Durantes muitos anos, filas para usar os telefones públicos eram uma cena comum nas ruas de São Paulo. Apelidadas de “orelhão” pela população, as cabines telefônicas compactas de fibra de vidro com forma de uma concha, ou de uma orelha humana, se popularizaram na década de 1970. O termo “orelhão” se tornou tão popular que virou sinônimo de telefone público nos dicionários. Ninguém falava telefone público ou cabine telefônica no dia a dia.
Num tempo em que não havia telefone celular, era preciso comprar fichas telefônicas que davam direito a três minutos de conversa, em caso de ligações locais. Mesmo com vários orelhões espalhados pelas ruas da cidade, era comum que em alguns pontos se formassem filas para fazer uma ligação, como nessa fotografia de 1978 tirada no centro de São Paulo.
Além do orelhão, com o logotipo da Telesp, empresa estatal responsável pela telefonia em São Paulo, a foto mostra outros elementos de época: como uma placa do extinto banco Banespa ao fundo e o vestuário e acessórios, calças listradas com boca de sino e pasta 007.
ORELHÃO
Os orelhões surgiram em 1972 e foram definitivamente apresentados à população brasileira e instalados em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Só mais tarde chegaram a outras cidades. Quando foi inventado, o usuário precisava de moedas para realizar suas ligações. Depois vieram as fichas, até que estas foram substituídas pelos cartões telefônicos.
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UM DIA EM 150 ANOS
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Neste ano de 2025 em que o jornal comemora seu sesquicentenário, o Acervo Estadão faz uma seleção diária possível de alguns desses acontecimentos arquivados nas milhares de páginas internas do jornal ao longo dos 150 anos.
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