Artur da Costa e Silva3/10/1899, Taquari (RS) – 17/12/1969, Rio de Janeiro (RJ) Sob o comando de Costa e Silva o Brasil viveu o auge do regime ditatorial militar, à qual o general Emílio Garrastazu Médici deu continuidade. No ano de 1918 entra para a Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Em 1921 é aspirante e no ano seguinte se torna segundo-tenente. Ainda na juventude participou de movimentos políticos como o movimento tenentista no início da década de 20 e as revoluções de 30 e 32. Foi diretor da Escola de Motomecanização do Exército e comandou diversos regimentos pelo Brasil antes de chegar à patente de general em 1952. Alcançou o posto de general de exército no dia 25 de novembro de 1961. No governo João Goulart, reprimiu com extrema eficiência as manifestações estudantis no nordeste, mas acabou afastado do comando do IV Exército. Ao final de 1963, participou da conspiração que derrubou o presidente da república democraticamente eleito João Goulart.Após o golpe assumiu o Ministério da Guerra onde permaneceu até o governo de Castelo Branco, iniciado em 15 de abril de 1964. Como ministro da Guerra e se valendo do AI-2, que transferiu a eleição do novo presidente para o Congresso Nacional, foi candidato à sucessão de Castelo Branco tendo o apoio irrestrito de outros militares como Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva.Em 1966 quando estava em campanha escapou por pouco de um atentado no Aeroporto Internacional dos Guararapes (PE). Na ocasião cerca de 300 pessoas o aguardavam no saguão principal quando uma bomba explodiu matando o jornalista Edson Régis de Carvalho e o almirante Nélson Gomes Fernandes .Outras 14 pessoas ficaram feridas na explosão. Esse atentado foi um dos atos que provocaram o endurecimento do regime militar.No dia do seu aniversário, em 3 de outubro de 1966, Costa e Silva foi eleito presidente da República pelo Congresso Nacional, obtendo 294 votos como candidato único pela ARENA. Tomou posse, em 15 de março de 1967. Extinguiu a chamada Frente Ampla, movimento de oposição que reunia políticos do período pré-64, combateu a inflação, revisou a política salarial e ampliou o comércio exterior. Em 26 de junho de 1968, membros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) lançaram um carro-bomba contra o Quartel General do II Exército, em São Paulo. O soldado Mário Kozel Filho, que era sentinela morreu quando o automóvel explodiu. Outros seis militares saíram feridos .Em 1968, a morte do estudante secundarista Edson Luís num confronto com a polícia provocou a Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro. No dia 13 de dezembro de 1968, editou o Ato Institucional nº 5, ou simplesmente AI-5, que autorizava o fechamento do Congresso Nacional e a cassação de mandatos políticos. Támbém nesse período se intensificou a repressão e a tortura de pessoas contrárias à ditadura. Em maio de 1969, Costa e Silva anunciou a convocação de uma comissão de juristas para elaborar uma reforma política, através de uma emenda constitucional que incluiria a extinção do AI-5, voltando a ter plena vigência a Constituição de 1967, que havia institucionalizado o regime militar.No dia 7 de setembro de 1969, sofreu um acidente vascular cerebral e foi afastado do cargo, sendo substituído por uma junta militar. Faleceu pouco tempo depois na capital carioca.A emenda constitucional contendo a extinção do AI-5 foi esquecida. Em seu lugar a Emenda Constitucional n°1 (apelidada pelos juristas de "Constituição de 1969"), outorgada por uma junta militar, impediu a posse do vice-presidente da República, o jurista Pedro Aleixo, sendo sucedido pelo general Emílio Garrastazu Médici. À frente do poder brasileiro fundou Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) substituta do Serviço de Proteção ao Índio (SPI).
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