A censura na volta de Geraldo Vandré do exílio


Em 1973, a notícia sobre a chegada do músico foi proibida

Por Carlos Eduardo Entini

Em 17 de julho de 1973, o autor de “Para não Dizer que Falei das Flores”, popularmente conhecida como “Caminhando”, voltava ao Brasil depois de um exílio de quase cinco anos. O compositor e cantor saiu do país em dezembro de 1968 após a sua música “Caminhando” ter virado hino contra a ditadura e, portanto, incomodado os militares. Além disso, a ditadura naquele período endureceu com o AI-5. Vandré, durante o exílio, esteve na França, Itália, Alemanha, Peru e Chile.

Geraldo Vandré durante a seletiva classificatória do III Festival Internacional da Canção Popular, no ginásio do Maracanãzinho (RJ) em 29/09/1968 Foto: Autor não identificado/Estadão

Para as autoridades, a música “traria uma mensagem de guerra revolucionária e psicológica altamente prejudicial ao País” informou o Estadão na edição de 8 de outubro de 1969, em nota sobre o inquérito militar aberto pelo 1º Distrito Naval.

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A música ganhou destaque após ficar em segundo lugar no Festival Internacional da Canção (FIC) em setembro de 1968. Devido ao perigo que a música causava ao regime, a reação do governo foi bani-la no intuito de leva-la ao esquecimento.

Caneta do censor

Matéria censurada da volta de Geraldo Vandré do exílio (19/7/1973) Foto: Acervo/Estadão
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“Caminhando” foi proibida de ser tocada no Brasil e, em alguns lugares, os discos foram apreendidos, como reportou o Estadão de 10 de novembro daquele ano vinda do Recife, “o delegado Wellington Martins Albuquerque declarou que a ordem de apreensão veio de Brasília, mas não sou explicar porque”. Para o delegado a razão era que “Caminhando” era “subversiva e atenta contra os sentimentos patrióticos do povo brasileiros”.

O esforço de apagar a música e o compositor se repetiu na sua chegada. Envolta em mistérios ainda não revelados, pois o músico nunca se pronunciou sobre os fatos, a notícia de sua chegada também foi proibida de ser divulgada pela imprensa.

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Chegada ao Brasil

Vandré desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 17 de julho. Dois dias depois o Estadão publicaria a matéria “Vandré está de volta” sobre sua chegada ao Brasil. Publicaria, pois a censura cortou da edição.

O Estadão vinha sob censura desde 1968. Mas, em agosto de 1972 a censura se tornou presencial, com censores acompanhando a produção do jornal dentro da redação. As anotações da censura eram feitas nas cartolinas da pré-impressão das páginas, chamadas de ‘flan’, Na imagem acima, vê-se a marca da censor ordenando a retirada da matéria. No lugar da notícia entrou um soneto de Camões, com fazia o jornal no caso de censura.

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Estadão - 19/7/1973

À esquerda a página censurada e, ao lado, a publicada Foto: Acervo/Estadão
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Vídeo ensaiado

A notícia ‘oficial’ do cantor chega somente em 21 de agosto de 1973. De forma ensaiada, editada e narrada por um locutor, foi elaborado um vídeo exibido no Jornal Nacional onde Vandré afirma que decidiu “abandonar a linha política em suas canções”. O Jornal da Tarde, de 22 de agosto de 1973 trouxe um relato detalhado sobre o vídeo (ver abaixo).

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Notícia censurada do Estadão sobre a chegada de Geraldo Vandré Foto: Acervo/Estadão

Mistério

O mistério que mora entre a chegada dele e a exibição do vídeo é se ele foi preso logo após a chegada e quais condições foram acertadas para ele fazer um vídeo se despolitizando e assumindo que nunca ‘fez parte de qualquer partido político”. E que foi apenas um instrumento deles.

Em 22/8/1973 o Jornal da Tarde relatou o vídeo ensaiado sobre a volta de Geraldo Vandré ao Brasil Foto: Acervo/Estadão

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Em 17 de julho de 1973, o autor de “Para não Dizer que Falei das Flores”, popularmente conhecida como “Caminhando”, voltava ao Brasil depois de um exílio de quase cinco anos. O compositor e cantor saiu do país em dezembro de 1968 após a sua música “Caminhando” ter virado hino contra a ditadura e, portanto, incomodado os militares. Além disso, a ditadura naquele período endureceu com o AI-5. Vandré, durante o exílio, esteve na França, Itália, Alemanha, Peru e Chile.

Geraldo Vandré durante a seletiva classificatória do III Festival Internacional da Canção Popular, no ginásio do Maracanãzinho (RJ) em 29/09/1968 Foto: Autor não identificado/Estadão

Para as autoridades, a música “traria uma mensagem de guerra revolucionária e psicológica altamente prejudicial ao País” informou o Estadão na edição de 8 de outubro de 1969, em nota sobre o inquérito militar aberto pelo 1º Distrito Naval.

A música ganhou destaque após ficar em segundo lugar no Festival Internacional da Canção (FIC) em setembro de 1968. Devido ao perigo que a música causava ao regime, a reação do governo foi bani-la no intuito de leva-la ao esquecimento.

Caneta do censor

Matéria censurada da volta de Geraldo Vandré do exílio (19/7/1973) Foto: Acervo/Estadão

“Caminhando” foi proibida de ser tocada no Brasil e, em alguns lugares, os discos foram apreendidos, como reportou o Estadão de 10 de novembro daquele ano vinda do Recife, “o delegado Wellington Martins Albuquerque declarou que a ordem de apreensão veio de Brasília, mas não sou explicar porque”. Para o delegado a razão era que “Caminhando” era “subversiva e atenta contra os sentimentos patrióticos do povo brasileiros”.

O esforço de apagar a música e o compositor se repetiu na sua chegada. Envolta em mistérios ainda não revelados, pois o músico nunca se pronunciou sobre os fatos, a notícia de sua chegada também foi proibida de ser divulgada pela imprensa.

Chegada ao Brasil

Vandré desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 17 de julho. Dois dias depois o Estadão publicaria a matéria “Vandré está de volta” sobre sua chegada ao Brasil. Publicaria, pois a censura cortou da edição.

O Estadão vinha sob censura desde 1968. Mas, em agosto de 1972 a censura se tornou presencial, com censores acompanhando a produção do jornal dentro da redação. As anotações da censura eram feitas nas cartolinas da pré-impressão das páginas, chamadas de ‘flan’, Na imagem acima, vê-se a marca da censor ordenando a retirada da matéria. No lugar da notícia entrou um soneto de Camões, com fazia o jornal no caso de censura.

Estadão - 19/7/1973

À esquerda a página censurada e, ao lado, a publicada Foto: Acervo/Estadão

Vídeo ensaiado

A notícia ‘oficial’ do cantor chega somente em 21 de agosto de 1973. De forma ensaiada, editada e narrada por um locutor, foi elaborado um vídeo exibido no Jornal Nacional onde Vandré afirma que decidiu “abandonar a linha política em suas canções”. O Jornal da Tarde, de 22 de agosto de 1973 trouxe um relato detalhado sobre o vídeo (ver abaixo).

Notícia censurada do Estadão sobre a chegada de Geraldo Vandré Foto: Acervo/Estadão

Mistério

O mistério que mora entre a chegada dele e a exibição do vídeo é se ele foi preso logo após a chegada e quais condições foram acertadas para ele fazer um vídeo se despolitizando e assumindo que nunca ‘fez parte de qualquer partido político”. E que foi apenas um instrumento deles.

Em 22/8/1973 o Jornal da Tarde relatou o vídeo ensaiado sobre a volta de Geraldo Vandré ao Brasil Foto: Acervo/Estadão

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Em 17 de julho de 1973, o autor de “Para não Dizer que Falei das Flores”, popularmente conhecida como “Caminhando”, voltava ao Brasil depois de um exílio de quase cinco anos. O compositor e cantor saiu do país em dezembro de 1968 após a sua música “Caminhando” ter virado hino contra a ditadura e, portanto, incomodado os militares. Além disso, a ditadura naquele período endureceu com o AI-5. Vandré, durante o exílio, esteve na França, Itália, Alemanha, Peru e Chile.

Geraldo Vandré durante a seletiva classificatória do III Festival Internacional da Canção Popular, no ginásio do Maracanãzinho (RJ) em 29/09/1968 Foto: Autor não identificado/Estadão

Para as autoridades, a música “traria uma mensagem de guerra revolucionária e psicológica altamente prejudicial ao País” informou o Estadão na edição de 8 de outubro de 1969, em nota sobre o inquérito militar aberto pelo 1º Distrito Naval.

A música ganhou destaque após ficar em segundo lugar no Festival Internacional da Canção (FIC) em setembro de 1968. Devido ao perigo que a música causava ao regime, a reação do governo foi bani-la no intuito de leva-la ao esquecimento.

Caneta do censor

Matéria censurada da volta de Geraldo Vandré do exílio (19/7/1973) Foto: Acervo/Estadão

“Caminhando” foi proibida de ser tocada no Brasil e, em alguns lugares, os discos foram apreendidos, como reportou o Estadão de 10 de novembro daquele ano vinda do Recife, “o delegado Wellington Martins Albuquerque declarou que a ordem de apreensão veio de Brasília, mas não sou explicar porque”. Para o delegado a razão era que “Caminhando” era “subversiva e atenta contra os sentimentos patrióticos do povo brasileiros”.

O esforço de apagar a música e o compositor se repetiu na sua chegada. Envolta em mistérios ainda não revelados, pois o músico nunca se pronunciou sobre os fatos, a notícia de sua chegada também foi proibida de ser divulgada pela imprensa.

Chegada ao Brasil

Vandré desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 17 de julho. Dois dias depois o Estadão publicaria a matéria “Vandré está de volta” sobre sua chegada ao Brasil. Publicaria, pois a censura cortou da edição.

O Estadão vinha sob censura desde 1968. Mas, em agosto de 1972 a censura se tornou presencial, com censores acompanhando a produção do jornal dentro da redação. As anotações da censura eram feitas nas cartolinas da pré-impressão das páginas, chamadas de ‘flan’, Na imagem acima, vê-se a marca da censor ordenando a retirada da matéria. No lugar da notícia entrou um soneto de Camões, com fazia o jornal no caso de censura.

Estadão - 19/7/1973

À esquerda a página censurada e, ao lado, a publicada Foto: Acervo/Estadão

Vídeo ensaiado

A notícia ‘oficial’ do cantor chega somente em 21 de agosto de 1973. De forma ensaiada, editada e narrada por um locutor, foi elaborado um vídeo exibido no Jornal Nacional onde Vandré afirma que decidiu “abandonar a linha política em suas canções”. O Jornal da Tarde, de 22 de agosto de 1973 trouxe um relato detalhado sobre o vídeo (ver abaixo).

Notícia censurada do Estadão sobre a chegada de Geraldo Vandré Foto: Acervo/Estadão

Mistério

O mistério que mora entre a chegada dele e a exibição do vídeo é se ele foi preso logo após a chegada e quais condições foram acertadas para ele fazer um vídeo se despolitizando e assumindo que nunca ‘fez parte de qualquer partido político”. E que foi apenas um instrumento deles.

Em 22/8/1973 o Jornal da Tarde relatou o vídeo ensaiado sobre a volta de Geraldo Vandré ao Brasil Foto: Acervo/Estadão

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Em 17 de julho de 1973, o autor de “Para não Dizer que Falei das Flores”, popularmente conhecida como “Caminhando”, voltava ao Brasil depois de um exílio de quase cinco anos. O compositor e cantor saiu do país em dezembro de 1968 após a sua música “Caminhando” ter virado hino contra a ditadura e, portanto, incomodado os militares. Além disso, a ditadura naquele período endureceu com o AI-5. Vandré, durante o exílio, esteve na França, Itália, Alemanha, Peru e Chile.

Geraldo Vandré durante a seletiva classificatória do III Festival Internacional da Canção Popular, no ginásio do Maracanãzinho (RJ) em 29/09/1968 Foto: Autor não identificado/Estadão

Para as autoridades, a música “traria uma mensagem de guerra revolucionária e psicológica altamente prejudicial ao País” informou o Estadão na edição de 8 de outubro de 1969, em nota sobre o inquérito militar aberto pelo 1º Distrito Naval.

A música ganhou destaque após ficar em segundo lugar no Festival Internacional da Canção (FIC) em setembro de 1968. Devido ao perigo que a música causava ao regime, a reação do governo foi bani-la no intuito de leva-la ao esquecimento.

Caneta do censor

Matéria censurada da volta de Geraldo Vandré do exílio (19/7/1973) Foto: Acervo/Estadão

“Caminhando” foi proibida de ser tocada no Brasil e, em alguns lugares, os discos foram apreendidos, como reportou o Estadão de 10 de novembro daquele ano vinda do Recife, “o delegado Wellington Martins Albuquerque declarou que a ordem de apreensão veio de Brasília, mas não sou explicar porque”. Para o delegado a razão era que “Caminhando” era “subversiva e atenta contra os sentimentos patrióticos do povo brasileiros”.

O esforço de apagar a música e o compositor se repetiu na sua chegada. Envolta em mistérios ainda não revelados, pois o músico nunca se pronunciou sobre os fatos, a notícia de sua chegada também foi proibida de ser divulgada pela imprensa.

Chegada ao Brasil

Vandré desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 17 de julho. Dois dias depois o Estadão publicaria a matéria “Vandré está de volta” sobre sua chegada ao Brasil. Publicaria, pois a censura cortou da edição.

O Estadão vinha sob censura desde 1968. Mas, em agosto de 1972 a censura se tornou presencial, com censores acompanhando a produção do jornal dentro da redação. As anotações da censura eram feitas nas cartolinas da pré-impressão das páginas, chamadas de ‘flan’, Na imagem acima, vê-se a marca da censor ordenando a retirada da matéria. No lugar da notícia entrou um soneto de Camões, com fazia o jornal no caso de censura.

Estadão - 19/7/1973

À esquerda a página censurada e, ao lado, a publicada Foto: Acervo/Estadão

Vídeo ensaiado

A notícia ‘oficial’ do cantor chega somente em 21 de agosto de 1973. De forma ensaiada, editada e narrada por um locutor, foi elaborado um vídeo exibido no Jornal Nacional onde Vandré afirma que decidiu “abandonar a linha política em suas canções”. O Jornal da Tarde, de 22 de agosto de 1973 trouxe um relato detalhado sobre o vídeo (ver abaixo).

Notícia censurada do Estadão sobre a chegada de Geraldo Vandré Foto: Acervo/Estadão

Mistério

O mistério que mora entre a chegada dele e a exibição do vídeo é se ele foi preso logo após a chegada e quais condições foram acertadas para ele fazer um vídeo se despolitizando e assumindo que nunca ‘fez parte de qualquer partido político”. E que foi apenas um instrumento deles.

Em 22/8/1973 o Jornal da Tarde relatou o vídeo ensaiado sobre a volta de Geraldo Vandré ao Brasil Foto: Acervo/Estadão

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Em 17 de julho de 1973, o autor de “Para não Dizer que Falei das Flores”, popularmente conhecida como “Caminhando”, voltava ao Brasil depois de um exílio de quase cinco anos. O compositor e cantor saiu do país em dezembro de 1968 após a sua música “Caminhando” ter virado hino contra a ditadura e, portanto, incomodado os militares. Além disso, a ditadura naquele período endureceu com o AI-5. Vandré, durante o exílio, esteve na França, Itália, Alemanha, Peru e Chile.

Geraldo Vandré durante a seletiva classificatória do III Festival Internacional da Canção Popular, no ginásio do Maracanãzinho (RJ) em 29/09/1968 Foto: Autor não identificado/Estadão

Para as autoridades, a música “traria uma mensagem de guerra revolucionária e psicológica altamente prejudicial ao País” informou o Estadão na edição de 8 de outubro de 1969, em nota sobre o inquérito militar aberto pelo 1º Distrito Naval.

A música ganhou destaque após ficar em segundo lugar no Festival Internacional da Canção (FIC) em setembro de 1968. Devido ao perigo que a música causava ao regime, a reação do governo foi bani-la no intuito de leva-la ao esquecimento.

Caneta do censor

Matéria censurada da volta de Geraldo Vandré do exílio (19/7/1973) Foto: Acervo/Estadão

“Caminhando” foi proibida de ser tocada no Brasil e, em alguns lugares, os discos foram apreendidos, como reportou o Estadão de 10 de novembro daquele ano vinda do Recife, “o delegado Wellington Martins Albuquerque declarou que a ordem de apreensão veio de Brasília, mas não sou explicar porque”. Para o delegado a razão era que “Caminhando” era “subversiva e atenta contra os sentimentos patrióticos do povo brasileiros”.

O esforço de apagar a música e o compositor se repetiu na sua chegada. Envolta em mistérios ainda não revelados, pois o músico nunca se pronunciou sobre os fatos, a notícia de sua chegada também foi proibida de ser divulgada pela imprensa.

Chegada ao Brasil

Vandré desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 17 de julho. Dois dias depois o Estadão publicaria a matéria “Vandré está de volta” sobre sua chegada ao Brasil. Publicaria, pois a censura cortou da edição.

O Estadão vinha sob censura desde 1968. Mas, em agosto de 1972 a censura se tornou presencial, com censores acompanhando a produção do jornal dentro da redação. As anotações da censura eram feitas nas cartolinas da pré-impressão das páginas, chamadas de ‘flan’, Na imagem acima, vê-se a marca da censor ordenando a retirada da matéria. No lugar da notícia entrou um soneto de Camões, com fazia o jornal no caso de censura.

Estadão - 19/7/1973

À esquerda a página censurada e, ao lado, a publicada Foto: Acervo/Estadão

Vídeo ensaiado

A notícia ‘oficial’ do cantor chega somente em 21 de agosto de 1973. De forma ensaiada, editada e narrada por um locutor, foi elaborado um vídeo exibido no Jornal Nacional onde Vandré afirma que decidiu “abandonar a linha política em suas canções”. O Jornal da Tarde, de 22 de agosto de 1973 trouxe um relato detalhado sobre o vídeo (ver abaixo).

Notícia censurada do Estadão sobre a chegada de Geraldo Vandré Foto: Acervo/Estadão

Mistério

O mistério que mora entre a chegada dele e a exibição do vídeo é se ele foi preso logo após a chegada e quais condições foram acertadas para ele fazer um vídeo se despolitizando e assumindo que nunca ‘fez parte de qualquer partido político”. E que foi apenas um instrumento deles.

Em 22/8/1973 o Jornal da Tarde relatou o vídeo ensaiado sobre a volta de Geraldo Vandré ao Brasil Foto: Acervo/Estadão

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