PUBLICIDADE

Mamonas Assassinas: o acidente que matou o grupo em 1996 nas páginas do Estadão

Morte de Dinho, Samuel, Sérgio, Júlio e Bento em queda de avião comoveu o País

PUBLICIDADE

Foto do author Rose Saconi
Os integrantes da banda Mamonas Assassinas, Júlio Rasec (tecladista), Dinho (vocalista), Samuel Reoli (baixista), Bento Hinoto (guitarrista) e Sérgio Reoli (baterista), posam para foto nos bastidores de apresentação da banda em 1995. Foto: Fernando Sampaio/ Estadão

A notícia chocou o País. No auge do sucesso, a banda de rock Mamonas Assassinas desaparecia num trágico acidente aéreo na volta de mais um show da turnê que correu o Brasil. O jatinho que transportava os integrantes do grupo de músicas e performances irreverentes chocou-se com a Serra da Cantareira no fim da noite de sábado, em 2 de março de 1996, a poucos minutos do pouso em Guarulhos, cidade natal dos Mamonas.  

Morte dos Mamonas Assassinasna capa do Estadão em 4/3/1996 Foto: Acervo Estadão

PUBLICIDADE

Morreram todos os integrantes (Dinho,  os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento), o piloto Jorge Luiz Germano Martins, o co-piloto Alberto Yoshihume Takeda e dois assistentes dos artistas, o ajudante de palco Isaac Souto Schuri Lambers e o segurança Sérgio Saturnino Porto. A tragédia causou comoção nacional, e homenagens ao grupo, que fazia um enorme sucesso, foram promovidas em diversas cidades.

Os Mamonas haviam feito um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, saindo de São Paulo no sábado à tarde. Às 21h05 o espetáculo terminou e a banda foi para o aeroporto de Brasília, onde embarcou no Lear Jet da Madri Táxi Aéreo, que decolou às 21h35. Às 23h20 o piloto fez o último contato com a torre do Aeroporto Internacional de São Paulo, informando que não havia conseguido pousar e iria reiniciar o procedimento de pouso. Às 23h37, o Lear Jet desapareceu do radar do aeroporto. Havia batido a 350 km/h contra a serra.  Veja as páginas da cobertura:

>> Estadão 4/3/1996

Página sobre oacidente aéreo dos Mamonas Assassinas Foto: Acervo Estadão

>> Estadão 4/3/1996

Página sobre amorte dos Mamonas Assassinas Foto: Acervo Estadão

>> Estadão 4/3/1996

Reportagem sobre osucesso meteórico dos Mamonas Assassinas Foto: Acervo Estadão

>> Operação de pouso teve várias incorreções 

Publicidade

>> Estado dos corpos dificultou a identificação

>> Namorada falou com Dinho quando ele já estava no avião

Página sobre ovelório dos Mamonas Assassinas Foto: Acervo Estadão
Página sobre oenterro dos Mamonas Assassinas Foto: Acervo Estadão

.

Fenômeno Mamonas. A banda nasceu em 1990 com o nome Utopia e misturava punk rock com gêneros populares, como forró e brega, mas não fez nenhum sucesso. O reconhecimento só veio em 1995, quando o grupo passou a se chamar Mamonas Assassinas.

O estilo debochado dos artistas e das músicas logo conquistou crianças e adolescentes. O inglês “very gud”, “very porreta” e as farofadas na praia com a velha Brasília amarela cantados por Dinho caíram no gosto popular. Foi um estrondo nacional - com apenas um álbum lançado, cujo título levava o nome da banda, os meninos humildes de Guarulhos venderam mais de 2 milhões de cópias, e se transformaram em artistas de projeção nacional. Em pouco tempo de carreira o grupo fez 182 shows e participou de muitos programas de televisão.

Assumidamente palhaços, os meninos misturavam a graça com o rock, o forró, samba e todos os tipos de ritmos. O vocalista, Dinho, conseguia ser ao mesmo tempo bonito e engraçado, um tipo de carisma que não se costuma encontrar com tanta facilidade. “É o tipo de banda colegial, classe média, e deve fazer fama e fortuna neste curcuito”, escreveu o Estadão em 1995.

Reportagem do Jornal da Tarde sobre o humor musical dos Mamonas Assassinas Foto: Acervo Estadão
Crítica sobre olançamento dos Mamonas Assassinas Foto: Acervo Estadão

Leia também:

>> Música brega-cabeça de Falcão faz escola

Publicidade

>> Mamomas Assassinas apostam no humor

>> Hit atormenta donos de Brasílias amarelas

+ ACERVO

>> Veja o jornal do dia que você nasceu

>> Capas históricas

>> Todas as edições desde 1875

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.