Bonde circulou em São Paulo até 1968. Saiba como foi a última viagem e veja fotos


Bonde 1543 da linha ‘Instituto Biológico-Santo Amaro’ circulou pela última vez em 27 de março de 1968

Por Acervo Estadão
Atualização:
Cartum sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão

“Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

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No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

Assim o Estadão noticiou a última viagem de bonde de São Paulo em 1968. Leia a íntegra.

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Reportegem sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão
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A última viagem de bonde de São Paulo - Linha Santo Amaro, em 1968 Foto: Acervo Fundação Energia e Saneamento

Foram-se os bondes

Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

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Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

As 19 e 25, dentro do bonde 1.543, tendo ao lado o sr. Abreu Sodré, o deputado federal Pedroso Morta, a condessa Filomena Matarazzo, dona Iolanda Faria Lima, vários políticos e muitos populares, o prefeito deu a ordem ao motorneiro Francisco Lourenço Ferreira: “Toca o bonde”. E o cortejo partiu do ponto inicial, no Instituto Biológico, enquanto uma bandinha da CMTC tocava a “Marcha do Adeus”.

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Cada bonde levava uma grande faixa: “Adeus. Nasce a Nova São: Paulo”. Dentro deles, esprimidos, quase sem poder se mexer, ass autoridades se confundiam com o povo

AS PARADAS

Algumas das paradas que o cortejo fez não estavam no programa. Mas os populares não ligaram muito para o protocolo. Queriam ‘fazer festa em cada ponto e obrigavam o governador e o prefeito a participarem. Em Campo Belo, um morador mais entusiasmado colocou umas mesas sobre o trilho, fez os bondes pararem e exigiu que o sr. Abreu Sodré e o brigadeiro Faria Lima tomassem champanhe num “brinde ao progresso.”

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Mais adiante, foi a vez de um grupo de freiras saudarem os governantes. Com todas essas paradas, o cortejo levou uma hora para chegar até Santo Amaro.

REMINISCÊNCIAS

Durante a viagem, o governador Abreu Sodré começou a lembrar passagens de sua infância, quando fugia do cobrador, nos bondes abertos, para comprar sorvete com o dinheiro economizado da passagem; quando seu irmão, na hora de irem para a escola, ia correndo na frente para pedir ao motorneiro que “esperasse um pouco”, pois mano está atrasado”.

A filha do governador, Maria do Carmo, que nunca tinha andado de bonde, achou o passeio “muito legal”. Ficou o tempo todo ajoelhada num banco, com a cabeça de fora, “tomando ventinho’', cumprimentando os populares e até dando autógrafos.

Tutuca, a filha do prefeito; junto com a mãe, puxava a cantoria “Valsa do Adeus” e “A’ Banda”, de preferencia. Até a condessa Filomena Matarazzo se entusiasmou com a festa e comentou que a ultima vez que andou de bonde, há muito tempo, foi na avenida Paulista. Mas não era “tão apertado”.

Quando chegaram ao ponto final, o motorneiro Francisco, muito preocupado, queria saber onde estava o prefeito. Quando soube que andara todo o tempo com o brigadeiro Faria Lima ao lado, saiu pela tangente: “Pudera, êle esta gordo demais”.

O governador êle reconheceu. A todo mundo fazia questão de contar que trabalhara 33 anos em bondes e nunca provocara nenhum acidente, “só algumas batidinhas sem consequência”.

O COMÍCIO

Num palanque armado no largo 13 de Maio falaram, pela ordem, os vereadores José Maria Marim e José Carlos Meirelles, o deputado estadual Aurelio Campos, o governador,o edil José Dinis, e, finalmente, o prefeito.

Todas os que antecederam o brigadeiro Faria Lima enalteceram sua administração e, particularmente, os benefícios que tem proporcionado àquela zona de cidade.

O sr. Abreu Sodré disse que hoje São Paulo é “uma Capital tranquila, porque tem à frente um prefeito dinamico”. Acentuou estar unido ao brigadeiro Faria Lima em torno de um objetivo comum: o trabalho, visando exclusivamente o bem comum.

O prefeito fez um retrospecto de suas realizações e explicou que apesar de ficar sem bondes aquela zona não sofrerá prejuízos, pois até que a nova avenida - que passará sobre a via férra - fique pronta, uma linha de ônibus com 15 carros atenderá á população, fazendo quase o mesmo trajeto dos bondes.”

VEJA FOTOS DE BONDES NA CIDADE DE SÃO PAULO

Bonde no centro de São Paulo em 1964, quatro anos antes do fim da última linha. Foto: Acervo Estadão
Bonde puxado por animais passa no viaduto do Chá, em direção à rua Direita em foto do início do século 20. No fundo, o cruzamento com a rua Nova de São José, atual rua Líbero Badaró.  Foto: Acervo/Estadão
Bonde lotado na hora do rush na década de 30.  Foto: Suplemento Rotogravura
 Foto: Estadão
Bonde aguarda a travessia dos estudantes no primeiro dia de volta às aulas em fevereiro de 1960.  Foto: Acervo/Estadão
Avenida São João, no Centro, em 1966, no início doprocesso de retirada dos veículos da cidade.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto de 12/3/1956 bonde passa por enchente na rua Teixeira Leite, na zona leste. Foto: Acervo/Estadão
Passageiros embarcam em bonde que seguia para o bairro da Lapa. Foto: 14/6/1933 Foto: Acervo Estadão
Bonde passa por cruzamento na cidade Foto: Acervo/Estadão
Bonde no Centro na época do Natal.  Foto: Acervo/Estadão
Trânsito intenso na cidade próximo à linha do bonde em foto de 9/1/1966.  Foto: Acervo/Estadão
Bondes da CMTC trafegando no centro da cidade na década de 60.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto, bonde linha 9 na rua Líbero Badaró em 1943.  Foto: Acervo Estadão
Carros, caminhões e bondes disputam espaço pelas vias esburacadas da cidade na avenida Celso Garcia na região do Brás. Foto: 21/3/1961 Foto: Acervo/Estadão
Foto de 1957 mostra bonde na avenida Celso Garcia seguindo em direção à Pompéia.  Foto: Oswaldo Luiz Palermo/Estadão
Placa de atenção para linha de bonde. Foto: Acervo Estadão

Estadão - 28 de março de 1968

Página do Estadão de 28/3/1968 com reportagem sobre o último bonde que circulou na cidade de São Paulo.  Foto: Acervo Estadão
Cartum sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão

“Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

Assim o Estadão noticiou a última viagem de bonde de São Paulo em 1968. Leia a íntegra.

Reportegem sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão
A última viagem de bonde de São Paulo - Linha Santo Amaro, em 1968 Foto: Acervo Fundação Energia e Saneamento

Foram-se os bondes

Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

As 19 e 25, dentro do bonde 1.543, tendo ao lado o sr. Abreu Sodré, o deputado federal Pedroso Morta, a condessa Filomena Matarazzo, dona Iolanda Faria Lima, vários políticos e muitos populares, o prefeito deu a ordem ao motorneiro Francisco Lourenço Ferreira: “Toca o bonde”. E o cortejo partiu do ponto inicial, no Instituto Biológico, enquanto uma bandinha da CMTC tocava a “Marcha do Adeus”.

Cada bonde levava uma grande faixa: “Adeus. Nasce a Nova São: Paulo”. Dentro deles, esprimidos, quase sem poder se mexer, ass autoridades se confundiam com o povo

AS PARADAS

Algumas das paradas que o cortejo fez não estavam no programa. Mas os populares não ligaram muito para o protocolo. Queriam ‘fazer festa em cada ponto e obrigavam o governador e o prefeito a participarem. Em Campo Belo, um morador mais entusiasmado colocou umas mesas sobre o trilho, fez os bondes pararem e exigiu que o sr. Abreu Sodré e o brigadeiro Faria Lima tomassem champanhe num “brinde ao progresso.”

Mais adiante, foi a vez de um grupo de freiras saudarem os governantes. Com todas essas paradas, o cortejo levou uma hora para chegar até Santo Amaro.

REMINISCÊNCIAS

Durante a viagem, o governador Abreu Sodré começou a lembrar passagens de sua infância, quando fugia do cobrador, nos bondes abertos, para comprar sorvete com o dinheiro economizado da passagem; quando seu irmão, na hora de irem para a escola, ia correndo na frente para pedir ao motorneiro que “esperasse um pouco”, pois mano está atrasado”.

A filha do governador, Maria do Carmo, que nunca tinha andado de bonde, achou o passeio “muito legal”. Ficou o tempo todo ajoelhada num banco, com a cabeça de fora, “tomando ventinho’', cumprimentando os populares e até dando autógrafos.

Tutuca, a filha do prefeito; junto com a mãe, puxava a cantoria “Valsa do Adeus” e “A’ Banda”, de preferencia. Até a condessa Filomena Matarazzo se entusiasmou com a festa e comentou que a ultima vez que andou de bonde, há muito tempo, foi na avenida Paulista. Mas não era “tão apertado”.

Quando chegaram ao ponto final, o motorneiro Francisco, muito preocupado, queria saber onde estava o prefeito. Quando soube que andara todo o tempo com o brigadeiro Faria Lima ao lado, saiu pela tangente: “Pudera, êle esta gordo demais”.

O governador êle reconheceu. A todo mundo fazia questão de contar que trabalhara 33 anos em bondes e nunca provocara nenhum acidente, “só algumas batidinhas sem consequência”.

O COMÍCIO

Num palanque armado no largo 13 de Maio falaram, pela ordem, os vereadores José Maria Marim e José Carlos Meirelles, o deputado estadual Aurelio Campos, o governador,o edil José Dinis, e, finalmente, o prefeito.

Todas os que antecederam o brigadeiro Faria Lima enalteceram sua administração e, particularmente, os benefícios que tem proporcionado àquela zona de cidade.

O sr. Abreu Sodré disse que hoje São Paulo é “uma Capital tranquila, porque tem à frente um prefeito dinamico”. Acentuou estar unido ao brigadeiro Faria Lima em torno de um objetivo comum: o trabalho, visando exclusivamente o bem comum.

O prefeito fez um retrospecto de suas realizações e explicou que apesar de ficar sem bondes aquela zona não sofrerá prejuízos, pois até que a nova avenida - que passará sobre a via férra - fique pronta, uma linha de ônibus com 15 carros atenderá á população, fazendo quase o mesmo trajeto dos bondes.”

VEJA FOTOS DE BONDES NA CIDADE DE SÃO PAULO

Bonde no centro de São Paulo em 1964, quatro anos antes do fim da última linha. Foto: Acervo Estadão
Bonde puxado por animais passa no viaduto do Chá, em direção à rua Direita em foto do início do século 20. No fundo, o cruzamento com a rua Nova de São José, atual rua Líbero Badaró.  Foto: Acervo/Estadão
Bonde lotado na hora do rush na década de 30.  Foto: Suplemento Rotogravura
 Foto: Estadão
Bonde aguarda a travessia dos estudantes no primeiro dia de volta às aulas em fevereiro de 1960.  Foto: Acervo/Estadão
Avenida São João, no Centro, em 1966, no início doprocesso de retirada dos veículos da cidade.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto de 12/3/1956 bonde passa por enchente na rua Teixeira Leite, na zona leste. Foto: Acervo/Estadão
Passageiros embarcam em bonde que seguia para o bairro da Lapa. Foto: 14/6/1933 Foto: Acervo Estadão
Bonde passa por cruzamento na cidade Foto: Acervo/Estadão
Bonde no Centro na época do Natal.  Foto: Acervo/Estadão
Trânsito intenso na cidade próximo à linha do bonde em foto de 9/1/1966.  Foto: Acervo/Estadão
Bondes da CMTC trafegando no centro da cidade na década de 60.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto, bonde linha 9 na rua Líbero Badaró em 1943.  Foto: Acervo Estadão
Carros, caminhões e bondes disputam espaço pelas vias esburacadas da cidade na avenida Celso Garcia na região do Brás. Foto: 21/3/1961 Foto: Acervo/Estadão
Foto de 1957 mostra bonde na avenida Celso Garcia seguindo em direção à Pompéia.  Foto: Oswaldo Luiz Palermo/Estadão
Placa de atenção para linha de bonde. Foto: Acervo Estadão

Estadão - 28 de março de 1968

Página do Estadão de 28/3/1968 com reportagem sobre o último bonde que circulou na cidade de São Paulo.  Foto: Acervo Estadão
Cartum sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão

“Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

Assim o Estadão noticiou a última viagem de bonde de São Paulo em 1968. Leia a íntegra.

Reportegem sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão
A última viagem de bonde de São Paulo - Linha Santo Amaro, em 1968 Foto: Acervo Fundação Energia e Saneamento

Foram-se os bondes

Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

As 19 e 25, dentro do bonde 1.543, tendo ao lado o sr. Abreu Sodré, o deputado federal Pedroso Morta, a condessa Filomena Matarazzo, dona Iolanda Faria Lima, vários políticos e muitos populares, o prefeito deu a ordem ao motorneiro Francisco Lourenço Ferreira: “Toca o bonde”. E o cortejo partiu do ponto inicial, no Instituto Biológico, enquanto uma bandinha da CMTC tocava a “Marcha do Adeus”.

Cada bonde levava uma grande faixa: “Adeus. Nasce a Nova São: Paulo”. Dentro deles, esprimidos, quase sem poder se mexer, ass autoridades se confundiam com o povo

AS PARADAS

Algumas das paradas que o cortejo fez não estavam no programa. Mas os populares não ligaram muito para o protocolo. Queriam ‘fazer festa em cada ponto e obrigavam o governador e o prefeito a participarem. Em Campo Belo, um morador mais entusiasmado colocou umas mesas sobre o trilho, fez os bondes pararem e exigiu que o sr. Abreu Sodré e o brigadeiro Faria Lima tomassem champanhe num “brinde ao progresso.”

Mais adiante, foi a vez de um grupo de freiras saudarem os governantes. Com todas essas paradas, o cortejo levou uma hora para chegar até Santo Amaro.

REMINISCÊNCIAS

Durante a viagem, o governador Abreu Sodré começou a lembrar passagens de sua infância, quando fugia do cobrador, nos bondes abertos, para comprar sorvete com o dinheiro economizado da passagem; quando seu irmão, na hora de irem para a escola, ia correndo na frente para pedir ao motorneiro que “esperasse um pouco”, pois mano está atrasado”.

A filha do governador, Maria do Carmo, que nunca tinha andado de bonde, achou o passeio “muito legal”. Ficou o tempo todo ajoelhada num banco, com a cabeça de fora, “tomando ventinho’', cumprimentando os populares e até dando autógrafos.

Tutuca, a filha do prefeito; junto com a mãe, puxava a cantoria “Valsa do Adeus” e “A’ Banda”, de preferencia. Até a condessa Filomena Matarazzo se entusiasmou com a festa e comentou que a ultima vez que andou de bonde, há muito tempo, foi na avenida Paulista. Mas não era “tão apertado”.

Quando chegaram ao ponto final, o motorneiro Francisco, muito preocupado, queria saber onde estava o prefeito. Quando soube que andara todo o tempo com o brigadeiro Faria Lima ao lado, saiu pela tangente: “Pudera, êle esta gordo demais”.

O governador êle reconheceu. A todo mundo fazia questão de contar que trabalhara 33 anos em bondes e nunca provocara nenhum acidente, “só algumas batidinhas sem consequência”.

O COMÍCIO

Num palanque armado no largo 13 de Maio falaram, pela ordem, os vereadores José Maria Marim e José Carlos Meirelles, o deputado estadual Aurelio Campos, o governador,o edil José Dinis, e, finalmente, o prefeito.

Todas os que antecederam o brigadeiro Faria Lima enalteceram sua administração e, particularmente, os benefícios que tem proporcionado àquela zona de cidade.

O sr. Abreu Sodré disse que hoje São Paulo é “uma Capital tranquila, porque tem à frente um prefeito dinamico”. Acentuou estar unido ao brigadeiro Faria Lima em torno de um objetivo comum: o trabalho, visando exclusivamente o bem comum.

O prefeito fez um retrospecto de suas realizações e explicou que apesar de ficar sem bondes aquela zona não sofrerá prejuízos, pois até que a nova avenida - que passará sobre a via férra - fique pronta, uma linha de ônibus com 15 carros atenderá á população, fazendo quase o mesmo trajeto dos bondes.”

VEJA FOTOS DE BONDES NA CIDADE DE SÃO PAULO

Bonde no centro de São Paulo em 1964, quatro anos antes do fim da última linha. Foto: Acervo Estadão
Bonde puxado por animais passa no viaduto do Chá, em direção à rua Direita em foto do início do século 20. No fundo, o cruzamento com a rua Nova de São José, atual rua Líbero Badaró.  Foto: Acervo/Estadão
Bonde lotado na hora do rush na década de 30.  Foto: Suplemento Rotogravura
 Foto: Estadão
Bonde aguarda a travessia dos estudantes no primeiro dia de volta às aulas em fevereiro de 1960.  Foto: Acervo/Estadão
Avenida São João, no Centro, em 1966, no início doprocesso de retirada dos veículos da cidade.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto de 12/3/1956 bonde passa por enchente na rua Teixeira Leite, na zona leste. Foto: Acervo/Estadão
Passageiros embarcam em bonde que seguia para o bairro da Lapa. Foto: 14/6/1933 Foto: Acervo Estadão
Bonde passa por cruzamento na cidade Foto: Acervo/Estadão
Bonde no Centro na época do Natal.  Foto: Acervo/Estadão
Trânsito intenso na cidade próximo à linha do bonde em foto de 9/1/1966.  Foto: Acervo/Estadão
Bondes da CMTC trafegando no centro da cidade na década de 60.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto, bonde linha 9 na rua Líbero Badaró em 1943.  Foto: Acervo Estadão
Carros, caminhões e bondes disputam espaço pelas vias esburacadas da cidade na avenida Celso Garcia na região do Brás. Foto: 21/3/1961 Foto: Acervo/Estadão
Foto de 1957 mostra bonde na avenida Celso Garcia seguindo em direção à Pompéia.  Foto: Oswaldo Luiz Palermo/Estadão
Placa de atenção para linha de bonde. Foto: Acervo Estadão

Estadão - 28 de março de 1968

Página do Estadão de 28/3/1968 com reportagem sobre o último bonde que circulou na cidade de São Paulo.  Foto: Acervo Estadão
Cartum sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão

“Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

Assim o Estadão noticiou a última viagem de bonde de São Paulo em 1968. Leia a íntegra.

Reportegem sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão
A última viagem de bonde de São Paulo - Linha Santo Amaro, em 1968 Foto: Acervo Fundação Energia e Saneamento

Foram-se os bondes

Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

As 19 e 25, dentro do bonde 1.543, tendo ao lado o sr. Abreu Sodré, o deputado federal Pedroso Morta, a condessa Filomena Matarazzo, dona Iolanda Faria Lima, vários políticos e muitos populares, o prefeito deu a ordem ao motorneiro Francisco Lourenço Ferreira: “Toca o bonde”. E o cortejo partiu do ponto inicial, no Instituto Biológico, enquanto uma bandinha da CMTC tocava a “Marcha do Adeus”.

Cada bonde levava uma grande faixa: “Adeus. Nasce a Nova São: Paulo”. Dentro deles, esprimidos, quase sem poder se mexer, ass autoridades se confundiam com o povo

AS PARADAS

Algumas das paradas que o cortejo fez não estavam no programa. Mas os populares não ligaram muito para o protocolo. Queriam ‘fazer festa em cada ponto e obrigavam o governador e o prefeito a participarem. Em Campo Belo, um morador mais entusiasmado colocou umas mesas sobre o trilho, fez os bondes pararem e exigiu que o sr. Abreu Sodré e o brigadeiro Faria Lima tomassem champanhe num “brinde ao progresso.”

Mais adiante, foi a vez de um grupo de freiras saudarem os governantes. Com todas essas paradas, o cortejo levou uma hora para chegar até Santo Amaro.

REMINISCÊNCIAS

Durante a viagem, o governador Abreu Sodré começou a lembrar passagens de sua infância, quando fugia do cobrador, nos bondes abertos, para comprar sorvete com o dinheiro economizado da passagem; quando seu irmão, na hora de irem para a escola, ia correndo na frente para pedir ao motorneiro que “esperasse um pouco”, pois mano está atrasado”.

A filha do governador, Maria do Carmo, que nunca tinha andado de bonde, achou o passeio “muito legal”. Ficou o tempo todo ajoelhada num banco, com a cabeça de fora, “tomando ventinho’', cumprimentando os populares e até dando autógrafos.

Tutuca, a filha do prefeito; junto com a mãe, puxava a cantoria “Valsa do Adeus” e “A’ Banda”, de preferencia. Até a condessa Filomena Matarazzo se entusiasmou com a festa e comentou que a ultima vez que andou de bonde, há muito tempo, foi na avenida Paulista. Mas não era “tão apertado”.

Quando chegaram ao ponto final, o motorneiro Francisco, muito preocupado, queria saber onde estava o prefeito. Quando soube que andara todo o tempo com o brigadeiro Faria Lima ao lado, saiu pela tangente: “Pudera, êle esta gordo demais”.

O governador êle reconheceu. A todo mundo fazia questão de contar que trabalhara 33 anos em bondes e nunca provocara nenhum acidente, “só algumas batidinhas sem consequência”.

O COMÍCIO

Num palanque armado no largo 13 de Maio falaram, pela ordem, os vereadores José Maria Marim e José Carlos Meirelles, o deputado estadual Aurelio Campos, o governador,o edil José Dinis, e, finalmente, o prefeito.

Todas os que antecederam o brigadeiro Faria Lima enalteceram sua administração e, particularmente, os benefícios que tem proporcionado àquela zona de cidade.

O sr. Abreu Sodré disse que hoje São Paulo é “uma Capital tranquila, porque tem à frente um prefeito dinamico”. Acentuou estar unido ao brigadeiro Faria Lima em torno de um objetivo comum: o trabalho, visando exclusivamente o bem comum.

O prefeito fez um retrospecto de suas realizações e explicou que apesar de ficar sem bondes aquela zona não sofrerá prejuízos, pois até que a nova avenida - que passará sobre a via férra - fique pronta, uma linha de ônibus com 15 carros atenderá á população, fazendo quase o mesmo trajeto dos bondes.”

VEJA FOTOS DE BONDES NA CIDADE DE SÃO PAULO

Bonde no centro de São Paulo em 1964, quatro anos antes do fim da última linha. Foto: Acervo Estadão
Bonde puxado por animais passa no viaduto do Chá, em direção à rua Direita em foto do início do século 20. No fundo, o cruzamento com a rua Nova de São José, atual rua Líbero Badaró.  Foto: Acervo/Estadão
Bonde lotado na hora do rush na década de 30.  Foto: Suplemento Rotogravura
 Foto: Estadão
Bonde aguarda a travessia dos estudantes no primeiro dia de volta às aulas em fevereiro de 1960.  Foto: Acervo/Estadão
Avenida São João, no Centro, em 1966, no início doprocesso de retirada dos veículos da cidade.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto de 12/3/1956 bonde passa por enchente na rua Teixeira Leite, na zona leste. Foto: Acervo/Estadão
Passageiros embarcam em bonde que seguia para o bairro da Lapa. Foto: 14/6/1933 Foto: Acervo Estadão
Bonde passa por cruzamento na cidade Foto: Acervo/Estadão
Bonde no Centro na época do Natal.  Foto: Acervo/Estadão
Trânsito intenso na cidade próximo à linha do bonde em foto de 9/1/1966.  Foto: Acervo/Estadão
Bondes da CMTC trafegando no centro da cidade na década de 60.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto, bonde linha 9 na rua Líbero Badaró em 1943.  Foto: Acervo Estadão
Carros, caminhões e bondes disputam espaço pelas vias esburacadas da cidade na avenida Celso Garcia na região do Brás. Foto: 21/3/1961 Foto: Acervo/Estadão
Foto de 1957 mostra bonde na avenida Celso Garcia seguindo em direção à Pompéia.  Foto: Oswaldo Luiz Palermo/Estadão
Placa de atenção para linha de bonde. Foto: Acervo Estadão

Estadão - 28 de março de 1968

Página do Estadão de 28/3/1968 com reportagem sobre o último bonde que circulou na cidade de São Paulo.  Foto: Acervo Estadão
Cartum sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão

“Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

Assim o Estadão noticiou a última viagem de bonde de São Paulo em 1968. Leia a íntegra.

Reportegem sobre a última viagem de bonde de São Paulo no Estadão de 28/3/1968. Foto: Acervo Estadão
A última viagem de bonde de São Paulo - Linha Santo Amaro, em 1968 Foto: Acervo Fundação Energia e Saneamento

Foram-se os bondes

Desde ontem não há mais linhas de bonde em São Paulo. Numa verdadeira festa popular, o governador do Estado, o prefeito e diversas outras autoridades fizeram ontem à tarde a última viagem da única linha que restava, a Instituto Biológico-Santo Amaro.

Foguetório, pequenos comícios a cada parada, muita gente em todo o trajeto e o motorneiro mais antigo da CMTC puxando um cortejo de 12 bondes enfeitados com faixas, flores e bandeiras fizeram a festa que marcou o fim da história de quase 68 anos dos bondes paulistanos.

No ponto final da viagem, largo 13 de Maio, houve  um comício em que falaram o governador, o prefeito e vários vereadores e deputados.

As 19 e 25, dentro do bonde 1.543, tendo ao lado o sr. Abreu Sodré, o deputado federal Pedroso Morta, a condessa Filomena Matarazzo, dona Iolanda Faria Lima, vários políticos e muitos populares, o prefeito deu a ordem ao motorneiro Francisco Lourenço Ferreira: “Toca o bonde”. E o cortejo partiu do ponto inicial, no Instituto Biológico, enquanto uma bandinha da CMTC tocava a “Marcha do Adeus”.

Cada bonde levava uma grande faixa: “Adeus. Nasce a Nova São: Paulo”. Dentro deles, esprimidos, quase sem poder se mexer, ass autoridades se confundiam com o povo

AS PARADAS

Algumas das paradas que o cortejo fez não estavam no programa. Mas os populares não ligaram muito para o protocolo. Queriam ‘fazer festa em cada ponto e obrigavam o governador e o prefeito a participarem. Em Campo Belo, um morador mais entusiasmado colocou umas mesas sobre o trilho, fez os bondes pararem e exigiu que o sr. Abreu Sodré e o brigadeiro Faria Lima tomassem champanhe num “brinde ao progresso.”

Mais adiante, foi a vez de um grupo de freiras saudarem os governantes. Com todas essas paradas, o cortejo levou uma hora para chegar até Santo Amaro.

REMINISCÊNCIAS

Durante a viagem, o governador Abreu Sodré começou a lembrar passagens de sua infância, quando fugia do cobrador, nos bondes abertos, para comprar sorvete com o dinheiro economizado da passagem; quando seu irmão, na hora de irem para a escola, ia correndo na frente para pedir ao motorneiro que “esperasse um pouco”, pois mano está atrasado”.

A filha do governador, Maria do Carmo, que nunca tinha andado de bonde, achou o passeio “muito legal”. Ficou o tempo todo ajoelhada num banco, com a cabeça de fora, “tomando ventinho’', cumprimentando os populares e até dando autógrafos.

Tutuca, a filha do prefeito; junto com a mãe, puxava a cantoria “Valsa do Adeus” e “A’ Banda”, de preferencia. Até a condessa Filomena Matarazzo se entusiasmou com a festa e comentou que a ultima vez que andou de bonde, há muito tempo, foi na avenida Paulista. Mas não era “tão apertado”.

Quando chegaram ao ponto final, o motorneiro Francisco, muito preocupado, queria saber onde estava o prefeito. Quando soube que andara todo o tempo com o brigadeiro Faria Lima ao lado, saiu pela tangente: “Pudera, êle esta gordo demais”.

O governador êle reconheceu. A todo mundo fazia questão de contar que trabalhara 33 anos em bondes e nunca provocara nenhum acidente, “só algumas batidinhas sem consequência”.

O COMÍCIO

Num palanque armado no largo 13 de Maio falaram, pela ordem, os vereadores José Maria Marim e José Carlos Meirelles, o deputado estadual Aurelio Campos, o governador,o edil José Dinis, e, finalmente, o prefeito.

Todas os que antecederam o brigadeiro Faria Lima enalteceram sua administração e, particularmente, os benefícios que tem proporcionado àquela zona de cidade.

O sr. Abreu Sodré disse que hoje São Paulo é “uma Capital tranquila, porque tem à frente um prefeito dinamico”. Acentuou estar unido ao brigadeiro Faria Lima em torno de um objetivo comum: o trabalho, visando exclusivamente o bem comum.

O prefeito fez um retrospecto de suas realizações e explicou que apesar de ficar sem bondes aquela zona não sofrerá prejuízos, pois até que a nova avenida - que passará sobre a via férra - fique pronta, uma linha de ônibus com 15 carros atenderá á população, fazendo quase o mesmo trajeto dos bondes.”

VEJA FOTOS DE BONDES NA CIDADE DE SÃO PAULO

Bonde no centro de São Paulo em 1964, quatro anos antes do fim da última linha. Foto: Acervo Estadão
Bonde puxado por animais passa no viaduto do Chá, em direção à rua Direita em foto do início do século 20. No fundo, o cruzamento com a rua Nova de São José, atual rua Líbero Badaró.  Foto: Acervo/Estadão
Bonde lotado na hora do rush na década de 30.  Foto: Suplemento Rotogravura
 Foto: Estadão
Bonde aguarda a travessia dos estudantes no primeiro dia de volta às aulas em fevereiro de 1960.  Foto: Acervo/Estadão
Avenida São João, no Centro, em 1966, no início doprocesso de retirada dos veículos da cidade.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto de 12/3/1956 bonde passa por enchente na rua Teixeira Leite, na zona leste. Foto: Acervo/Estadão
Passageiros embarcam em bonde que seguia para o bairro da Lapa. Foto: 14/6/1933 Foto: Acervo Estadão
Bonde passa por cruzamento na cidade Foto: Acervo/Estadão
Bonde no Centro na época do Natal.  Foto: Acervo/Estadão
Trânsito intenso na cidade próximo à linha do bonde em foto de 9/1/1966.  Foto: Acervo/Estadão
Bondes da CMTC trafegando no centro da cidade na década de 60.  Foto: Acervo/Estadão
Na foto, bonde linha 9 na rua Líbero Badaró em 1943.  Foto: Acervo Estadão
Carros, caminhões e bondes disputam espaço pelas vias esburacadas da cidade na avenida Celso Garcia na região do Brás. Foto: 21/3/1961 Foto: Acervo/Estadão
Foto de 1957 mostra bonde na avenida Celso Garcia seguindo em direção à Pompéia.  Foto: Oswaldo Luiz Palermo/Estadão
Placa de atenção para linha de bonde. Foto: Acervo Estadão

Estadão - 28 de março de 1968

Página do Estadão de 28/3/1968 com reportagem sobre o último bonde que circulou na cidade de São Paulo.  Foto: Acervo Estadão

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