No mesmo ano, o poeta passa a editar o 'Carnet do Estado', seção dedicada à divulgação de aniversários, casamentos, festas e outros fatos da sociedade paulista e de quem estivesse por aqui. O 'Carnet do Estado', publicado desde 1896 e limitado ao registro de fatos, sofreu uma radical mudança em 1928 quando o poeta injetou sua prosa e passou a ser chamada de 'Sociedade'.
Assinado por ‘Guy’, Guilherme de Almeida, além de crônicas, abordava diversos assuntos da época. Num dos primeiros textos, intitulado 'Masculinismo' (20 de junho de 1928), o poeta ironiza a possibilidade de, em “paizes dominados pelo feminismo”, o surgimento de um movimento contrário assustado “diante desse surto de idéas avançadas a quererem vêr numa excessiva liberdade dos jovens e dos casados serios perigos para a moralidade social e para a estabilidade da familia”.
Tanto a seção 'Sociedade' quanto a de cinema seguem ininterruptas até dezembro de 1942. Em 1943, Guilherme de Almeida assume a direção da Folha da Manhã e da Folha da Noite, e posteriormente funda o Jornal de São Paulo.
Mas, em 1957, volta ao Estado assinando a coluna 'Eco Ao Longo dos Passos'. Num tom mais intimista e memorial, o autor mistura poesia, crônicas e contos. A coluna foi publicada até 1961.
Tag: Guilherme de Almeida
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