Albert Einstein, uma voz contra o nazismo


Há 75 anos, o gênio se tornava cidadão americano; antes, renunciou à cidadania alemã em repúdio

Por Liz Batista

  Foi há 75 anos, em 01 de outubro de 1940, que Albert Einstein, pai da teoria da relatividade e um dos maiores gênio do século 20, tornou-se cidadão americano. O fato marcou profundamente a vida do cientista, um judeu alemão, que tomou a decisão de deixar a Alemanhaem 1933 - mesmo ano em que Adolf Hitler chegou ao poder - e emigrar para a América. Nos Estados Unidos passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, onde seguiu desenvolvendo estudos que fundamentaram a física moderna. Foi também no exílio que, Einstein tornou-se uma forte voz contra o nazismo. O Estado registrou sua luta contra o regime antissemita e totalitário de sua terra natal. Denúncias sobre a perseguição aos judeus e as represália nazistas contra o físico, confira algumas das matérias que revelam seu passado de ativismo:

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Denúncia e apelo. Quase três meses após Hitler ser eleito chanceler, os relatos sobre a perseguição aos judeusjá eram denunciados nos jornais. Em 28 de março de 1933 o Estado publicou uma declaração do cientista, que havia partido para Antuérpia, onde entregou seu passaporte no consulado alemão e renunciou à sua cidadania. Einstein afirmava que “atos de força e de brutal opressão contra pessoas de espírito livre e contra os judeus” haviam sido e ainda estavam sendo praticados na Alemanha. E também saudava a reação de indignação que as denúncias feitas pela imprensa internacional provocavam. Terminava com um apelo para preservar a Europa “da repressão e da barbárie”, “possam todos os amigos da nossa civilização, tão gravemente ameaçada, concentrar todos os seus esforços para eliminar a psicose do mundo”. Em junho, os livros deEinstein, junto à centenas de outras obras proibidas pelos nazistas, foram transformados em cinzas na infame queima de livros organizada pelo regime.

Pedido de demissão e conta bloqueada. Em 04 de abril de 1933 o Estado publicou uma nota sobre a repercussão do pedido de demissão do cientista. Como um ato de repúdio ao nazismo, o Nobel de Física tornou pública sua saída da Academia Prussiana de Ciências, da Universidade de Berlim e do Instituto Wilhelm de Física em Berlim. Em represália os nazistas bloquearam sua conta bancária. Em declaração, diziam que a medida havia sido uma precaução pois os valores bloqueados seriam “destinados a preparar atos de traição”.

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Críticas ao hitlerismo. Em 25 de abril de 1934, o Estado reproduziu um artigo do famoso matemático. No texto Einstein defendia a “liberdade individual e o respeito pelo indivíduo” e criticava o hitlerismo, um sistema que “visa a sujeição do indivíduo ao Estado, a sublocação da tolerância e da liberdade individual”. Cinco anos antes dos alemães invadirem a Polônia e a Segunda Guerra Mundial ter início, o físico já alertava para “espírito agressivo” e militarista do sistema nazista.“Façamos votos para que o historiador que, mais tarde, julgará a nossa época, (…) possa dizer que a liberdade e a honra do continente europeu terão sido salvas pelas nações ocidentais. Esperamos que tal historiador possa dizer que essas nações se uniram ou se aproximaram para resistir às tentações do ódio e da opressão, e que o continente terá defendido vitoriosamente essa liberdade do indivíduo, sem a qual, para todo homem digno deste nome, a vida não vale a pena ser vivida”, termina o texto.  

Tags: Nazismo Judeus

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  Foi há 75 anos, em 01 de outubro de 1940, que Albert Einstein, pai da teoria da relatividade e um dos maiores gênio do século 20, tornou-se cidadão americano. O fato marcou profundamente a vida do cientista, um judeu alemão, que tomou a decisão de deixar a Alemanhaem 1933 - mesmo ano em que Adolf Hitler chegou ao poder - e emigrar para a América. Nos Estados Unidos passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, onde seguiu desenvolvendo estudos que fundamentaram a física moderna. Foi também no exílio que, Einstein tornou-se uma forte voz contra o nazismo. O Estado registrou sua luta contra o regime antissemita e totalitário de sua terra natal. Denúncias sobre a perseguição aos judeus e as represália nazistas contra o físico, confira algumas das matérias que revelam seu passado de ativismo:

Denúncia e apelo. Quase três meses após Hitler ser eleito chanceler, os relatos sobre a perseguição aos judeusjá eram denunciados nos jornais. Em 28 de março de 1933 o Estado publicou uma declaração do cientista, que havia partido para Antuérpia, onde entregou seu passaporte no consulado alemão e renunciou à sua cidadania. Einstein afirmava que “atos de força e de brutal opressão contra pessoas de espírito livre e contra os judeus” haviam sido e ainda estavam sendo praticados na Alemanha. E também saudava a reação de indignação que as denúncias feitas pela imprensa internacional provocavam. Terminava com um apelo para preservar a Europa “da repressão e da barbárie”, “possam todos os amigos da nossa civilização, tão gravemente ameaçada, concentrar todos os seus esforços para eliminar a psicose do mundo”. Em junho, os livros deEinstein, junto à centenas de outras obras proibidas pelos nazistas, foram transformados em cinzas na infame queima de livros organizada pelo regime.

Pedido de demissão e conta bloqueada. Em 04 de abril de 1933 o Estado publicou uma nota sobre a repercussão do pedido de demissão do cientista. Como um ato de repúdio ao nazismo, o Nobel de Física tornou pública sua saída da Academia Prussiana de Ciências, da Universidade de Berlim e do Instituto Wilhelm de Física em Berlim. Em represália os nazistas bloquearam sua conta bancária. Em declaração, diziam que a medida havia sido uma precaução pois os valores bloqueados seriam “destinados a preparar atos de traição”.

Críticas ao hitlerismo. Em 25 de abril de 1934, o Estado reproduziu um artigo do famoso matemático. No texto Einstein defendia a “liberdade individual e o respeito pelo indivíduo” e criticava o hitlerismo, um sistema que “visa a sujeição do indivíduo ao Estado, a sublocação da tolerância e da liberdade individual”. Cinco anos antes dos alemães invadirem a Polônia e a Segunda Guerra Mundial ter início, o físico já alertava para “espírito agressivo” e militarista do sistema nazista.“Façamos votos para que o historiador que, mais tarde, julgará a nossa época, (…) possa dizer que a liberdade e a honra do continente europeu terão sido salvas pelas nações ocidentais. Esperamos que tal historiador possa dizer que essas nações se uniram ou se aproximaram para resistir às tentações do ódio e da opressão, e que o continente terá defendido vitoriosamente essa liberdade do indivíduo, sem a qual, para todo homem digno deste nome, a vida não vale a pena ser vivida”, termina o texto.  

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  Foi há 75 anos, em 01 de outubro de 1940, que Albert Einstein, pai da teoria da relatividade e um dos maiores gênio do século 20, tornou-se cidadão americano. O fato marcou profundamente a vida do cientista, um judeu alemão, que tomou a decisão de deixar a Alemanhaem 1933 - mesmo ano em que Adolf Hitler chegou ao poder - e emigrar para a América. Nos Estados Unidos passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, onde seguiu desenvolvendo estudos que fundamentaram a física moderna. Foi também no exílio que, Einstein tornou-se uma forte voz contra o nazismo. O Estado registrou sua luta contra o regime antissemita e totalitário de sua terra natal. Denúncias sobre a perseguição aos judeus e as represália nazistas contra o físico, confira algumas das matérias que revelam seu passado de ativismo:

Denúncia e apelo. Quase três meses após Hitler ser eleito chanceler, os relatos sobre a perseguição aos judeusjá eram denunciados nos jornais. Em 28 de março de 1933 o Estado publicou uma declaração do cientista, que havia partido para Antuérpia, onde entregou seu passaporte no consulado alemão e renunciou à sua cidadania. Einstein afirmava que “atos de força e de brutal opressão contra pessoas de espírito livre e contra os judeus” haviam sido e ainda estavam sendo praticados na Alemanha. E também saudava a reação de indignação que as denúncias feitas pela imprensa internacional provocavam. Terminava com um apelo para preservar a Europa “da repressão e da barbárie”, “possam todos os amigos da nossa civilização, tão gravemente ameaçada, concentrar todos os seus esforços para eliminar a psicose do mundo”. Em junho, os livros deEinstein, junto à centenas de outras obras proibidas pelos nazistas, foram transformados em cinzas na infame queima de livros organizada pelo regime.

Pedido de demissão e conta bloqueada. Em 04 de abril de 1933 o Estado publicou uma nota sobre a repercussão do pedido de demissão do cientista. Como um ato de repúdio ao nazismo, o Nobel de Física tornou pública sua saída da Academia Prussiana de Ciências, da Universidade de Berlim e do Instituto Wilhelm de Física em Berlim. Em represália os nazistas bloquearam sua conta bancária. Em declaração, diziam que a medida havia sido uma precaução pois os valores bloqueados seriam “destinados a preparar atos de traição”.

Críticas ao hitlerismo. Em 25 de abril de 1934, o Estado reproduziu um artigo do famoso matemático. No texto Einstein defendia a “liberdade individual e o respeito pelo indivíduo” e criticava o hitlerismo, um sistema que “visa a sujeição do indivíduo ao Estado, a sublocação da tolerância e da liberdade individual”. Cinco anos antes dos alemães invadirem a Polônia e a Segunda Guerra Mundial ter início, o físico já alertava para “espírito agressivo” e militarista do sistema nazista.“Façamos votos para que o historiador que, mais tarde, julgará a nossa época, (…) possa dizer que a liberdade e a honra do continente europeu terão sido salvas pelas nações ocidentais. Esperamos que tal historiador possa dizer que essas nações se uniram ou se aproximaram para resistir às tentações do ódio e da opressão, e que o continente terá defendido vitoriosamente essa liberdade do indivíduo, sem a qual, para todo homem digno deste nome, a vida não vale a pena ser vivida”, termina o texto.  

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  Foi há 75 anos, em 01 de outubro de 1940, que Albert Einstein, pai da teoria da relatividade e um dos maiores gênio do século 20, tornou-se cidadão americano. O fato marcou profundamente a vida do cientista, um judeu alemão, que tomou a decisão de deixar a Alemanhaem 1933 - mesmo ano em que Adolf Hitler chegou ao poder - e emigrar para a América. Nos Estados Unidos passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, onde seguiu desenvolvendo estudos que fundamentaram a física moderna. Foi também no exílio que, Einstein tornou-se uma forte voz contra o nazismo. O Estado registrou sua luta contra o regime antissemita e totalitário de sua terra natal. Denúncias sobre a perseguição aos judeus e as represália nazistas contra o físico, confira algumas das matérias que revelam seu passado de ativismo:

Denúncia e apelo. Quase três meses após Hitler ser eleito chanceler, os relatos sobre a perseguição aos judeusjá eram denunciados nos jornais. Em 28 de março de 1933 o Estado publicou uma declaração do cientista, que havia partido para Antuérpia, onde entregou seu passaporte no consulado alemão e renunciou à sua cidadania. Einstein afirmava que “atos de força e de brutal opressão contra pessoas de espírito livre e contra os judeus” haviam sido e ainda estavam sendo praticados na Alemanha. E também saudava a reação de indignação que as denúncias feitas pela imprensa internacional provocavam. Terminava com um apelo para preservar a Europa “da repressão e da barbárie”, “possam todos os amigos da nossa civilização, tão gravemente ameaçada, concentrar todos os seus esforços para eliminar a psicose do mundo”. Em junho, os livros deEinstein, junto à centenas de outras obras proibidas pelos nazistas, foram transformados em cinzas na infame queima de livros organizada pelo regime.

Pedido de demissão e conta bloqueada. Em 04 de abril de 1933 o Estado publicou uma nota sobre a repercussão do pedido de demissão do cientista. Como um ato de repúdio ao nazismo, o Nobel de Física tornou pública sua saída da Academia Prussiana de Ciências, da Universidade de Berlim e do Instituto Wilhelm de Física em Berlim. Em represália os nazistas bloquearam sua conta bancária. Em declaração, diziam que a medida havia sido uma precaução pois os valores bloqueados seriam “destinados a preparar atos de traição”.

Críticas ao hitlerismo. Em 25 de abril de 1934, o Estado reproduziu um artigo do famoso matemático. No texto Einstein defendia a “liberdade individual e o respeito pelo indivíduo” e criticava o hitlerismo, um sistema que “visa a sujeição do indivíduo ao Estado, a sublocação da tolerância e da liberdade individual”. Cinco anos antes dos alemães invadirem a Polônia e a Segunda Guerra Mundial ter início, o físico já alertava para “espírito agressivo” e militarista do sistema nazista.“Façamos votos para que o historiador que, mais tarde, julgará a nossa época, (…) possa dizer que a liberdade e a honra do continente europeu terão sido salvas pelas nações ocidentais. Esperamos que tal historiador possa dizer que essas nações se uniram ou se aproximaram para resistir às tentações do ódio e da opressão, e que o continente terá defendido vitoriosamente essa liberdade do indivíduo, sem a qual, para todo homem digno deste nome, a vida não vale a pena ser vivida”, termina o texto.  

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  Foi há 75 anos, em 01 de outubro de 1940, que Albert Einstein, pai da teoria da relatividade e um dos maiores gênio do século 20, tornou-se cidadão americano. O fato marcou profundamente a vida do cientista, um judeu alemão, que tomou a decisão de deixar a Alemanhaem 1933 - mesmo ano em que Adolf Hitler chegou ao poder - e emigrar para a América. Nos Estados Unidos passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, onde seguiu desenvolvendo estudos que fundamentaram a física moderna. Foi também no exílio que, Einstein tornou-se uma forte voz contra o nazismo. O Estado registrou sua luta contra o regime antissemita e totalitário de sua terra natal. Denúncias sobre a perseguição aos judeus e as represália nazistas contra o físico, confira algumas das matérias que revelam seu passado de ativismo:

Denúncia e apelo. Quase três meses após Hitler ser eleito chanceler, os relatos sobre a perseguição aos judeusjá eram denunciados nos jornais. Em 28 de março de 1933 o Estado publicou uma declaração do cientista, que havia partido para Antuérpia, onde entregou seu passaporte no consulado alemão e renunciou à sua cidadania. Einstein afirmava que “atos de força e de brutal opressão contra pessoas de espírito livre e contra os judeus” haviam sido e ainda estavam sendo praticados na Alemanha. E também saudava a reação de indignação que as denúncias feitas pela imprensa internacional provocavam. Terminava com um apelo para preservar a Europa “da repressão e da barbárie”, “possam todos os amigos da nossa civilização, tão gravemente ameaçada, concentrar todos os seus esforços para eliminar a psicose do mundo”. Em junho, os livros deEinstein, junto à centenas de outras obras proibidas pelos nazistas, foram transformados em cinzas na infame queima de livros organizada pelo regime.

Pedido de demissão e conta bloqueada. Em 04 de abril de 1933 o Estado publicou uma nota sobre a repercussão do pedido de demissão do cientista. Como um ato de repúdio ao nazismo, o Nobel de Física tornou pública sua saída da Academia Prussiana de Ciências, da Universidade de Berlim e do Instituto Wilhelm de Física em Berlim. Em represália os nazistas bloquearam sua conta bancária. Em declaração, diziam que a medida havia sido uma precaução pois os valores bloqueados seriam “destinados a preparar atos de traição”.

Críticas ao hitlerismo. Em 25 de abril de 1934, o Estado reproduziu um artigo do famoso matemático. No texto Einstein defendia a “liberdade individual e o respeito pelo indivíduo” e criticava o hitlerismo, um sistema que “visa a sujeição do indivíduo ao Estado, a sublocação da tolerância e da liberdade individual”. Cinco anos antes dos alemães invadirem a Polônia e a Segunda Guerra Mundial ter início, o físico já alertava para “espírito agressivo” e militarista do sistema nazista.“Façamos votos para que o historiador que, mais tarde, julgará a nossa época, (…) possa dizer que a liberdade e a honra do continente europeu terão sido salvas pelas nações ocidentais. Esperamos que tal historiador possa dizer que essas nações se uniram ou se aproximaram para resistir às tentações do ódio e da opressão, e que o continente terá defendido vitoriosamente essa liberdade do indivíduo, sem a qual, para todo homem digno deste nome, a vida não vale a pena ser vivida”, termina o texto.  

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