de pessoas de todo o mundo. Era lá que, à noite, o público dos Jogos Olímpicos ia assistir diversas apresentações musicais oferecidas gratuitamente. Foi ali que à 1h20, ocorreu a explosão. A cobertura do Estado relatava como, num esforço conjunto, os funcionários dos serviços de emergência da Olimpíada tiveram de usar até carrinhos de golfe para atender os feridos. Descrevia a cena do local da explosão, onde “via-se de tudo, desde joelhos esmagados até corpos cheios de estilhaços”, segundo afirmou o chefe do Corpo de Bombeiros de Atlanta na época, numa entrevista em que disse nunca ter visto tantos feridos nos mesmo lugar “em 16 anos de trabalhos”
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