Operação Boi Barrica: Estadão esteve sob censura por nove anos, impedido de noticiar o tema


Polícia Federal investigou empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney; jornal manteve regularmente em seu noticiário a contagem dos dias em que esteve sob a proibição, até a derrubada pelo STF

Por Liz Batista

Em 2018, chegou ao fim o mais recente caso de censura imposta ao Estadão. Por nove anos, o jornal esteve impedido de publicar informações no âmbito da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou o empresário Fernando Sarney (foto), filho do ex-presidente José Sarney (MDB). A decisão dizia respeito à publicação de gravações telefônicas da família Sarney, em que era discutida a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos no Senado, em 2009.

Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney Foto: Dida Sampaio/Estadão

Além de contestar na Justiça a decisão que impôs a proibição, o jornal decidiu por uma abordagem jurídica que levou o caso até o Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte reiterou os princípios constitucionais que garantem a liberdade de imprensa no País, decidindo a favor do Estadão e derrubando a censura. O jornal manteve regularmente em seu noticiário a contagem dos dias em que esteve sob a proibição.

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O Estadão tem um histórico de luta contra a censura. Em 1917, com a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, o jornal enfrentou a censura imposta pelo governo deixando em branco os espaços dos trechos proibidos. Na década de 1970, publicou poemas no lugar das reportagens cortadas pelos censores da ditadura militar.

Em 2018, chegou ao fim o mais recente caso de censura imposta ao Estadão. Por nove anos, o jornal esteve impedido de publicar informações no âmbito da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou o empresário Fernando Sarney (foto), filho do ex-presidente José Sarney (MDB). A decisão dizia respeito à publicação de gravações telefônicas da família Sarney, em que era discutida a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos no Senado, em 2009.

Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney Foto: Dida Sampaio/Estadão

Além de contestar na Justiça a decisão que impôs a proibição, o jornal decidiu por uma abordagem jurídica que levou o caso até o Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte reiterou os princípios constitucionais que garantem a liberdade de imprensa no País, decidindo a favor do Estadão e derrubando a censura. O jornal manteve regularmente em seu noticiário a contagem dos dias em que esteve sob a proibição.

O Estadão tem um histórico de luta contra a censura. Em 1917, com a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, o jornal enfrentou a censura imposta pelo governo deixando em branco os espaços dos trechos proibidos. Na década de 1970, publicou poemas no lugar das reportagens cortadas pelos censores da ditadura militar.

Em 2018, chegou ao fim o mais recente caso de censura imposta ao Estadão. Por nove anos, o jornal esteve impedido de publicar informações no âmbito da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou o empresário Fernando Sarney (foto), filho do ex-presidente José Sarney (MDB). A decisão dizia respeito à publicação de gravações telefônicas da família Sarney, em que era discutida a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos no Senado, em 2009.

Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney Foto: Dida Sampaio/Estadão

Além de contestar na Justiça a decisão que impôs a proibição, o jornal decidiu por uma abordagem jurídica que levou o caso até o Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte reiterou os princípios constitucionais que garantem a liberdade de imprensa no País, decidindo a favor do Estadão e derrubando a censura. O jornal manteve regularmente em seu noticiário a contagem dos dias em que esteve sob a proibição.

O Estadão tem um histórico de luta contra a censura. Em 1917, com a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, o jornal enfrentou a censura imposta pelo governo deixando em branco os espaços dos trechos proibidos. Na década de 1970, publicou poemas no lugar das reportagens cortadas pelos censores da ditadura militar.

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