Prudente de Moraes

Presidente do Brasil

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Por Redação

Prudente José de Moraes e Barros

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4/10/1841, Itu (SP) - 3/12/1902, Piracicaba (SP)

Representando a oligarquia cafeicultora da época e os políticos civis após um período de domínio militar,  no dia 01 de março de 1894 Prudente de Morais foi eleito Presidente da República. O primeiro civil a assumir o cargo por eleição direta. Antes havia sido governador do estado de São Paulo (1889-1890),  Senador e presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891. Prudente José de Moraes e Barros, nasceu em Itu , no interior de São Paulo, no dia 04 de Outubro de 1841.Com menos de três anos perdeu o pai, comerciante de animais, assassinado por um escravo. Graduou-se em direito pela Universidade de São Paulo em 1863 e, no mesmo ano, transferiu-se para Piracicaba, onde exerceu advocacia durante dois anos até começar a carreira política, em 1865. No Império, pertenceu primeiro ao Partido Liberal, monarquista. Foi eleito vereador, em 1865, presidindo a Câmara Municipal de Piracicaba. Em 1873, transferiu-se para o Partido Republicano Paulista. Foi deputado da província de São Paulo e deputado na Assembleia Geral do Império. Proclamada a república, foi nomeado por Deodoro da Fonseca chefe da junta governativa que esteve à frente do Estado de São Paulo de 16 de novembro a 14 de dezembro de 1889. Em seguida foi governador e permaneceu no cargo até 18 de outubro de 1890, quando renunciou para assumir uma cadeira no senado, onde chegou à vice-presidência. Na disputa pela sucessão de Floriano Peixoto, que chegara à presidência devido ao golpe de 23 de novembro de 1891, candidatou-se pelo Partido Republicano Federal (PR Federal), fundado pelo paulista Francisco Glicério em 1893. Vence as eleições presidenciais de 1 de março de 1894. Obteve 276.583 votos contra 38.291 de seu principal competidor, Afonso Pena em uma eleição que teve mais 29 políticos disputando. Seu vice-presidente foi o médico Manuel Vitorino Pereira. Os quatro anos de governo de Prudente de Morais foram agitados devido a problemas político-partidários, da oposição dos setores florianistas e de continuação, no Rio Grande do Sul, da Revolta Federalista (1893-1895). Em 1895, enfrentou a questão diplomática envolvendo os ingleses, que acharam por bem tomar posse da Ilha da Trindade e a revolta da Escola Militar. Fez então valer sua autoridade: fechou a escola e o clube militar. A questão diplomática com a Inglaterra foi resolvida favoravelmente ao Brasil. Obrigado a submeter-se a uma cirurgia, se afastou do poder entre 10 de novembro de 1896 e 4 de março de 1897, passando o cargo ao vice-presidente, o médico Manuel Vitorino Pereira. Nesta interinidade, Manuel Vitorino transferiu a sede do governo do Palácio Itamaraty para o Palácio do Catete. As divergências internas no PR Federal e a Guerra de Canudos desgastam o governo. Mesmo com a vitória das tropas do governo na guerra, os ânimos não se acalmaram. Em 5 de novembro de 1897, durante uma cerimônia militar, sofreu um atentado contra a sua vida praticado por Marcellino Bispo de Mello; escapou ileso, mas o seu ministro da Guerra, Marechal Bittencourt, faleceu. No plano da política externa, resolveu, favoravelmente, para o Brasil a questão de limites com a Argentina, arbitrada pelo presidente norte-americano Grover Cleveland  na qual se destacou o representante brasileiro,  Barão do Rio Branco. Faleceu em 1902, na cidade de Piracicaba, vitima de tuberculose.

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