Casa Guilherme de Almeida

Museu e Centro de Estudos de Tradução Literária

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Por Redação

Quando se mudou em 1946 para o sobrado no número 187 da Rua Macapá, em Perdizes, o poeta Guilherme de Almeida tratou logo de apelidá-lo carinhosamente de “casa da colina”. Hoje, o lugar que funcionava como ponto de encontro de grandes escritores e artistas foi transformado em museu e centro de estudos.

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Museu. Tombada em 1977, a Casa onde viveu Guilherme de Almeida durante 23 anos foi inaugurada dois anos depois como o primeiro museu biográfico e literário de São Paulo. O imóvel de 230 m² com três andares foi preservado e mantido da forma que o proprietário deixou, com a coleção de obras de arte, fotografias, móveis, pratarias, objetos pessoais e até roupas do poeta. Os cerca de seis mil títulos de sua biblioteca incluem raridades como um pergaminho do século 17, e as primeiras edições de alguns livros com dedicatórias dos autores para Guilherme. Entre elas, uma de Guimarães Rosa, na primeira página de seu livro Sagarana.

Estão lá também diversos retratos dele e de sua mulher, Baby de Almeida, feitos por Anita Malfatti, Lasar Segall e Di Cavalcanti. No segundo andar do museu, o quarto do poeta ainda guarda a decoração original. No sótão, fica o escritório, onde estão arma, capacete, munições e uma granada guardados por ele depois de seu período de combate na Revolução Constitucionalista de 1932. Há também o telescópio que ele usava.

Em 2010, depois de ficar três anos fechada para reforma e ampliação, a casa foi reaberta e virou também um centro de atividades culturais, com intensa programação aberta ao público relacionada ao amplo campo de atuação de Guilherme, incluindo cursos, oficinas, palestras e debates.

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Guilherme de Almeida. Sempre atuante, o poeta foi um dos articuladores da Semana de Arte Moderna de 1922 e lutou contra a ditadura de Getúlio Vargas em 1932. Foi um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia e membro das Academias Paulista e Brasileira de Letras. Em 1959 foi eleito o "príncipe dos poetas brasileiros". Era também tradutor, desenhista, cinéfilo e jornalista, inclusive cronista do Estadão. O poeta morreu em 1969.

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