A decisão do colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, de liberar o uso de saias para alunos divide opiniões. No início do século 20, o uso de uma peça de roupa originalmente masculina por mulheres também dividiu opiniões e foi responsável por uma revolução na moda e nos costumes. As "jupes-culottes", peça precursora das calças femininas, faziam sua estreia nas ruas e despertavam diferentes reações ao redor do mundo. A novidade nasceu sob controvérsia. Críticos diziam que a roupa se ajustava muito ao corpo, marcando as formas femininas. O que seria um atentado ao decoro que uma dama deveria manter ao transitarem pela rua, alegavam.
Mantendo suas leitoras atualizadas sobre a moda internacional, O Estado estampou na página central da edição de 12 de março de 1911 modelos de “jupes-culottes”. No Brasil a vestimenta ficou conhecida como saias-calção
Mulheres que se atreviam a desfilar as “jupes-culottes” pelas ruas corriam o risco de serem perseguidas e hostilizadas.
A polêmica foi tamanha que a revista Careta publicou, em seguidas edições, notícias, fotos echarges sobre apeça que revolucionou o guarda-roupa feminino.
Revista Careta, 1911
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