Chuva de papel picado foi tradição no último dia ano no centro da cidade. Manente/Estadão
A chuva de papel picado era a catarse dos escritórios do centro de São Paulo. Confetes feitos a partir dos dos furadores, listas telefônicas do ano que passou, papel higiênico, papelada em geral, tudo esperando para ser arremessado das janelas a partir das 12h horas do dia 31, quando acabava o último expediente do ano. Aí começava a festa que foi tradicional nos centros comerciais e de negócios da cidade desde meados da década de 1960 até o começo dos anos 2000.
Chuva de Papel Picado
Algumas vezes ocorriam exageros. Aproveitando a empolgação, alguns arremessavam sacos com água (e com outras coisas), listas telefônicas inteiras e objetos de escritório. Outros paravam os motoristas e enchiam os carros de papel.
Em 1971, a festa descambou em confusão na Praça Ramos de Azevedo “Grandes pedras de gelo lançadas dos prédios, sacos plásticos cheios de água que afundavam a capota dos automóveis, agressões e espancamentos, além do tradicional papel picado, caracterizaram o que deveria ser uma comemoração festiva de fim de ano (…) em vez disso, uma enorme confusão que só chegou ao fim com a praça tomada por 11 viaturas policiais e 50 guardas colocados em pontos estratégicos”, relatou o Estado em 1/1/1972.
Feliz Ano Novo com chuva de papel picado
A tradição começou a minguar por razões óbvias, o lixo acumulado e pela nova consciência ecológica do consumo do papel.
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