Rotogravura: a Revolução de 1932 em imagens raras

Edições do Suplemento em Rotogravura levaram ao leitor fotos exclusivas da frente de batalha

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Foto do author Liz Batista
Atualização:

Suplemento Rotogravura - 14/9/1932

A frente de batalha no túnel da Serra da Mantiqueira, 1932.  Foto: Acervo Estadão

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Duas edições do Suplemento Rotogravura do Estadão foram dedicadas à Revolução Constitucionalista de 1932. Juntas, as edições de 25 de agosto e de 14 de setembro de 1932 contabilizam mais de 30 páginas ilustradas com dezenas de imagens dos dias do levante paulista contra o governo de Getúlio Vargas.

Nas páginas, retratos de personagens conhecidos dos livros de História - como os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, que foram transformados em mártires da causa; o general Isidoro Dias Lopes, comandante e idealizador da revolução - se misturam as fotografias de voluntários desconhecidos que também lutaram pela causa.

Suplemento Rotogravura -  25/8/1932

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Capa do Suplemento Rotogravura de 25/8/1932 com s retratos dos estudantes Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio de Camargo Andrade, os primeiros a morrer pela causa constitucionalista.  Foto: Acervo Estadão
Embarque de tropas vindas de todas as partes do Estado. Foto: Acervo Estadão

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O túnel de 996 metros no alto da Serra da Mantiqueira, uma das mais combativas frentes de batalha, estampou a capa da edição de setembro. Localizado na divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, a passagem foi ponto estratégico no teatro de guerra da revolução. Em um episódio marcante, as tropas paulistas chegaram a empurrar duas locomotivas para dentro do túnel, tombando-as em seguida, na tentativa de impedir a entrada em São Paulo das tropas federais de Getúlio, vindas do lado mineiro.

Suplemento Rotogravura - 14/9/1932

Senhoras e senhoritas que costuravam fardas e bandeiras para as tropas constitucionalistas.  Foto: Acervo Estadão

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A revolução chegou ao fim em 2 de outubro de 1932. Derrotados no campo de batalha, os paulistas assinaram um armistício, mas viram importantes demandas do movimento implementadas. Em 1933, Getúlio Vargas nomeou um paulista, Armando de Sales Oliveira, interventor de São Paulo. Em 1934 uma nova Constituição foi promulgada.

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