A paixão pelo automobilismo define a família Fittipaldi. Sua importância na divulgação e desenvolvimento do esporte no País também. Na década de 1970, período em que o interesse pelas corridas crescia no Brasil, o piloto de provas Wilson Fiitipaldi Júnior[1943-2024], o Wilsinho - filho do empresário, piloto e locutor de automobilismo, Wilson Fittipaldi - sonhou além do pódio e levou para as pistas esse sonho.
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Ao lado do irmão, o bicampeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, Wilsinho abraçou o desafio pioneiro de criar e chefiar uma equipe de F1 brasileira, a Copersucar-Fittipaldi.
O carro foi apresentado em 16 de outubro de 1974, em cerimônia no Palácio do Planalto. O Copersucar-Fittipaldi desenvolvido pelos irmãos Fittipaldi, foi projetado por Ricardo Divilla. O Fitti-1 prateado causou boa impressão por causa de seu desenho. Ao contrário dos outros carros de Fórmula 1, o motor e os outros componentes do Fitti-1 estavam envolvidos pela carroceria prateada.
Boa parte das peças do carro da Copersucar, o Fitti-1, foram feitas no Brasil. A Embraer foi responsável pelos estudos aerodinâmicos usados para projetar sua carroceria, um dos grandes diferenciais do carro. “As zonas de turbulência aerodinâmica são tão poucas que o F-1 brasileiro poderá ser o mais veloz de todos nas retas”, relatou a reportagem do Estadão no dia do lançamento do carro.
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O projeto de um carro de Fórmula 1 brasileiro começou em agosto de 1973 e estreou nas pistas (Interlagos) em novembro de 1974.
Em 1975, a Copersucar-Fittipaldi estreou na Fórmula 1 no Grande Prêmio da Argentina, com Wilsinho ao volante do Fitti-1.
Emerson Fittipaldi venceu o GP, correndo pela Mc Laren. Wilsinho não chegou ao final da corrida, abandonou a prova na 13ª volta. quando o Fitti- 1 bateu no no guard-rail e pegou fogo.
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Na temporada de 1975 o Copersucar participou de 14 provas e foi pilotado por Wilson Fittipaldi, e no segundo carro tinha o italiano Arturo Merzario como piloto.
Em 1976 ,Emerson Fittipaldiassumiu o volante do Copersucar tendo como segundo piloto outro brasileiro, Ingo Hoffmann. Wilsinho foi chefe da escuderia e naquela temporada, a equipe marcou seus primeiros pontos, 3, e participou de 16 corridas. O ponto alto da equipe foi no GP do Brasil quando Emerson Fittipaldi chegou em 2º lugar, atrás de Carlos Reutemann, da Ferrari.
Em 1976 , Emerson Fittipaldi assume o volante do Copersucar tendo como segundo piloto outro brasileiro, Ingo Hoffmann. Wilsinho foi chefe da escuderia e naquela temporada, a equipe marcou seus primeiros pontos, 3, e participou de 16 corridas. O ponto alto da equipe foi no GP do Brasil quando Emerson Fittipaldi chegou em 2º lugar, atrás de Carlos Reutemann, da Ferrari.
A parceria com a Copersucar foi até a temporada de 1979. Depois teve o patrocínio da Skol. A equipe competiu até a temporada de 1982. No total foram 104 corridas, e do primeiro carro de 1974 até o último de 1982, foram 11 modelos. Além dos irmãos Fittipaldi e Ingo Hoffmann, também correram pela equipe os brasileiros Alex Ribeiro e Chico Serra e o finlandês Keke Rosberg.
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Pioneiro do automobilismo brasileiro
Com 38 Grandes Prêmios no currículo e uma vida dedicada ao automobilismo, Wilson Fittipaldi Jr. foi um pioneiro do esporte no Brasil. Começou no Kart na década de 1960, onde venceu o campeonato paulista de 1961 , pela escuderia Tigrão.
Como Piloto de provas da Willys-Interlagos participou de provas de fôlego que escreveram a história do automobilismo no País. Em 1964, participou do Desafio 50 mil Km em Interlagos, uma maratona que durou 22 dias, no mesmo ano saiu vencedor da prova 12 Horas de Brasília, também pela Willys, com uma berlineta pilotada em revesamento pelos companheiros de equipe, Bird Clemente e Luiz P. Bueno.
Também correu na Fórmula Vee e foi piloto de provas na F3, F2 e F1, onde disputou corridas primeiro pela Brabham, em 1972 e em 1973; e depois como piloto da Copersucar-Fittipaldi em 1975.
Primeira corrida de Fórmula 1 no Brasil Interlagos 1972 GP Brasil
1 / 43Primeira corrida de Fórmula 1 no Brasil Interlagos 1972 GP Brasil
Fórmula 1 chega em Viracopos
A cobertura da primeira edição da Fórmula 1 no Brasil começou no aeroporto de Viracopos, em Campinas. Foi lá que chegaram os equipamentos e oscarros. ... Foto: Acervo/EstadãoMais
Fórmula 1 chega em Viracopos
A prova realizada em 1972 não valia para o campeonato de Fórmula 1. Serviu como teste para entrar na competição. Só no ano seguinte passou a integrar ... Foto: Acervo/EstadãoMais
Fórmula 1 chega em Viracopos
Carros e equipamentos na pista do aeroporto de Viracopos aguardando transporte para o autódormo de Interlagos Foto: Acervo/Estadão
Fórmula 1 chega em Viracopos
Mais detalhes dos equipamentos das equipes de Fórmula 1 que vieram disputar a corrida pela primeira vez no Brasil Foto: Acervo/Estadão
Fórmula 1 chega em Viracopos
Mais detalhes do desembarque dos carros Foto: Acervo/Estadão
Fórmula 1 chega em Viracopos
Motores embalados para a primeira ediçãoda formula 1 no Brasil, realizada em interlagos em 30 de março de 1972 Foto: Acervo/Estadão
Fórmula 1 chega em Viracopos
Alguém teve a sorte de experimentar o carro da Lotus Foto: Acervo/Estadão
Fórmula 1 chega em Viracopos
As equipes que participaram da corrida foramBrabham-Ford,March-Ford,BRM,Lotus-Ford,Surtees-Ford eFerrari Foto: Acervo/Estadão
Fórmula 1 chega em Viracopos
Depois da chegada de equipamentos e carros no aeroporto de Viracopos no dia 26, foram realizados treinos e as provas de classificação nos dias 28 e 29 Foto: Acervo/Estadão
Começa a etapa de classificação
Os treinos de classificaçãoforam realizados em dois turnosnos dias 28 e 29. O primeiro foi das 14h30 às 15h45 e o outro, das 16h45 às 18h. Foto: Acervo/Estadão
Começa a etapa de classificação
E foi só na segunda etapa dos treinos que Emérson Fittipaldi, com seu Lotus de número 1, conseguiu avolta mais rápida a 188 km/h e garantir a pole pos... Foto: Acervo/EstadãoMais
Começa a etapa de classificação
Wilson Fittipaldi ficou em quarto no grid de largada com sua Brabham de número 9. Além dos irmãos Fittipaldi, participaram da provas outros dois pilot... Foto: Acervo/EstadãoMais
Começa a etapa de classificação
Oargentino Carlos Reutemann, companheiro de equipe de Wilson Fittipaldi, ficou em segundo lugar no grid de largada Foto: Acervo/Estadão
Começa a etapa de classificação
Wilson Fittipaldi no box durante a etapa de classificação Foto: Acervo/Estadão
Começa a etapa de classificação
A torcida compareceu em peso nos dias de classificação Foto: Acervo/Estadão
Começa a etapa de classificação
O ingresso para assistir os treinos custava Cr$ 5,00 individual e Cr$ 10,00 para carros. Usando o oConversor de Moedas do Acervo Estadão, esses valore... Foto: Acervo/EstadãoMais
A prova
As autoridades paulistas montaram um esquema de segurança para o público e para a corrida, conforme noticiou oEstadãonaedição de 30 de março, véspera ... Foto: Acervo/EstadãoMais
A prova
Um dos detalhes que chamou a atenção da reportagem doEstadãododia 31 de março, foi a movimentação das equipes da Firestone e da Goodyear "montando e d... Foto: Acervo/EstadãoMais
A prova
Outro detalhe da correria nos boxes para a montagem de pneus Foto: Acervo/Estadão
A prova
No meio da tensão antes do início da prova, o piloto austríaco Helmut Marko da BMR num momento de relaxno box Foto: Acervo/Estadão
A prova
Agora o piloto austríaco no grid de largada ao lado do seu companheiro de equipe, o espanholAlex Soler-Roig Foto: Acervo/Estadão
A prova
Emérson Fittipaldi pronto para largada Foto: Acervo/Estadão
A prova
José Carlos Pace se acomodando no cockpit do seu March. O piloto brasileiro não deu sorte na primeira corrida de F1 no Brasil. Por causa de problemas ... Foto: Acervo/EstadãoMais
A prova
O argentino Carlos Reutemann pronto para largar. O piloto foi o vencedor da corrida Foto: Acervo/Estadão
A prova
A hora tão esperada, a largada Foto: Acervo/Estadão
A prova
Um instantâneo da corrida com o carro de Wilson Fittipaldi Foto: Acervo/Estadão
A torcida
Como era de se esperar, o público lotou o autódromo. O ingresso para o dia custou Cr$ 30, tanto para carros como para as pessoas. Estudantes pagaram m... Foto: Acervo/EstadãoMais
A torcida
Para pegar o melhor ângulo da corrida, alguns torcedores fizeram malabarismo e subiram nos eucaliptos Foto: Acervo/Estadão
A torcida
Árvores com um único galho também não escaparam dos torcedores Foto: Acervo/Estadão
A torcida
Subir na lataria dos carros também foi um modo de ver melhor a corrida Foto: Acervo/Estadão
A torcida
Muita gente chegou no primeiro dia do treino e resolveu acampar no autódromo Foto: Acervo/Estadão
A torcida
As placas de publicidade não duraram muito tempo. Elas foram retiradas pelos torcedores para conseguir mais espaço Foto: Acervo/Estadão
A prova
Um detalhe do carro do Emérson Fittipaldi Foto: Acervo/Estadão
A prova
Na mesma curva, Wilson Fittipaldi Foto: Acervo/Estadão
Emérson fora da prova
Faltando 6 voltas para o final da prova o braço esquerdo da suspensão dianteira do carro de Emérson quebrou, o que fez seu carro rodopiar a 180 quilom... Foto: Acervo/EstadãoMais
Émerson fora da corrida
Émerson Fittipaldi no box da Lotus após sua saída da prova. Foto: Acervo/Estadão
Reutmann, o vencedor
A saída de Emérson deu a Carlos Reutemann a vitória. Além da saída de Emérson da corrida, a torcida também ficou decepcionada com a quantidade de carr... Foto: Acervo/EstadãoMais
A celebração
Os troféus da prova Foto: Acervo/Estadão
A celebração
Carlos Reutemann celebra sua vitória Foto: Acervo/Estadão
A celebração
Wilson Fittipaldi recebe o troféu pelo segundo lugar Foto: Acervo/Estadão
A celebração
Wilson Fittipaldi dá entrevista no pódio. Dos quatro brasileiros que participaram da corrida, só ele e Luiz Bueno chegaram ao fim. Bueno ficou em sext... Foto: Acervo/EstadãoMais
Final da festa
Nem tudo foi festa na corrida. Com o autódromo completamente tomado, ficou difícil controlar a multidão que invadiu a área dos boxes durante vários mo... Foto: Acervo/EstadãoMais
A saída
Estima-se que cinco mil pessoas foram assitir a corrida. Isso refletiu na hora de ir embora, quando se formou um imenso congestionamento Foto: Acervo/Estadão