Pinochet

Ditador chileno

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Por Redação

Augusto José Ramón Pinochet Ugarte

25/11/1915, Valparaíso (Chile) – 10/12/2006, Santiago (Chile)

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Filho de Augusto Pinochet Vera e Avelina Ugarte Martinez. Tentou entrar para a escola militar duas vezes antes de conseguir, em 1932 com 17 anos de idade. Casou-se em 1940 com Lúcía Hilart. O começo de sua carreira como militar foi lenta. Apenas em 1947, com a patente de capitão, assumiu o comando do campo de prisioneiros de Pisagua, onde estavam detidos os membros do Partido Comunista proscrito pelo governo de Gabriel Gonzáles Videla (1946-1952)

Em 1970 o socialista Salvador Allende tornou-se Presidente d a República. Três anos depois o comandante do exército, Carlos Prats renunciou ao posto e recomendou ao chefe da nação que colocasse Pinochet no cargo.

No mesmo ano foi um dos líderes do movimento conspiratório para a derrubada do governo de esquerda. Estavam sob seu comando as forças no ataque ao Palácio de La Moneda, que foi tomado após um intenso bombardeio e três horas de combate que resultaram na morte de Allende (relatórios posteriores indicam que o presidente suicidou-se). Apesar disso foi um dos últimos militares a entrar no golpe.

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Tornou-se líder do país devido a seu cargo de comandante da Junta Militar. Assim que assumiu declarou ilegal a Unidade Popular (que apoiava o antigo governo), restringiu os direitos civis e dissolveu o congresso. No ano seguinte assumiu formalmente o cargo de presidente da república.

Foram 17 anos no poder. Oficialmente foram 3.197 mortos e mais de 30 mil vítimas de tortura. Além disso houve milhares de exilados políticos. O governo Pinochet conseguiu tirar o Chile de uma situação de hiperinflação. Alguns apontam seu governo como iniciador de uma política neoliberal no país. Reverteu uma situação onde o estado administrava 80% do PIB do Chile, promovendo privatizações e investindo em infraestrutura econômica. Com as medidas o Produto Interno Bruto chileno duplicou no período.

Na década de 70 as manifestações contrárias a ditadura militar chegaram a ONU, que condenou a política de Pinochet. Em 1977 o presidente americano Jimmy Carter recebe o ditador em Washington.

No dia 07 de setembro de 1986 membros da Frente Patriótica Miguel Rodriguez armam um atentado contra a vida do ditador. Cinco guarda-costas de Pinochet foram mortos mas ele escapou com vida.

Dois anos depois, pressionado pela comunidade internacional, convocou um plebiscito (já havia ganhado dois que prolongaram seu mandato). A votação abriu caminho para uma série de manifestações populares contra o regime militar. Cerca de 55% dos eleitores votaram “não” para a continuidade do governo, forçando Pinochet a convocar eleições presidenciais em 1989.

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Em 1990 entregou a presidência ao democrata-cristão Patricio Aylwin. Continua como comandante do exército chileno, exercendo forte influência no governo. Em 1998 deixou o posto de chefe militar e assumiu o cargo de primeiro senador vitálicio do Chile com direito a imunidade parlamentar. Em 16 de outubro do mesmo ano foi preso em Londres a mando da justiça espanhola, que pretendia processa-lo por torturas.

Ficou 503 dias em prisão domiciliar na Inglaterra. Foi extraditado para o Chile sem um julgamento, alegando problemas de saúde.  Em 2002, três dias depois da Suprema Corte te-lô isentado totalmente de responder a qualquer acusação de crimes contra a humanidade alegando falta de capacidade mental, renunciou ao cargo no senado justificando com questões médicas.

Além das acusações de tortura e assassinato, Pinochet passou a responder a partir de 2004 por crimes financeiros. Surgiram denúncias que o ex-ditador mantinha contar no exterior com valor de 27 milhões de dólares.

Durante dois anos chega a cumprir pequenos períodos de prisão domiciliar por diversos crimes. No seu aniversário de 91 anos sua mulher leu uma carta onde Pinochet assumia a responsabilidade pelos acontecimentos durante seu governo.

Faleceu devido um infarto do miocárdio e um edema pulmonar. Não teve honras de chefe de estado. Após sua morte ocorreram diversas manifestações, tanto de apoio quando te repulsa ao ditador.

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