Na segunda-feira de 13 de janeiro de 1975 entrava em vigor nas ruas de São Paulo a operação paga de estacionamento rotativo nas ruas, a chamada Zona Azul. A operação funcionava no sistema de cartões que eram preenchidos pelo motorista com caneta esferográfica e dava direito a uma hora de estacionamento. Com um “X” marcava-se o dia, mês, hora e minuto em que o veículo foi estacionado. A folhinha deveria ser pendurada no espelho retrovisor interno do carro, exposta à fiscalização. Atualmente a operação é feita por meio de aplicativo.
Estadão - 14 de janeiro de 1975
PARQUÍMETRO
Outros sistemas de regulamentação de estacionamento público foram testados antes na cidade. Em 1972 chegaram ao Brasil os primeiros parquímetros, como este na foto acima, para serem colocados em operação na capital e também em algumas cidades do interior, como Campinas, Piracicaba e municípios da região metropolitana. O teste acabou durando apenas um mês e não deu certo. A justificativa na época foi que os aparelhos foram desativados por causa de conflitos políticos.
Jânio Quadros
Uma nova experiência para utilização dos parquímetros foi autorizada em 1986 pelo prefeito Jânio Quadros. Acionados por fichas douradas feitas de liga de latão (na época pareciam com as fichas de telefone público), os aparelhos permitiam o estacionamento por no máximo duas horas. Cada fichinha dava direito a uma hora.
Zona Azul eletrônica
Em 1998, Celso Pitta também tentou implantar a zona azul eletrônica e cogitou colocar 1,2 mil parquímetros nas ruas paulistanas. O projeto, que previa emissão de cartões magnéticos recarregáveis, foi suspenso. Em 2003, a gestão Marta Suplicy tentou fazer o mesmo, mas a licitação foi cancelada após questionamento na Justiça. Em 2012, o prefeito Gilberto Kassab chegou a testar o sistema, mas desistiu. Um projeto-piloto de pagamento com celular foi instalado nos Jardins, Praça Charles Miller e Largo do Arouche, mas caiu em desuso pela baixa adesão.
Aplicativos
Desde 2016 os motoristas em São Paulo passaram a usar o modelo eletrônico de estacionamento, com os aplicativos para Zona Azul que substituíram de vez o uso dos talões em papel.
UM DIA EM 150 ANOS
Em seus 150 anos, o Estadão registrou os grandes fatos históricos de São Paulo, do Brasil e do Mundo. Mas seus repórteres e fotógrafos também voltaram seus olhares para acontecimentos cotidianos, história das pessoas em seus dia-a-dia e seus lugares. Neste ano de 2025 em que o jornal comemora seu sesquicentenário, o Acervo Estadão faz uma seleção diária possível de alguns desses acontecimentos arquivados nas milhares de páginas do jornal ao longo dos 150 anos.