Margarita Carmen Cansino
17/10/18, Nova York (EUA) - 14/4/87, Nova York (EUA)
Era filha do dançarino flamenco Eduardo Cansino e de Volga Hayworth, chefes de uma famosa família de aristas ciganos espanhóis. O avô Antônio Cansino, era o maior expoente de dança clássica espanhola, sua escola em Madrid era mundialmente famosa. Assim que ela fez três anos e meio, começou a ter aulas de dança.
Com oito anos de idade sua família se mudou para o oeste de Hollywood, onde criaram outra escola de dança. Em 1935, foi descoberta pelo diretor da Fox Film Corporation, Winfield Sheehan. A partir daí teve participação em cinco filmes, nos quais seus papeis não foram importantes tendo sido escalada para várias outras atuações. Após isto o produtor Executivo Darryl F. Zanuck não se interessou mais por ela, e não renovou o contrato.
Em 1937 com 18 anos, casou com seu empresário, Edward Judson, que tinha o dobro de sua idade. Judson conseguiu marcar um teste para ela com a Columbia Pictures. Quando estreou havia mudado a cor do cabelo, de castanho para um tom de ruivo, e passara a se chamar Rita Hayworth (Usando o nome de solteira de sua mãe).
Em 1939, fez "Paraíso Infernal", um grande sucesso de bilheteria estrelado por Cary Grant e Jean Arthur. No ano seguinte, Harry Cohn, começou a usa-lá em filmes como "Melodias do Meu Coração", "Protegida do Papai" e "Anjos da Broadway".
Foi emprestada à MGM para fazer o terceiro papel feminino de "Uma Mulher Original", de George Cukor. Em 1941 novo empréstimo, agora para a Warner Bros, onde foi o segundo nome feminino em "Uma Loira com Açúcar", comédia de Raoul Walsh, com James Cagney e Olivia de Havilland. Um sucesso de bilheteria.
Ainda em 1941, seu sucesso na Warner Bros a levou a ser emprestada à Fox, para interpretar Doña Sol na superprodução "Sangue e Areia", drama de Rouben Mamoulian, estrelado por Tyrone Power e Linda Darnell. Este filme lançou-a como o símbolo sexual.
Nos anos que se seguiram, Rita brilhou diversos musicais da Columbia, como "Ao Compasso do Amor" e "Bonita Como Nunca", ambos com Fred Astaire.
A fama de maior estrela da década e de uma das mulheres mais desejadas do mundo consolidou-se ao estrelar o clássico noir "Gilda" (1946), de Charles Vidor, ao lado de Glenn Ford. O marcante, ainda que brevíssimo, striptease (na verdade ela tira apenas a comprida luva de um dos braços) ajudaram a engrossar a enorme bilheteria que o filme recebeu em todo o mundo. Foi o filme mais importante de sua carreira e marcou o início de declínio em Hollywood.
Com Orson Welles, com quem se casara em 1943, filmou "A Dama de Xangai" em 1948. O filme não agradou. Em parte porque Welles pediu-lhe que cortasse o cabelo e o pintasse de louro, além de matar sua personagem no final. O último grande sucesso foi "Meus Dois Carinhos" (1957) de George Sidney, onde dividiu a cena com Frank Sinatra e Kim Novak, considerada a nova rainha da Columbia.
Rita ainda faria vários outros filmes, inclusive na Europa, mas seus dias de glória já eram coisas do passado. Trabalhou pela quinta vez com Glenn Ford, em "O Dinheiro É a Armadilha", de Burt Kennedy. Encerrou a carreira com "A Ira Divina" ao lado de Robert Mitchum.
Se casou com Edward C. Judson (1937- 1942); Orson Welles (1943-1948), com quem teve uma filha, Rebecca; com o príncipe Aly Khan (1949-1953), com quem teve princesa Yasmin Aga Khan; o cantor Dick Haymes (1953-1955), e James Hill (1958-1961). Considerada por muitos a mulher mais bonita da história do cinema, a despeito de Greta Garbo e Marilyn Monroe, a atriz definia seu insucesso no amor com a seguinte frase: "a maioria dos homens se apaixona por Gilda, mas acorda comigo".
Morreu aos sessenta e nove anos, vítima do mal de Alzheimer. Está sepultada no Cemitério de Holy Cross em Culver City, California.
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