Um dos principais atores da história econômica do País durante a ditadura militar, nos anos 1960, 1970 e 1980, Delfim Netto foi responsável pela condução das políticas econômicas nos governos Costa e Silva, Médici e Figueiredo. Chefiou os Ministérios da Fazenda, Agricultura e depois do Planejamento.
Saldado como um dos grandes responsáveis pelo período conhecido como “milagre econômico”, quando o Brasil registrou um alto crescimento econômico, com aumento expressivo das exportações (triplicaram) e alta do PIB, Delfim Netto também foi um defensor do recrudescimento da repressão nesse período. Em 1968, apoiou o AI-5 e chegou a avaliar como insuficiente o Ato Institucional que suspendeu garantias constitucionais e endureceu o regime.
Em 1979 ocupou o Ministério da Agricultura; no governo de João Baptista Figueiredo, numa época em que o Brasil se via forçado a importar alimentos básicos como feijão e arroz. Depois assumiu o Ministério do Planejamento. A realidade não era mais a do “milagre”, o cenário era de alta inflacionária e elevado e crescente endividamento.
Mesmo fora da administração federal, manteve-se influente nos governos após a redemocratização.