Em 06 de outubro de 1973, durante o feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão), uma coalizão de países árabes, liderados por Egito e Síria, lançaram ataques contra as forças israelenses no Sinai e nas colinas de Golã, territórios conquistados por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967.
“Só nas próximas horas será possível saber se o que começou ontem foi uma nova guerra ou não. As lutas, nas fronteiras com o Egito e a Síria, foram de extrema violência. A primeira impressão dos analistas é de que os árabes resolveram realizar uma tentativa desesperada de reconquista de seus territórios (…) Nos últimos dias circularam insistentes rumores de concentrações de tropas sírias e egípcias. Os árabes, por sua vez, falavam de concentrações de tropas israelenses. A tensão foi aumentando. Mas não se acreditava que os árabes fossem atacar durante o Yom Kippur. Na verdade, nem se pensava num ataque...”
A matéria do correspondente do Estadão, Nelson Santos, publicada na capa do jornal do dia seguinte ao ataque, narra como se deu o início da Guerra do Yom Kippur, conflito que teve impacto global.
> Estadão - 10/10/1973 e 11/10/1973
As batalhas duraram 2 semanas e 5 dias. Após intensos combates, Israel recuperou o controle sobre os territórios em disputa, restabeleceu o controle sobre as fronteiras anteriores no fronte sírio, e contra-atacou as forças egípcias, obtendo posições estratégicas no Canal de Suez. Um cessar-fogo negociado pela ONU oficializou o final da guerra.
> Estadão - 12/10/1973 e 13/10/1973
Em represália ao apoio do Ocidente à Israel, os países árabes membros da OPEP embargaram o fornecimento de petróleo para os Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental, impactando a economia global. O embargo obrigou muitos países a racionar energia e levou o mundo à recessão, na chamada Crise do Petróleo.
Egito e Israel retomaram relações após a assinatura dos Acordos de Paz de Camp David em 17 de setembro de 1978, levando à reorganização de forças nos conflitos no Oriente Médio.