M.M.D.C.: as mortes que em 23 de maio de 1932 impulsionaram a Revolução Constitucionalista
Conheça a história dos jovens mártires símbolo do levante paulista contra o governo de Getúlio Vargas
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Por Redação
A crescente insatisfação da população paulista com a perda de autonomia do Estado e a concentração de poder do governo de Getúlio Vargas, após a Revolução de 1930, passou a ganhar as ruas de São Paulo no começo de 1932. No aniversário da cidade, em 25 de janeiro daquele ano, milhares de reuniram na Praça da Sé para celebrar a data e cobrar a convocação de uma constituinte.
Capa do Suplemento Rotogravura de 25/8/1932 comos retratos dos estudantesMário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio de Camargo Andrade,os primeiros a morrer pela causa constitucionalista. Foto: Acervo Estadão
Os protestos continuaram e ganharam força nos meses seguintes. Na manifestação de 23 de maio, o choque entre apoiadores de Vargas e um grupo de manifestantes terminou com feridos e mortos. Entre os que pereceram estavam quatro jovens - Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade. (M. M. D.C.)- que foram transformados em mártires heróis e inflamaram a crescente mobilização em prol da retomada do regime democrático constitucional e a realização de eleições.
Manifestantes pedempor umaConstituição,Praça da Sé, São Paulo, 25/01/1932. Foto: Acervo/Estadão