Ray Charles Robinson
23/9/1930, Albany (EUA) – 10/6/2004, Los Angeles (EUA)
Foi fruto da relação entre Aretha Williams e Bailey Robinson (não eram casados). Cresceu na Flórida em uma situação de miséria no período pós-depressão americano. Seu pai não os ajudava, ficando a responsabilidade toda sob sua mãe, que passou a lavar roupas para sustentar a família..
Aos cinco anos de idade viu seu irmão mais velho se afogar em uma banheira. Aos seis perdeu a visão devido a um glaucoma e aos sete foi matriculado pela mãe na Escola para Surdos e Cegos St. Augustine.
No colégio teve o primeiro contato com a música. Aprendeu a escrever partituras em Braille e a tocar instrumentos como piano, sax alto, trompete, clarineta e órgão. Aos 15 anos sua mãe faleceu e um pouco depois seu pai também. Órfão, decidiu abandonar os estudos e seguir a carreira musical.
Foi para Jacksonville onde começou tocando gospel. Passou a integrar em uma banda de jazz e um grupo de hillbilly. Em 1948 tomou a decisão que iria mudar sua vida: pegou suas economias e foi para Seattle. Decidiu primeiramente retirar o Robinson de seu nome, para evitar confusões com o boxeador Sugar Ray Robinson. Foi nesse ano que faz sua primeira gravação pelo selo Swing Time, uma das incontáveis gravadores independentes que surgiram no pós-guerra americano para atender a necessidade de quem tentava a sorte na carreira musical. Foi também em 48 que teve seu primeiro contato com a heroína, vicio que o acompanhou em grande parte de sua carreira.
Emplacou diversos sucessos nos anos seguintes. No começo da década de 1950 aproveitou o espaço que o rock abriu para artistas negros como Chuck Berry para fechar o contrato com a Atlantic Record e gravar seu primeiro grande sucesso: “ I Got a Woman”.
Outro grande sucesso também foi gravado nesse época. “This Little Girl of Mine” apresentou as Raelettes, um grupo de moças que fazia a segunda voz nas músicas de Ray. Em 1959 ele lançou seu álbum “What I Say” que reunia seus principais hits. O disco foi proibido em todas as rádios dos Estados Unidos, mas mesmo assim virou um sucesso. No mesmo ano Ray Charles saiu da Atlantic Record e vai para a ABC, iniciando uma fase mais sentimental.
Nesse período surgiram composições como “Ruby” e “Georgia on my Mind” que foi declarada, tempos depois, hino do estado americano da Geórgia. Ray considerou o fato como a maior vitória em sua carreira.
Em 1963 no álbum “Modern Soul” surge um de seus grandes hits comerciais “I Can't Stop Loving You”. No mesmo ano se apresenta pela primeira vez no Brasil, tocando no Rio de Janeiro e São Paulo. Anos depois esse show saiu em dvd com o título de “Ray Charles Live in Brazil 1963”
No ano seguinte foi preso em Boston por porte ilegal de heroína. Deixou de fazer shows até 1965 enquanto tentava se livrar do vício.
Criou sua própria gravadora em 1973, quando deixou a ABC e abriu a Crossover. Passou a produzir e a gravar seus próprios discos. Na década de 80 passa frequentar outras mídias aumentando sua fama. Ele faz uma aparição no filme “The Blue Brothers” de 1985. E, em 1986, abre a Ray Charles Foundation que ajuda crianças deficientes. No mesmo ano foi homenageado pelo presidente Ronald Regan.
Em 1995 realizou um show gratuito em São Paulo. O espetáculo aconteceu no Parque do Ibirapuera e reuniu mais de 150 mil pessoas.
Se tornou um dos músicos de maior reconhecimento mundial. Foi eleito pela revista “Rolling Stones” como o 10º maior artista de todos os tempos. Ganhou 12 Grammys ao longo de sua carreira. Trabalha até o fim de sua vida quando falece aos 73 anos de idade em Beverly Hills. Deixou 12 filhos com sete mulheres. Deixou a cada um deles 1 milhão de dólares antes de morrer. Foi casado duas vezes e teve diversos casos extra-conjugais.
No mesmo ano foi lançado um filme baseado em sua vida “Ray” com Jamie Foxx no papel principal. Ray Charles está enterrado no cemitério Inglewood Park, em Los Angeles. Seu nome está em uma das estrelas da calçada da fama em Hollywood. Ao longo de quase cinco décadas de carreira, Ray Charles lançou 61 álbuns.
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