Franklin Delano Roosevelt
30/1/1882, Hyde Park (EUA) - 12/4/1945, Warm Springs (EUA)
Figura central da história do século XX, nasceu numa família rica e tradicional de Nova York. Estudou na Groton School e, mais tarde, na Universidade de Harvard, onde foi membro da fraternidade Alpha Delta Phi e editor de um jornal estudantil. Enquanto estudava em Harvard, passou a admirar um parente distante, Theodore Roosevelt, que havia assumido a presidência dos Estados Unidos. No dia 17 de março de 1905, casou-se com sua prima, Eleanor Roosevelt, com quem teve seis filhos. Eleanor, sobrinha de Theodore Roosevelt, veio a se tornar uma das mais importantes ativistas por direitos civis do século XX. Ela foi delegadas das Nações Unidas, presidiu o comitê que aprovou a Declaração Universal de Direitos Humanos e liderou campanhas pelos direitos das mulheres.
Em meados da década de 1900, o jovem ingressou na Escola de Direito de Colúmbia, que abandonou em 1907. No ano seguinte, passou a trabalhar numa firma de Wall Street. Em 1910, foi eleito membro do senado estadual de Nova York pelo Partido Democrata. Em 1912, foi reeleito para o cargo e chegou a ser presidente do comitê de agricultura. Nessa época, defendeu programas de bem estar social para trabalhadores, mulheres e crianças. Em 1913, foi nomeado secretário-assistente da marinha pelo presidente Woodrow Wilson, onde promoveu o fortalecimento da força naval americana. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) ajudou a elaborar planos de combate contra as forças alemãs. Em julho de 1920, concorreu à vice-presidência, mas sua chapa foi derrotada pelos adversários republicanos.
Em agosto de 1921, contraiu poliomielite, que paralisou seu corpo da cintura para baixo. Recusou-se a aceitar que ficaria paralítico pelo resto da vida e evitou aparecer em público em uma cadeira de rodas. Em 1928, foi eleito governador de Nova York e estabeleceu uma série de políticas sociais. Em 1930, foi reeleito para o cargo, após uma campanha em que advogava políticas progressistas. Em 1932, candidatou-se à presidência dos Estados Unidos e venceu as primárias do partido. O país vivia o período da Grande Depressão, caracterizado pela alta inflação, pelo desemprego e pela pobreza. Na campanha contra o republicano Herbert Hoover, Roosevelt e os democratas mobilizaram sindicatos, trabalhadores e minorias étnicas, conquistando 57% dos votos e o apoio dos principais estados americanos.
Eleito presidente, culpou os banqueiros e a elite financeira pela depressão. Buscou, então, combater a crise e aliviar seus efeitos sobre a população por meio de uma série de medidas. Restabeleceu a confiança da população nos bancos ao criar uma agência de garantia de depósitos bancários. Tentou recuperar a indústria nacional por meio de regulamentações e incentivos à cooperação. Criou instrumentos de controle estatal sobre os preços e a produção e elaborou amplos programas de seguridade social. Aumentou o imposto dos ricos, reduziu a jornada de trabalho e investiu em obras públicas ajudando a criar milhões de novos empregos. Esse conjunto de programas implementados pela administração Roosevelt recebeu o nome de New Deal (“Novo Acordo”), e sofreu oposição considerável por parte de empresários e políticos conservadores, tendo inclusive surgido denúncias de que se tramava um golpe contra o presidente.
Por volta de 1935, a economia mostrava sinais de recuperação. A popularidade do New Deal garantiu a reeleição do presidente em 1936 com ampla vantagem. No novo mandato, o presidente promoveu mudanças constitucionais para impedir que o Supremo Tribunal revertesse seus programas. Foi reeleito novamente em 1940 e em 1944. Tentou manter o país neutro durante a Segunda Guerra Mundial, mas o ataque japonês em Pearl Harbor (1941) levou o presidente a se envolver no conflito. Mais tarde, dedicou-se ao planejamento das Nações Unidas. Em 1944 passou a ter problemas de saúde que se agravaram nos últimos meses da guerra, culminando com a morte em abril do ano seguinte.
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