Mao Tsé Tung
26/12/1893, Shaoshan, (China) - 9/9/1976, Pequim (China)
As experiências que levaram Mao Tsé Tung a ser um dos principais ditadores do século XX iniciaram já na sua infância. Filho de camponeses, Mao começou a trabalhar muito cedo, aos seis anos. Fugiu da escola em uma ocasião e temendo o pai, muito severo, passou três dias sumido. Após o incidente passou a ser mais respeitado tanto em casa, quanto pelos professores, concluindo que resistir às autoridades traria bons resultados.
Deixou a escola aos treze anos para se dedicar totalmente ao trabalho. Mesmo assim fez escrita a noite e arranjava tempo de ler. Em uma dessas leituras acabou conhecendo um livro chamado “Palavras de Advertência” onde ensinava que a fraqueza da China provinha da falta de equipamentos tecnológicos. No mesmo período também viu acontecer a revolta em Changxá, provocada pela fome, onde Mao enxergou nos rebeldes os membros de sua própria família.
Estudou durante o período em uma nova escola que se dedicava a ensinar os conhecimentos do ocidente. Em seguida deixa sua casa, devido aos conflitos com seu pai e vai para a capital da província, Changxá, onde se matricula na escola secundário.
A primeira vez que Mao Tsé Tung participou de um movimento político é em 1911, com a queda da monarquia chinesa, quando se alista para ajudar a derrubar o império. Deixou o exército após o golpe e se matriculou na Escola Normal Hunã onde aprendeu filosofia e história. Tornou-se um líder estudantil e em 1919, com a conclusão de seus estudos, mudou-se para Pequim e participou do movimento de oposição as exigências do Japão.
Voltou para Changxá onde passou a ter uma atividade política mais intensa. Em 1920 começou a estudar as teorias marxistas e a história da revolução russa, e começou a organizar os trabalhadores politicamente. Em 1921 ao lado de Chen Tu Hsiu e Li Ta Chao, funda o Partido Comunista.
O primeiro grande momento do novo partido acontece dois anos após seu surgimento, quando passou a cooperar com o Kuomintang, o Partido Nacionalista, para criar uma grande frente de resistência aos militaristas no norte do país. Sob o comando do General Chig Kai Shek, o exército apoiado pelos partidos varreu os exércitos feudais resistentes na China.
A parceria entre os partidos durou até 1927, quando no dia 1º de agosto o 20º exército em cooperação com Chig Kai Shek se voltou contra os comunistas promovendo a repressão dos movimentos camponeses. Nos anos seguintes, Mao foi um dos principais líderes militares e políticos do movimento comunista, formando guerrilhas para combater os nacionalistas. O embate culminou com a Grande Marcha, liderada por Mao Tsé Tung em 1934. O conflito pausou durante a Segunda Grande Guerra e só se encerrou em 1949 com a derrota das forças do Kuomintang.
No dia 1º de outubro de 1949 foi proclamada oficialmente a República Popular da China e Mao foi escolhido para liderar o país.
Nos anos seguintes Mao governou o país seguindo a tendência soviética. Em 1958 o momento mais sanguinário do comunismo chinês com a "Grande Salto para Frente", projeto desenvolvimentista de Mao que matou de fome 65 milhões de chineses.
Em 1959, Mao deixou a presidência do país mas manteve o controle sobre o Partido Comunista. Nesse período ele desenvolveu a chamada “Grande Revolução Cultural Proletária” com objetivo de minimizar a camada descontente com a fome e a pobreza. Mao passou a ser aclamado como salvador da pátria, mais pela doutrinação promovida pela leitura obrigatória do "Livro Vermelho", do que pelos efetivos resultados de sua política.
Enquanto o povo passava fome e era doutrinado pelos ensinamentos de Mao, ele passou a viver como um sultão. Relatos de seu médico pessoal dão conta que ele passava dias na cama, sempre cercado de mulheres. Desenvolveu doenças venéaras devido à sua promiscuidade que se negava a tratar. Mao Tsé Tung morreu em 1976, de causas naturais, aos 82 anos.
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